Termodinâmica e Diagramas de Fase: Conceitos Essenciais
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Capítulo 10: Termodinâmica
Tópico 10.3: A Primeira Lei da Termodinâmica
O **princípio da conservação da energia** foi proposto por Helmholtz (1) em 1847, ao estudar o metabolismo muscular. Em 1865, Clausius propôs que a energia do Universo seria uma constante (veja o tópico anterior). Nesta mesma época, através de uma série famosa de experiências, Joule (2) demonstrou a equivalência entre **calor** (
) e **trabalho** (
). O calor é uma **forma de energia** e não uma **substância**, como propunha Lavoisier (3).
A **Primeira Lei** afirma que a energia **não pode ser criada nem destruída**, mas apenas transformada de uma modalidade em outra (o *princípio da conservação da energia*). Mudanças nas propriedades físicas e químicas de um dado sistema são acompanhadas por variações de energia.
O entendimento do princípio da conservação, contudo, conduz à conclusão de que a **energia interna** (
) de um dado sistema é **função de estado termodinâmico**, como mostra a animação da Figura 10.c.
Um sistema relativamente isolado do resto do universo, ao sofrer uma mudança de estado, indo, por exemplo, do **estado 1** para o **estado 2**, é acompanhado de uma variação de energia (
). Fazendo o sistema voltar ao seu estado inicial (do estado 2 para o estado 1) por um método completamente diferente, a variação total da energia interna (
), ao se completar o ciclo, **deve ser igual a zero**. Não fosse assim, haveria a criação ou o desaparecimento de energia, o que contraria o princípio da conservação de energia proposto. Desse modo, depreende-se que a **energia interna**
depende apenas do estado inicial e final do sistema, *não dependendo do caminho percorrido*. Também não importa se os estados inicial e final estão em equilíbrio ou fora do equilíbrio. Raciocínio análogo se aplica a *qualquer grandeza que se conserva*: **qualquer grandeza não varia enquanto o sistema varia**, dependendo do processo a que ele é submetido. Essas grandezas invariantes são denominadas **funções de estado**.
As **funções de estado** são as propriedades que **não mudam** durante as transformações pelas quais o sistema passa. De um ponto de vista matemático, são funções de duas ou mais variáveis; possuem diferencial exata; podem ser integradas desde o estado inicial até o estado final e, como toda quantidade que se conserva, independem do caminho.
Considere, por exemplo, um *sistema fechado*, composto por um gás ideal contido num cilindro dotado de um **êmbolo fixo**, em equilíbrio, no **estado 1**. Se este sistema sofrer uma solicitação externa (por exemplo, aquecimento por uma fonte de calor), ele evoluirá para um **estado 2**.
Como o êmbolo está preso, o **calor** (
) fornecido ao sistema fará com que sua **energia interna** aumente (de
para
), pois o êmbolo não pode se deslocar e realizar **trabalho** (
).
Para qualquer sistema que **sofre uma mudança de estado**, como ocorre na Figura 10.c, podemos escrever:
(10.1)
Em que **E** é a **energia interna**, **Q** é a quantidade total de **calor** (energia térmica) fornecida ao sistema, e **W** é a quantidade total de **trabalho** (produto da pressão do gás pelo seu volume) realizado pelo sistema durante a mudança de estado. No caso da Figura 10.c,
e
.
A **Primeira Lei** afirma que a variação de **energia interna**, correspondente a uma mudança de estado entre um estado inicial e um estado final determinados, *não depende do método usado para se conseguir a transformação*. As quantidades
e
não são propriedades do sistema e **dependem dos métodos empregados**;
, contudo, é uma **função de estado**, unicamente dependente dos estados, e é, portanto, independente do caminho entre eles.
Um outro enunciado da **Primeira Lei da Termodinâmica**, também famoso, é o seguinte: em um sistema isolado, a energia permanece constante. Embora a energia assuma várias formas, a quantidade total de energia é constante e, quando a energia desaparece em uma forma, aparece simultaneamente em outras formas. Assim, pode-se dizer que não existe energia *absoluta*, mas somente energia *relativa*, pois só se podem medir variações de energia. Os tipos de energia mais comuns são: energia térmica ou calor, energia mecânica ou trabalho, energia elétrica, energia química, etc.
Em um sistema e seu exterior, a soma das variações de energia é nula, isto é, a soma da *variação de energia do sistema* com a *variação de energia do exterior* é igual a zero.
