Transtorno da Personalidade Obsessivo-Compulsiva

Classificado em Psicologia e Sociologia

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Padrão global de preocupação com a organização.

Perfeccionismo e controle mental e interpessoal, à custa da flexibilidade, abertura e eficiência, começando no início da idade adulta e presente numa variedade de contextos, como indicado por 4 (ou mais) dos seguintes:

  • Preocupações com pormenores, regras, listas, ordem, organização ou esquemas, ao ponto de se perder a finalidade da atividade.
  • Perfeccionismo que interfere com o atingimento de objetivos (incapacidade de completar projetos por não estarem de acordo com regras restritas.
  • Devoção excessiva ao trabalho e à produtividade, até à exclusão dos amigos e atividades de lazer (exceto por razões óbvias de necessidade económica).
  • Hiperconscienciosidade, escrupulosidade e inflexibilidade acerca da moral, ética ou valores (exceto por razões de identificação cultural ou religiosa).
  • Incapacidade para se libertar de objetos inúteis, mesmo que isentos de valor sentimental.
  • Relutância em delegar funções ou trabalho nos outros, a menos que respeitem exatamente o seu modo de proceder.
  • Adoção de um estilo miserabilista para consigo ou para os outros; o dinheiro é visto como algo a reter para catástrofes futuras.

Rigidez e obstinação

Compreensão das Perturbações de Personalidade

Na compreensão dos distúrbios de personalidade, Young sublinha três aspetos fulcrais na dinâmica destas perturbações:

Rigidez

Na terapia cognitiva breve, é assumido que os padrões cognitivos e comportamentais são suficientemente flexíveis para serem mudados, o que parece não acontecer com as perturbações da personalidade. Os próprios critérios de diagnóstico destacam propriedades como “rígido”, “inflexível” ou “persistente”. É em consequência desta rigidez que o repertório de estratégias relacionais, de planificação de objetivos e de lidar com o stress, se encontra severamente limitado quantitativa e funcionalmente. Os traços de personalidade de um indivíduo são frequentemente experienciados como egossintónicos, o que dificultará todo o processo de mudança terapêutica.

O evitamento

A pessoa evita, bloqueia ou ignora os pensamentos e sentimentos desagradáveis; este evitamento cognitivo e emocional é explicado pelo mecanismo do reforço negativo, ou seja, emoções como a ansiedade ou a tristeza tornaram-se condicionadas a determinadas memórias ou situações, pelo que estas são afastadas do campo da consciência, protegendo o indivíduo do mal-estar gerado pelas emoções associadas.

As dificuldades interpessoais

- na descrição destes quadros
clínicos encontra-se patente a disfuncionalidade relacional
que as perturbações da personalidade acarretam. A
sistematização da compreensão cognitivo-comportamental
dos distúrbios de personalidade permite-nos uma noção clara
desta dimensão.

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