Ultra-Romantismo e Condoreirismo no Brasil

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Ultra-Romantismo

O Ultra-Romantismo se caracteriza pelo pessimismo, sentimento de inadequação à realidade, ócio, desgosto de viver. Essa geração sentia-se “perdida”, não tinha nenhum projeto no qual se apegar.

O apego à bebida, ao vício, atração pela noite e pela morte caracterizava o “mal-do-século”, características presentes nas obras do principal representante: Álvares de Azevedo, acrescentando temas macabros e satânicos. A tendência contou ainda com Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e Junqueira Freire.

1. Álvares de Azevedo: ”Lira dos Vinte Anos”, “Poema do Frade”, “Noite na Taverna”, “Macário”.

Apesar da curta vida, ele é o melhor representante da poesia Ultra-Romântica brasileira.

Seus poemas expressam uma concepção do amor que ora idealiza a mulher, identificando-a como um anjo, ora a representa envolvida por um grande erotismo e sensualidade; nos dois casos, ela é sempre inacessível, distante do poeta. O sentimento de morte e o tema da evasão (fuga da vida real para um mundo de sonhos e fantasias) são outros temas abordados em sua poesia.

2. Casimiro de Abreu se destaca pela abordagem de vários temas, dentre eles a infância, saudade, solidão, amor e natureza, temas que agradavam seu público. Diferente dos poemas de Azevedo, os poemas de Casimiro se associam à vida e à sensualidade. Principais obras: Meus Oito Anos.

3. Fagundes Varela: parte da sua obra poética mostra atitudes comuns aos grupos ultrarromânticos, mas o que o fez se destacar foram suas obras que se voltavam aos problemas sociais e políticos do Brasil. Principais obras: O Exilado.

Condoreirismo

Em 1860, surgiram alguns escritores que demonstravam imensa preocupação com os problemas sociais.

Questões como: o direito dos povos à independência, abolição da escravidão, erradicação da miséria e educação começaram a ser discutidos e difundidos por estes escritores.


Antônio Frederico de Castro Alves é considerado o último grande poeta do Romantismo.

Suas melhores obras são abolicionistas, por esta razão é conhecido como o “Poeta dos Escravos”. Nelas, o poeta denuncia as injustiças sociais, clama por liberdade, fala sobre a opressão e cita a ignorância do povo brasileiro.

Além de apresentar a escravidão como um problema social, ele também valorizou a sentimentalidade do negro. O poeta procurou mostrar em seus escritos que o negro é dotado de sentimentos nobres assim como qualquer outro ser humano.

Joaquim de Sousa Andrade nasceu em 1832 e morreu em 1902. Foi incompreendido em vida (até mesmo por sua família) e recebeu o devido reconhecimento somente recentemente. Principais obras: Eólias, O Novo Éden, Liras Perdidas. Fagundes Varela: principais obras: Noturnas, Diário de Lázaro, Vozes da América.

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