Capítulo 10: Termodinâmica
Tópico 10.4: Entalpia e Calor Específico
10.4.1 - Entalpia (H)
A **entalpia** (1) é uma das mais importantes *funções termodinâmicas de estado*, representada pela letra **H**, e decorre da aplicação da **Primeira Lei** (veja tópico anterior) aos processos a pressão constante. Matematicamente, define-se **entalpia** pela equação:
(10.2)
Onde:
- **H** é a entalpia;
- **E** é a energia interna;
- **P** é a pressão;
- **V** é o volume.
A entalpia, sendo a soma de uma energia com um produto (**PV**) que tem dimensões de energia, deve ser expressa também em unidades de energia (Joule (**J**), caloria (**cal**), etc.).
A entalpia **H** pode ser deduzida da aplicação da **Primeira Lei**, num processo a pressão constante. Para isso, considere a evolução de um sistema do estado de energia interna
para um estado de energia interna
que recebe a quantidade de **calor Q** (animação da Figura 10.d)
(10.3)
Sabemos que **H = E + PV**, então teremos:
ou
(10.4)
Portanto, quando a transformação ocorre **à pressão constante**, a variação de **entalpia** (
) é igual ao **calor absorvido ou liberado (Q)** no processo.
Para a definição do *estado termodinâmico* de um sistema, necessita-se dos valores de **P** e **V**; e sabemos também que **E** (energia interna) é uma *função de estado*. Assim, **H** será também uma **função de estado**.
A variação de **entalpia** é muito importante no estudo de reações químicas e transformações de fase que ocorrem com absorção (**reações endotérmicas**) ou liberação de calor (**reações exotérmicas**).
A entalpia depende do estado de agregação (gás, líquido ou sólido), da temperatura e da estrutura cristalina do material.
Nas transformações com variação de pressão, a entalpia, evidentemente, não é igual ao calor liberado ou absorvido na transformação.
10.4.2 - Calor Específico (c)
O **calor específico** (**c**) de uma substância é definido como a quantidade de calor necessária para aquecer em 1°C uma unidade de massa dessa substância, a uma dada temperatura. Podemos calcular o **calor específico** de uma substância, **num intervalo de temperaturas** (de
a
), pela equação:
(10.5)
Onde:
- **Q** é a quantidade de calor absorvido ou liberado;
-
é o intervalo de temperatura estudado (2);
- **m** é a massa da substância.
Se a **pressão (P)** e o **volume (V)** são mantidos constantes, pode-se demonstrar que o **calor específico à pressão constante** (
), *durante uma variação de temperatura muito pequena*, pode ser obtido pela equação:
(10.6)
Onde:
-
é o **calor específico** a **P** = constante;
- **H** é a **entalpia**;
- **Q** é o **calor** absorvido ou liberado na transformação;
- **T** é a **temperatura**.
À pressão constante
e, na forma de diferencial, **dQ = dH**.
Figura 10.d: Sistema onde ocorre aumento de volume (de
para
), a pressão constante, devido à absorção de uma quantidade de **calor Q**.
Notas:
(1) Entalpia é derivada da palavra grega "enthalpos" e que significa aproximadamente "colocar calor em...". O termo entalpia teria sido introduzido pelo físico holandês Heike Kamerlingh Onnes (1853 – 1926), prêmio Nobel de Física de 1913.
(2) O calor específico de uma substância, particularmente em se tratando de gases, depende *do modo* como o calor é fornecido à substância: se a volume constante ou se a pressão constante. Esses calores específicos (ou capacidades caloríficas) são indicados respectivamente pelos índices V e P :
= Calor específico a volume constante.
= Calor específico a pressão constante.
Capítulo 10: Termodinâmica
Tópico 10.12: Energias de Gibbs e Helmholtz (Parte I)
Em Física, o movimento é explicado pelo conceito de força. Em Química, qual seria a **força motriz** para que reações **ocorram** e para que elas **parem** em determinada etapa? O conceito de **energia livre** ou *energia disponível*, proposto inicialmente por W. Gibbs (1) em 1883, tem este objetivo.
