Teorias da Emoção e o Papel da Amígdala e Hipotálamo
Classificado em Psicologia e Sociologia
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Teorias da Emoção: Cannon-Bard vs. James-Lange
Teoria de James-Lange
Esta teoria propõe que as emoções são resultado de mudanças corporais em resposta a estímulos. Primeiramente, o corpo reage fisicamente, e depois o cérebro interpreta essas reações como uma emoção específica.
- Eventos emocionais desencadeiam respostas periféricas (controladas pelo sistema nervoso periférico).
- Cada emoção possui um conjunto distinto de respostas periféricas, permitindo sua identificação.
Teoria de Cannon-Bard (Teoria do Incitamento Inespecífico)
Nesta teoria, o estímulo é processado pelo córtex cerebral, que o reconhece como gerador de emoção e envia sinais para o hipotálamo e o sistema límbico. Esses centros, por sua vez, enviam sinais simultaneamente para os músculos, órgãos internos e de volta para o córtex. Assim, as reações fisiológicas e a experiência subjetiva da emoção ocorrem ao mesmo tempo.
Em resumo: Cannon-Bard sugere que a emoção e a reação física são simultâneas, enquanto James-Lange propõe que a reação física precede a emoção.
O Papel da Amígdala e do Hipotálamo nas Emoções
Amígdala
A amígdala, estrutura em forma de amêndoa localizada no lobo temporal, desempenha um papel crucial no processamento e controle das emoções, especialmente o medo, a raiva e a agressividade. Conectada ao hipocampo, núcleos septais, área pré-frontal e tálamo, ela atua na identificação do perigo, gerando respostas de alerta e autopreservação. Lesões na amígdala podem causar docilidade, indiferença a riscos e perda do significado emocional de estímulos.
Hipotálamo
O hipotálamo, com conexões extensas com outras áreas cerebrais, regula funções vegetativas e comportamentos motivados, como termorregulação, sexualidade, fome, sede e também participa das emoções. As partes laterais estão associadas ao prazer e à raiva, enquanto a parte mediana está ligada à aversão e ao riso incontrolável. O hipotálamo está mais envolvido na expressão das emoções do que na sua gênese. A retroalimentação dos sintomas físicos da emoção, via hipotálamo, para os centros límbicos e pré-frontais, pode amplificar a ansiedade e até gerar pânico.