Trichomonas: Tipos, Transmissão e Sintomas

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Trichomonas

  • Protozoário flagelado parasita cavitário.
  • Adaptado ao parasitismo monoxênico.
  • Quatro espécies parasitam os humanos: T. tenax, T. hominis, T. vaginalis, Trichomitus fecalis.
  • Não possui forma cística.

Trichomonas tenax

  • Patógeno da cavidade bucal, mas pode viver em comensalismo.
  • Tem formato ovoide com 4 flagelos anteriores e mede 4 a 16 X 2 a 15μm.
  • Vasta distribuição geográfica.
  • Transmitido diretamente pela saliva ou indiretamente pelo contato com escovas de dente, alimentos lambidos.
  • Presente no tártaro dos dentes, goma de mascar, criptas amigdalianas.

Hospedeiros

  • Possui uma distribuição mundial.
  • Além do homem, algumas espécies de primatas não humanos são também hospedeiros naturais deste flagelado, além de cães e gatos.

Patogenicidade

  • A detecção da presença do T. tenax na cavidade bucal é indício de uma higienização bucal precária.

Incidência

  • Prevalência variando de 0 a 25%.
  • Maior em indivíduos com problemas periodontais.
  • Pessoas portadoras de Gengivite Ulcerativa Necrosante Aguda (GUNA) - uma infecção bacteriana (bacilos fusiformes e espiroquetas) - possuem incidência de até 32%.
  • Trabalhos europeus descrevem infecções respiratórias atribuídas a ele.

Profilaxia e Controle

  • Higiene oral adequada, tratamento de cáries e tratamento de focos inflamatórios.

Diagnóstico

  • Colher secreção.
  • Preparar lâmina com salina isotônica morna e procurar o parasita.
  • Cultivar em meio líquido.

Trofozoíto de Trichomonas vaginalis

  • Não apresenta estruturas de sustentação sob a membrana – muda de forma facilmente – formam pseudópodos.
  • Parasita o trato geniturinário masculino e feminino.
  • É a única espécie de Trichomonas patogênica para o ser humano.
  • Seu formato pode variar entre ovóides, arredondados ou elipsoides.
  • Possui 4 flagelos anteriores desiguais, uma membrana ondulante e emitem pseudópodes para captar alimentos.
  • Medem em média 9,7μm de comprimento por 7 μm de largura.
  • Sua reprodução é por divisão binária longitudinal.
  • É anaeróbio facultativo utilizando glicose, maltose e galactose como fonte de energia.
  • Cresce bem na ausência de O2 e em ph entre 5 e 7,5.
  • Não possui mitocôndrias.
  • Hidrogenases transformam piruvato em acetato e liberam ATP e H2.

A tricomoníase é doença venérea!

O trofozoíto sobrevive mais de uma semana sob o prepúcio após o coito. 3 a 20 dias até o aparecimento dos sintomas.

Trichomonas vaginalis - Tricomoníase - Transmissão

  • Relação sexual.
  • Uma das infecções sexualmente transmissíveis (DST) mais comuns.
  • 5 milhões de casos por ano.
  • Doença cosmopolita difundida em todo mundo.
  • É um importante cofator na difusão da AIDS.
  • O parasita sobrevive:
    • Mais de 48h a 10ºC no exsudato vaginal.
    • 3h na urina coletada.
    • 6h no sêmen ejaculado.
    • 24h em toalhas de pano úmidas a 35 ºC.
  • Período de Incubação: 10 a 30 dias em média.

Trichomonas vaginalis - Epidemiologia

  • É responsável por 1/3 de todas as vaginites.
  • Presente em 180 milhões de mulheres no mundo.
  • Os homens são portadores assintomáticos e disseminadores do parasita.
  • Nas mulheres é mais comum na 2ª e 3ª década de vida, nos homens é mais comum após os 30 anos.

Trichomonas vaginalis - Quadro Clínico

No homem

  • É assintomática na maioria das vezes.
  • Prurido uretral leve, desconforto ao urinar.
  • Uretrite com fluxo leitoso, principalmente pela manhã – gota matinal.
  • Pode complicar com prostatite, balanopostite, cistite e epididimite.

Virulência

  • A patologia envolve 3 eventos:
    • Adesão célula-célula.
    • Hemólise.
    • Secreção de proteinases.
  • O parasita carece das vias de síntese de novo de ácidos graxos e nucleotídeos.
  • Eritrócitos: importante fonte de ácidos graxos, nucleotídeos, aminoácidos e ferro.
  • O ferro participa em várias funções na fisiologia dos protozoários como metabolismo energético, síntese de DNA e RNA e detoxificação de radicais livres, regula a expressão de genes relacionados à virulência, evasão ao sistema imune do hospedeiro e contra estresse oxidativo – superóxido dismutase – Ferro dependente.
  • O Fe é obtido através da interação de ferritina e transferrina a receptores na superfície do parasita.
  • O parasita provoca hemólise do hospedeiro através de cisteíno-proteases ou proteínas tipo perforinas de maneira dependente ou não de contato.
  • A hemólise está diretamente relacionada com sua virulência.

Trichomonas vaginalis - Diagnóstico

No homem

  • Colher secreção uretral no laboratório, pela manhã antes de urinar.
  • Colher urina de primeiro jato – 20ml, centrifugar e examinar o sedimento.
  • Colher secreção prostática e subprepucial.

Na mulher

  • Colher secreção vaginal sem fazer higiene prévia, de preferência durante os primeiros dias após a menstruação.
  • Preparar lâmina com salina isotônica morna e procurar o parasita.
  • Cultivar em meio líquido - meios de Johnson & Trussell (CPLM), STS e TYM.

Trichomonas vaginalis - Tratamento

Derivados nitroimidazólicos Metronidazol, tinidazol, nimorazol, secnidazol, carnidazol.

Agem por formação de radicais citotóxicos derivados da redução do grupamento nitro. Agem nos organismos anaeróbios que têm ferredoxina, flavodoxina ou transportadores de elétrons na sua cadeia metabólica.

Profilaxia

  • Medidas aplicáveis às doenças sexualmente transmissíveis.
  • O material contaminado pode ser desinfetado com hexaclorofeno 0,42M por 24h, ou pelo calor a 44°C.

Trichomonas tenax

  • Patógeno da cavidade bucal, mas pode viver em comensalismo.
  • Tem formato ovoide com 4 flagelos anteriores e mede 4 a 16 X 2 a 15μm.
  • Vasta distribuição geográfica.
  • Transmitido diretamente pela saliva ou indiretamente pelo contato com escovas de dente, alimentos lambidos.
  • Presente no tártaro dos dentes, goma de mascar, criptas amigdalianas.

Hospedeiros

  • Possui uma distribuição mundial.
  • Além do homem, algumas espécies de primatas não humanos são também hospedeiros naturais deste flagelado, além de cães e gatos.

Patogenicidade

  • A detecção da presença do T. tenax na cavidade bucal é indício de uma higienização bucal precária.

Incidência

  • Prevalência variando de 0 a 25%.
  • Maior em indivíduos com problemas periodontais.
  • Pessoas portadoras de Gengivite Ulcerativa Necrosante Aguda (GUNA) - uma infecção bacteriana (bacilos fusiformes e espiroquetas) - possuem incidência de até 32%.
  • Trabalhos europeus descrevem infecções respiratórias atribuídas a ele.

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