Também na Física, *um mínimo* na função **energia potencial** representa **posições de equilíbrio**. De modo análogo, o "potencial termodinâmico" passará por um *mínimo* (equilíbrio termodinâmico) quando a **energia livre (G)** passar por um *mínimo*. Esta energia *livre* ou disponível é a energia que o sistema tem para *realizar trabalho*. Clausius mostrou que a outra parte da energia do sistema que *poderia realizar trabalho* não é utilizada porque é gasta nas colisões das moléculas entre si, é gasta na **desordem do sistema**. Esta energia gasta na desordem, Clausius chamou de **entropia (S)** (veja Tópico 10.7).
Em 1882, Helmholtz formulou um conceito de **energia livre**, parecido com o de Gibbs, e observou que a energia livre é a *máxima* quantidade de energia disponível para realizar trabalho. As deduções que serão feitas para a **energia livre de Gibbs (G)**, a seguir, são as mesmas que podem ser feitas para a **energia livre (A)** (3) de Helmholtz. A diferença essencial é que a **energia livre de Helmholtz (A)** contém em sua equação o termo **energia interna (E)** (2), enquanto que a **energia livre de Gibbs (G)** contém o termo **entalpia (H)**.
A **energia livre de Gibbs (G)** é definida como:
(10.20)
Onde:
- **G** é a energia livre;
- **H** é a entalpia;
- **T** é a temperatura;
- **S** é a entropia.
Sabemos também que **H = E + PV** (veja Tópico 10.4) e então:
(10.21)
Podemos estudar esta equação e verificar seus mínimos e máximos. Para isso, devemos diferenciar a equação acima:
(10.22)
Lembrando que **dE = dQ - dW** e que
(veja Tópico 10.7), teremos:
(10.23)
Considerando que **dW = PdV**, a equação se reduz a:
(10.24)
Gibbs considerou situações onde a pressão e a temperatura são constantes:
(10.25)
De acordo com a **Segunda Lei** (veja Tópico 10.7), a máxima quantidade de **calor Q** ocorre na **transformação reversível**:
Portanto:
(10.26)
A **energia livre de Gibbs (G)** é a parte da energia de um sistema que está disponível para reações químicas com o seu entorno. No equilíbrio, o **potencial químico** de cada um dos componentes assume *o mesmo valor em todos os pontos do sistema* e sua **energia livre é mínima** para alguma combinação específica de temperatura, pressão e composição.
O **potencial químico** de um sistema está relacionado com a reatividade dos componentes deste sistema, no sentido do estabelecimento do equilíbrio. Esta, aliás, é a condição de equilíbrio, que será amplamente empregada no estudo dos diagramas de fases e das soluções e misturas que constituem os sistemas de materiais metálicos e não-metálicos com os quais lidamos no cotidiano.
O equilíbrio é descrito sucintamente em termos da **energia interna** de um sistema e também da aleatoriedade ou desordem dos átomos ou moléculas (ou **entropia S**).
(2) **H (Entalpia) = E + PV**. **E** é a **energia interna** do sistema, isto é, a energia total dentro das fronteiras do sistema; **P** é a **pressão** no sistema e **V** é o **volume** do sistema.
Capítulo 10: Termodinâmica
Tópico 10.14: Definições Termodinâmicas
- Calor (Q)
- É uma forma de energia (energia térmica), representado pela letra **Q**. Sua transferência entre corpos ocorre por diferença de temperatura, cessando quando atingem o *equilíbrio térmico*. Convenciona-se que o *calor liberado* (cedido) pelo sistema para *sua vizinhança* é negativo, e o *calor absorvido* pelo sistema de sua vizinhança é positivo.
- Capacidade Calorífica (C)
- A resposta de um sistema à transferência de calor:
.
- Energia Interna (E ou U)
- A energia total dentro das fronteiras de um sistema. Suas variações são definidas pela **Primeira Lei** (Equação 10.1). Engloba a energia cinética de translação, vibração e rotação de átomos e moléculas, e a energia potencial dos elétrons em relação aos núcleos.
- Energia Livre de Helmholtz (A)
- A energia interna de um sistema menos a energia “não disponível” **TS**:
.
- Energia Livre de Gibbs (G)
- A entalpia (**H**) menos a energia “não disponível”
. As energias livres se tornam mínimas no equilíbrio.
- Entalpia (H)
- A soma da energia interna com o produto da pressão pelo volume:
.
- Entropia (S)
- Uma função de estado definida pelo Teorema de Clausius (Equação 10.8) e comumente associada à energia **não disponível** de um sistema; **torna-se máxima no equilíbrio**.
- Equilíbrio
- O estado de um sistema que prevalece quando todas as propriedades e variáveis termodinâmicas permanecem constantes por um período indefinido de tempo.
