Transformações Sociais e o Surgimento do Movimento Operário no Século XIX

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Classes Sociais e Transformações Urbanas no Século XIX

Artesãos e Aglomerados Urbanos

Os privilégios sindicais desapareceram em 1830, especialmente nas cidades que mantinham um forte setor tradicional, enquanto a produção industrial continuava a ser minoritária. O crescimento urbano e a nova estrutura do estado liberal resultaram na concentração, nas cidades, de um grande número de trabalhadores, pequenos funcionários, empregados de bancos, entre outros.

Classes Mais Humildes

Entre as classes mais humildes, predominavam as mulheres empregadas no trabalho doméstico, seguidas por jovens do comércio e vendedores autônomos.

Evolução do Camponês

A reforma agrária liberal concentrou a propriedade da terra e aumentou a figura do camponês sem-terra, o contrato de exploração de curto prazo e o latifúndio. No entanto, nos últimos anos, o número de trabalhadores, arrendatários e pequenos proprietários de terras aumentou. O poder e a influência dos proprietários eram enormes, e a proteção que ofereciam mudou para a forma de trabalho assalariado e gestão.

No século XIX, os agricultores tiveram suas aspirações frustradas e vivenciaram a "fome de terra", ou seja, os camponeses eram submetidos a duras condições de vida, com rendas abusivas e alto índice de analfabetismo.

O Surgimento do Proletariado

O surgimento da indústria moderna é caracterizado pela utilização de trabalho contratado. As regras que regiam este tipo de trabalho eram muito similares em toda parte: os trabalhadores, em troca de salários baixos, eram submetidos a condições precárias.

O Nascimento do Movimento Operário e as Ideologias Sociais

O Início do Movimento Operário

Na década de 1820, o Ludismo foi a primeira expressão de revolta operária contra a introdução de novas máquinas, responsáveis pela perda de empregos e pela queda dos salários. Os trabalhadores perceberam que a fonte de seus problemas não estava nas máquinas, mas nas condições de trabalho. A luta dos trabalhadores, em defesa do direito de associação, foi orientada para a melhoria das condições de vida, formando assim o primeiro embrião de associações para defender seus interesses. Essa parceria significou a extensão das reivindicações dos trabalhadores, que se relacionavam com o aumento de salários e a diminuição da jornada de trabalho. As greves foram um instrumento para exercer pressão sobre os empregadores e a sociedade, e foram criados fundos para ajudar os trabalhadores.

A Revolta Agrária

Em 1840, a maioria dos trabalhadores rurais era diarista, e anos de más colheitas levaram à fome crônica e à miséria para muitos agricultores. Esse problema agravou-se em 1855 com a apreensão de terras comunais; as terras exploradas passaram para mãos privadas, e, consequentemente, ocorreram revoltas de camponeses. A repressão do movimento causou muitas baixas entre os agricultores que o enfrentaram.

Socialismo Utópico e Republicano

O movimento operário foi enriquecido em suas diversas manifestações. A primeira delas é chamada de socialismo utópico, que buscava criar uma sociedade igualitária, com propriedade coletiva e distribuição equitativa da riqueza. A entrada de doutrinas socialistas ocorreu devido à difusão das ideias de muitos escritores utópicos. Há socialistas que defendem o socialismo e as cooperativas, entre os quais se destacam Sixto Câmara e Francisco Pi y Margall.

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