Unificação Italiana e a Independência do Brasil no Séc. XIX
Classificado em História
Escrito em em
português com um tamanho de 5,02 KB
Eventos e Contextos Históricos do Século XIX
- 1840: Golpe da Maioridade no Brasil.
- 1845: Fim da Guerra dos Farrapos.
- Giuseppe Garibaldi: Figura central na Unificação Italiana e participante da Guerra dos Farrapos.
- Crise do Império Brasileiro: A Igreja perdia fiéis, os fazendeiros perdiam trabalhadores (com a abolição) e o Exército ganhava força política.
A Unificação Italiana
- Diferenças entre as unificações da Itália e Alemanha: A unificação italiana foi impulsionada pela questão territorial, enquanto a alemã se baseou em laços culturais, de fidelidade e honra que uniam os guerreiros.
- Resistência de Mazzini e Conde Cavour: Embora tivessem ideias opostas, ambos desejavam o controle das terras do norte, que estavam sob domínio da Áustria, e apostavam na unificação em torno do rei de Piemonte-Sardenha.
- O papel de Giuseppe Garibaldi: Defendeu o projeto de unificação ao lado de Mazzini e foi um líder militar fundamental nas guerras que levaram à unificação da Itália.
- O reino mais desenvolvido: O Reino de Piemonte-Sardenha era o mais industrializado e desenvolvido da região. Ele liderou o processo, e ao final, quase toda a península estava sob seu controle, após a expulsão da Áustria do norte.
- A Questão Romana: A região de Roma, que pertencia ao Estado do Vaticano, foi anexada pela Itália. O conflito só foi resolvido com o Tratado de Latrão (1929), pois o Papa não aceitava a perda de seu território.
Ideias Nacionalistas
- França e Inglaterra: Formaram um nacionalismo com ampla participação popular desde o século XVI.
- Itália e Alemanha: No século XIX, desenvolveram um nacionalismo baseado na cultura étnica e na busca por um poder centralizado.
- "Unimos (pela escola) ao território (pelo exército), mas não a população."
A Guerra de Canudos
A Igreja Católica apoiava a recém-proclamada República para não perder fiéis para movimentos messiânicos como o de Antônio Conselheiro, que exercia grande influência popular. Conselheiro não aceitava o casamento civil e a separação entre Igreja e Estado. O Exército republicano via o movimento como uma ameaça à unidade nacional e focava na dominação do território, sem se importar com o sofrimento dos habitantes. Os camponeses, que viviam em condições de miséria, aderiram ao movimento por não terem nada a perder.
O Processo de Independência do Brasil
- As características do ser brasileiro segundo Luiz Felipe de Alencastro: O historiador afirma que "o Brasil nasceu com uma metade na África". Angola funcionava como uma "nação" reprodutora de escravos para o Nordeste brasileiro, a "nação" produtora de açúcar. Havia uma integração econômica maior entre o Nordeste e Angola do que entre as diversas regiões do próprio Brasil.
- O papel de Napoleão Bonaparte: Portugal, um tradicional aliado comercial da Inglaterra, desrespeitou o Bloqueio Continental decretado por Napoleão. Isso justificou a invasão do país pelas tropas francesas, forçando a transferência da corte portuguesa para o Brasil em 1808. Cerca de 15.000 pessoas trouxeram consigo todo o aparato burocrático do Estado português: arquivos, tesouro, Biblioteca Real, etc.
- Linhas intelectuais nas Inconfidências: As Inconfidências Mineira (1789) e Baiana (1798) foram influenciadas por ideais iluministas. Nos documentos oficiais, como os autos de devassa, a palavra "sedição" passou a ser utilizada para identificar um crime de extrema gravidade: uma ação organizada visando à revolução.
- A Revolução Pernambucana de 1817: A vinda da Família Real em 1808 gerou mais conflitos do que benefícios para Pernambuco, devido ao aumento de impostos para sustentar a corte no Rio de Janeiro. Em 1817, foi organizada uma revolução com conteúdo antiluso (contra os portugueses) e republicano.
- A Revolução Liberal do Porto (1820): Em Portugal, a revolução exigia o retorno de D. João VI e a recolonização do Brasil. No Brasil, as elites se dividiram: as províncias do Norte e Nordeste, como Pernambuco, apoiaram a revolução, enquanto as do Sul, lideradas pelo Rio de Janeiro, protestaram, insistindo para que o rei ficasse.
- Por que Monarquia e não República após a Independência? Essa foi uma das questões centrais no debate político. Embora a ideia republicana existisse, a monarquia foi a opção escolhida pelas elites para manter a unidade territorial do vasto país, evitando a fragmentação que ocorreu na América Espanhola. A ideia republicana só ganhou força no final do século XIX, com a crise do Império.