- Estado
- A especificação completa da constituição e das propriedades físicas de um sistema, associada a um conjunto particular de valores das variáveis termodinâmicas.
- Função de Estado
- Qualquer variável que seja uma função unívoca do estado termodinâmico. Variações em uma função de estado dependem apenas dos estados *inicial* e *final*, e não do percurso entre eles.
- Macroscópico
- Fenômeno de tamanho e duração tais que os movimentos atômicos ou moleculares *individuais* não são observáveis. Em vez disso, determinam-se propriedades médias, no tempo e no espaço, dos movimentos de grandes quantidades de átomos ou moléculas.
- Processo Irreversível
- Uma mudança que ocorre com dissipação. Estando o sistema no estado final, é impossível repetir exatamente o caminho até sua posição inicial. Em qualquer instante, durante o processo, o sistema (ou sistemas) em questão está longe do equilíbrio.
- Processo Reversível
- Uma mudança em que não há dissipação e que pode voltar sobre seu caminho exatamente até sua posição inicial. Em qualquer instante, durante o processo, o sistema (ou sistemas) em questão está muito próximo (a infinitésimos) do equilíbrio. Diz-se que o sistema está em *equilíbrio virtual*.
- Sistema
- O objeto ou região em estudo.
- Termodinâmica Estatística
- Propõe uma explicação para os fenômenos termodinâmicos, baseada em duas teorias fundamentais: o atomismo e a teoria das probabilidades. A desordem e a irreversibilidade macroscópicas e microscópicas são expressões de desordem e irreversibilidade que existem numa escala atômica.
- Trabalho (W)
- Simbolizado por **W** (do inglês *work*), é definido como o produto da força aplicada (**F**) pela distância percorrida (**d**) por essa força. O trabalho transfere energia mecânica entre um sistema e sua vizinhança. Há várias formas de trabalho, como o mecânico, elétrico, magnético, para manter uma superfície, etc. De grande interesse na termodinâmica é o trabalho produzido pela *expansão* de um gás, denominado trabalho **pressão-volume**. Convenciona-se que o trabalho realizado pelo sistema sobre a vizinhança é positivo e que o trabalho realizado pela vizinhança sobre o sistema é negativo.
Calor (**Q**) e trabalho (**W**) são formas de energia *em trânsito* cujas quantidades dependem da trajetória percorrida pelo sistema.
Capítulo 11: Equilíbrio de Sistemas
Tópico 11.17: Definições de Equilíbrio
- Componente
- Matéria-prima usada para formar um sistema polifásico.
- Eletronegatividade
- Um sistema numérico que descreve as tendências relativas dos átomos em adquirir elétrons.
- Entalpia de Mistura (
)
- A variação líquida de entalpia devida à mistura de componentes.
- Entropia de Mistura (
)
- A variação líquida de entropia devida à mistura de componentes.
- Estado de Agregação
- Gasoso, líquido ou sólido.
- Fase
- Uma região fisicamente distinta de matéria com propriedades e estrutura atômica características, que variam de maneira contínua em função da temperatura, composição ou outra variável termodinâmica qualquer. As várias fases de um sistema são, em princípio, separáveis mecanicamente.
- Formas Alotrópicas
- Diferentes configurações de átomos em um elemento ou composto.
- Reação Eutética
- Um líquido produz duas fases sólidas durante o resfriamento
.
- Reação Eutetóide
- Um **sólido** produz duas fases **sólidas** durante o resfriamento
.
- Reação Peritética
- Uma suspensão de um sólido e um líquido produz uma fase sólida durante o resfriamento
.
- Solubilidade Sólida
- A mistura, em escala atômica, irreversível, de dois sólidos em uma fase sólida única.
- Solução Ideal
- Entalpia zero de mistura.
Capítulo 08: Diagramas de Equilíbrio
Tópico 8.18: Definições de Diagramas de Fase
- Componente
- Os diferentes tipos de átomos que formam uma liga.
- Composto
- Substância constituída por diferentes átomos, podendo existir enquanto composto nos diferentes estados da matéria (gasoso, líquido, sólido cristalino e sólido não-cristalino).
- Curva de Resfriamento
- Gráfico da temperatura de um material em função do tempo, com as transformações de fase que sofre ao longo do tempo de resfriamento.
- Diagrama de Equilíbrio
- Uma representação gráfica das pressões, temperaturas e composições para as quais as várias fases são estáveis no equilíbrio.
