O Triângulo Financeiro e a Crise Inflacionista Pós-Guerra

Classificado em História

Escrito em em português com um tamanho de 2,79 KB

A Dependência Europeia em Relação aos Estados Unidos

Os Estados Unidos foram fornecedores mundiais durante e **pós-guerra**, possuidores de metade do ouro mundial. Apresentavam uma imagem de sucesso, com grande capacidade de produção e prosperidade na sua balança de pagamentos. No entanto, a economia americana não ficou imune às dificuldades da Europa, registando uma crise breve devido à diminuição da procura externa, o que levou a uma redução na produção industrial, no índice de preços e ao aumento do desemprego.

A busca pela estabilidade monetária levou à Conferência de **Génova**, onde se decidiu que as moedas europeias deviam voltar a ser convertidas em ouro. Na ausência de moedas de ouro, uma moeda passaria a ser convertida numa moeda forte. Esta moeda forte foi o **Dólar** (apesar de a Libra já ter voltado a ser convertida em ouro).

A resolução da economia europeia deu-se através dos créditos americanos, reconhecendo que a economia capitalista operava numa teia de ligações e interdependências financeiras, comerciais e industriais a nível mundial. Foram concedidos avultados empréstimos à Europa, principalmente à Alemanha, facilitando o pagamento de indemnizações aos outros países pelos estragos da guerra (pagando, então, à França e à Inglaterra). Este processo permitiu que estes países se reerguessem, terminando assim a dependência da Europa relativamente aos Estados Unidos através do **Triângulo Financeiro Pós-Guerra**.

A Crise Inflacionista e o Processo de Recuperação Pós-Guerra

A Primeira Guerra Mundial afetou de maneira desigual as economias nacionais e as trocas internacionais. Provocou o declínio da Europa e beneficiou os países extra-europeus, destacando-se os Estados Unidos, que, devido à guerra, se elevaram à categoria de primeira potência mundial.

Durante o conflito, a Europa tornou-se completamente dependente dos Estados Unidos, acumulando dívidas. Após o final da guerra, as economias registaram grandes dificuldades de reconversão. A situação era crítica:

  • Campos queimados pelos explosivos;
  • Fábricas, minas e frotas destruídas.

Devido a este caos, a Europa continuou consumidora dos Estados Unidos, agravando as dívidas. A circulação de uma maior quantidade de moeda, sem um incremento correspondente na produção, provocou uma **desvalorização monetária** que se traduziu numa alta subida de preços internos (inflação).

A fraqueza da moeda europeia fazia-se sentir desde o início da guerra, em virtude do abandono e da consequente inconvertibilidade das moedas. Na Europa, deu-se uma enorme inflação, situação que atingiu contornos dramáticos, especialmente entre os países vencidos, obrigados ao pagamento de avultadas indemnizações.

Entradas relacionadas: