Transições e Impactos na Saúde Pública
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Transições
Antigamente, a população era predominantemente rural, consumindo aquilo que plantava e desenvolvendo atividades que requeriam esforço físico. Com a revolução industrial e maior oferta de trabalho na zona urbana, ocorreu o êxodo rural, o que levou, gradativamente, ao predomínio de uma população urbana. Com este novo cenário, a mulher entrou para o mercado de trabalho, diminuindo-se o tempo para cozinhar, e a população passou a consumir o que comprava, e não mais o que plantava. Esta mudança no estilo de vida levou a uma alteração no consumo alimentar (transição alimentar), diminuindo o consumo de alimentos in natura e aumentando o consumo de alimentos ultraprocessados. Esta transição alimentar, somada a outros fatores, como inatividade física, levou à transição nutricional, na qual houve uma diminuição da desnutrição e aumento do sobrepeso e obesidade. Todas estas transições juntas levaram à transição epidemiológica, caracterizada pela diminuição das doenças infecciosas e parasitárias e aumento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), mudando as taxas de morbidade e mortalidade. Com a entrada da mulher no mercado de trabalho, outras alterações demográficas ocorreram, como a diminuição da taxa de natalidade e fecundidade. Houve também uma diminuição da taxa de mortalidade e aumento da expectativa de vida, levando à alteração no padrão da pirâmide etária brasileira. Estas últimas mudanças nos índices populacionais, mais o êxodo rural, caracterizam a transição demográfica.
Principais Causas de Morbidade e Mortalidade
Doenças crônicas não transmissíveis (hipertensão arterial sistêmica, doenças cardiovasculares, diabetes mellitus, neoplasias, doenças respiratórias crônicas e obesidade) são as principais causas de morbidade. As principais causas de mortalidade são as mesmas DCNT, somando-se aos fatores externos (acidentes de trânsito, homicídios e suicídios). As doenças cardiovasculares, somadas às neoplasias e aos fatores externos, são as principais causas de mortalidade.
Estas patologias (DCNT) têm aumentado gradativamente conforme as mudanças ocorridas na sociedade.
Políticas
Implementar políticas que visem à promoção da alimentação saudável, à prática da atividade física e ao controle da publicidade de alimentos. Como exemplo de políticas públicas, poderia ser obrigatória a implementação de tarjas indicativas do grau de risco dos alimentos ultraprocessados e dos parâmetros de saúde, na embalagem dos produtos alimentícios.
Anemia
- Suplementação com sulfato ferroso: ação curativa para grupo deficiente ou de risco.
- Educação nutricional: aconselhar sobre fatores estimuladores e inibidores da absorção.
- Fortificação de alimentos: farinha de trigo e milho com ferro e ácido fólico.
Vitamina A
- Controle de deficiência clínica.
- Suplementação de altas doses.
- Fortificação de alimentos (principalmente de consumo popular).
Iodo
- Monitoramento da iodação do sal, atualização dos parâmetros dos teores de iodo do sal destinado ao consumo.
- Monitoramento do teor de iodo do sal para consumo humano.
- Implementação contínua de estratégias de informação, educação, comunicação e mobilização social.