- Diagrama de Fase
- Uma representação gráfica das pressões, temperaturas e composições nas quais várias fases são previstas para as condições especificadas, **não necessariamente as de equilíbrio**.
- Equilíbrio
- Um estado em que não ocorre qualquer modificação em função do tempo.
- Eutético
- Uma transformação de fase na qual todo o líquido se transforma, no resfriamento, em, simultaneamente, duas fases sólidas.
- Fase Intermediária
- Uma fase que ocorre em uma faixa de composições entre as fases terminais.
- Fase Primária
- Uma fase **sólida** que se forma em uma microestrutura a uma temperatura superior à de uma reação invariante e que *permanece* mesmo depois que a transformação invariante ocorreu.
- Fase Terminal
- Uma **solução sólida** de um componente em outro, para a qual uma fronteira do domínio de fase é o componente solvente puro.
- Hipereutético
- Uma composição *à direita* do ponto de transformação eutética em um diagrama de equilíbrio binário.
- Hipoeutético
- Uma composição *à esquerda* do ponto de transformação eutética em um diagrama de equilíbrio binário.
- Isotérmico
- Que ocorre a uma temperatura constante.
- Liga
- Um sólido ou líquido de mais de um componente. O termo foi inicialmente utilizado para metais.
- Linha de Amarração
- Linha construída sobre um diagrama para auxiliar no cálculo da composição das fases.
- Proeutética
- Uma transformação de fase que ocorre acima da temperatura eutética.
- Reações Invariantes
- Transformações de fase, em equilíbrio, sem nenhum grau de liberdade.
- Regra da Alavanca
- Equações usadas para calcular a quantidade relativa de cada fase em um sistema com duas fases.
- Regra das Fases de Gibbs
- A afirmação de que, no equilíbrio, o *número de fases* mais o *número de graus de liberdade* devem ser iguais ao número de componentes *mais dois*.
- Solução Sólida Substitucional
- Uma solução sólida na qual algumas das posições normalmente ocupadas por átomos do componente da **matriz** estão ocupadas por átomos de um **outro componente**.
- Solução Sólida Intersticial
- Uma solução sólida na qual os átomos de um componente estão dissolvidos nos interstícios formados pelo arranjo dos átomos do outro componente.
Capítulo 09: Estruturas Fora do Equilíbrio
Tópico 9.18: Definições de Microestruturas
- Aço-Carbono
- Uma liga de ferro que contém menos de 2% **em peso** de carbono (C) e nenhum outro elemento de liga intencionalmente adicionado.
- Austenita
- Uma solução sólida de carbono (e eventualmente outros elementos) em ferro, de estrutura cúbica de face centrada (
).
- Austenitização
- Aquecimento de um aço a uma temperatura em que a austenita é a fase estável.
- Bainita
- Uma fina dispersão de carboneto de ferro em uma matriz ferrítica deformada.
- Cementita
- O carboneto
.
- Curvas T-T-T
- Curvas tempo-temperatura-transformação, nas quais a temperatura é plotada como função do tempo necessário para se completar uma transformação de fase; as curvas são determinadas experimentalmente sob condições isotérmicas.
- Dureza
- Resistência à deformação, usualmente medida por penetração.
- Endurecimento por Precipitação
- O endurecimento de uma liga pela precipitação de uma fase de transição finamente dispersa, a partir de uma solução sólida supersaturada.
- Envolvimento
- Um tipo de microestrutura fora de equilíbrio, em que a fase formada por decomposição peritética envolve uma das fases formadas em temperaturas elevadas, inibindo a continuação da transformação.
- Esferoidita
- Diminutas partículas de cementita (Fe3C) numa matriz de ferrita.
- Ferrita
- Uma solução sólida de carbono (e eventualmente outros elementos) em ferro de estrutura cúbica de corpo centrado (
).
- Ferros Fundidos
- Ligas ferro-carbono que contêm mais de 2% em peso de carbono (C).
- Normalização
- Resfriamento, a uma velocidade moderada, de um aço a partir da região da austenita.
- Martensita
- Uma solução sólida supersaturada de carbono em ferro, com célula unitária *tetragonal de corpo centrado* (TCC); a dureza da fase é uma função direta do teor de carbono.
- Perlita
- A mistura das duas fases, ferrita e cementita, que resulta da decomposição eutetóide da austenita.