Urbanização, Metrópoles e Capitalismo: Uma Análise

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Urbanização Brasileira Pós-Guerra

Após a Segunda Guerra Mundial, a urbanização cresceu juntamente com a industrialização. Critérios para classificar o urbano e o rural: uma cidade só é definida se possuir determinadas infraestruturas e equipamentos coletivos: escolas, postos de saúde, estabelecimentos comerciais, agências bancárias e funcionar como um polo de distribuição de bens e serviços. É considerada urbana toda a população residente nas sedes dos municípios ou distritos e nas demais áreas definidas como urbanas pela legislação municipal. Isso faz com que o Brasil apresente um nível menor de urbanização, segundo estudiosos. Causas do êxodo rural: a repulsão da força de trabalho do campo e a atração da força de trabalho para as cidades. Uma das causas da migração rural-urbana é a modernização técnica do trabalho rural, com a substituição do homem pela máquina. Outro fator é o monopólio das terras, resultando em uma carência de terras para a maioria dos trabalhadores rurais, gerando uma pressão demográfica sobre a terra, e o escape é a migração. Eles vão à cidade em busca de empregos e salários na construção civil, no comércio ou nos serviços, possibilitando, assim, um trabalho informal.

A Rede Urbana Brasileira

O espaço geográfico abrange as redes formadas pelos complexos sistemas de fluxos de pessoas, bens, serviços, capitais e informação, caracterizando a sociedade contemporânea. Centros sub-regionais: bens e serviços como: revendedoras de automóveis e máquinas agrícolas, escolas de ensino médio e, em alguns casos, universidades. Centros regionais: centros universitários, grandes hospitais, médicos e dentistas, escritórios de advocacia, shopping centers, emissoras de rádio e TV. Metrópoles: (ex: POA, Canoas, Gravataí, Guaíba) foram crescendo e se ligando uma na outra. São cidades conurbadas (unidas), sendo que existe uma (cidade) monopolista. Complexos hospitalares de alto padrão, centros de pesquisa científica, aeroportos internacionais, hotéis luxuosos, comércio atacadista e varejista, bancos e empresas transnacionais. O Brasil tem duas metrópoles: São Paulo e Rio de Janeiro. Sete Metrópoles Nacionais: Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte e Paranaguá. A região Sul está dividida pelas influências das duas metrópoles nacionais: Porto Alegre e Curitiba.

O monopólio correspondeu a uma concentração dos recursos produtivos e da oferta de empregos. Essas aglomerações evoluíram como atração demográfica e grandes mercados consumidores, resultando na metropolização. A expansão econômica das metrópoles produziu o crescimento do núcleo urbano central e dos núcleos situados ao redor. Integração funcional: ocorre entre dois ou mais núcleos urbanos quando suas populações compartilham suas infraestruturas urbanas e a rede de distribuição de bens e serviços. Região Metropolitana: são estruturas territoriais especiais, formadas pelas principais cidades do país e pelas aglomerações a elas conurbadas.

O problema de circulação da megalópole decorre da intensidade dos fluxos gerados pela concentração urbana e industrial. A ampliação de serviços da ponte aérea entre as metrópoles está limitada pela capacidade dos aeroportos. O projeto de implantação ferroviária e a implantação de um trem-bala surgem como alternativa para descongestionar o transporte de pessoas e mercadorias na megalópole. Cidade-capital: é a sede do poder político dos Estados. Situa-se o conjunto de instituições governamentais-administrativas, legislativas e judiciárias, que regulam a vida política da sociedade em um determinado território. Cidade dormitório: são núcleos urbanos nos quais uma parcela expressiva da população trabalha em um centro vizinho mais importante. Megalópole: áreas urbanizadas que se estendem na região de influência de duas ou mais metrópoles (Nova York, Japão). Entre elas, crescem cidades médias e pequenas, subúrbios e distritos industriais, áreas de agricultura. Apresenta uma forte economia e intensos fluxos de pessoas e mercadorias, com meios de transportes rápidos. Urbanização: quando a população no meio urbano cresce a taxas maiores que a população total. O processo de urbanização é resultado do êxodo rural, isto é, transferência de populações do meio rural para o meio urbano. Megacidades: imensas aglomerações urbanas, com pelo menos 10 milhões de habitantes. Hierarquia: cidade local (SA) -> centro sub-regional (Ijuí, Palmeira) -> centro regional (Santa Maria, Passo Fundo) -> metrópole (POA).

Desenvolvimento Capitalista

Século XVI: Revolução Comercial. Fatores: grandes navegações e descobrimentos, colonialismo, mundialização. O capitalismo se divide em quatro fases: Comercial, Industrial, Financeiro e Informacional. A 1ª etapa estendeu-se do fim do século XV até o século XVII e foi marcada pela expansão marítima das potências econômicas da Europa Ocidental (Portugal, Espanha, Inglaterra, França e Países Baixos) em busca de novas rotas comerciais. O objetivo dessas nações era acabar com a hegemonia das cidades italianas no comércio com o Oriente pelo Mediterrâneo. Mercantilismo: seu objetivo era fortalecer o Estado. Intervenção do Estado na economia, defendia o protecionismo, aumentar a riqueza nacional por meio do metalismo, 1ª divisão do trabalho: as metrópoles forneciam produtos manufaturados, as colônias forneciam metais preciosos e especiarias. Liberalismo: criticava o absolutismo e o mercantilismo na política, defendia a democracia, condenava a intervenção do Estado na economia, defendia a livre concorrência, individualismo, aumento da competição internacional, 2ª divisão do trabalho: os países subdesenvolvidos fornecem matéria-prima. Keynesianismo: defendia a intervenção do Estado na economia para garantir empregos, grandes investimentos públicos e infraestruturas (estradas, portos, hidrelétricas), estatização. Neoliberalismo: privatização, mínima intervenção do Estado na economia para garantir a estabilidade monetária e livre concorrência, flexibilização das leis trabalhistas, terceirização.

Fases do Capitalismo

  • Comercial: viagem de Vasco da Gama às Índias via Atlântico, mundialização do comércio, utilização do trabalho escravo na América, acumulação de capitais na Europa, Revolução Gloriosa (Inglaterra).
  • Industrial: independência das colônias americanas, aperfeiçoamento da máquina a vapor, utilização do carvão mineral, indústrias inovadoras: têxtil, siderúrgica e naval, desenvolvimento do trabalho assalariado.
  • Financeiro: Primeira Guerra Mundial (1914-1918), Crise Econômica Mundial (1929), Segunda Guerra Mundial (1939-1945), construção do primeiro carro com motor a gasolina (1886) e pela utilização do petróleo e da eletricidade (1850). Indústrias inovadoras: petroquímica, elétrica e automobilística, expansão mundial do processo de industrialização, monopólios e oligopólios.
  • Informacional: crises financeiras em diversos países (1980-1990), criação do G-20 (1999), construção do 1º computador, ampliação do meio técnico-científico-informacional, indústrias inovadoras: informática, robótica, telecomunicações e biotecnologia, industrialização de países em desenvolvimento e expansão das multinacionais.

Conceitos Econômicos

Holding: conjunto de empresas dominadas por uma empresa que detém a maioria das ações e atua em vários setores da economia. Cartel: conjunto de empresas que atuam no mesmo setor da economia e estabelecem acordos visando ao aumento de seus lucros. Truste: controlam as etapas da produção, desde a retirada da matéria-prima e a transformação dos produtos até a distribuição das mercadorias (ex: Ambev). Conglomerado: resultado de um processo de fusão de capitais e de uma diversificação dos negócios, visam dominar a oferta de determinados produtos ou serviços no mercado.

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