Sistema Urinário: Anatomia e Fisiologia

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Sistema Urinário

1. Lobo e Lóbulo Renal, Néfron e Sistema Coletor

Descrever lobo e lóbulo renal: Cada lobo renal é formado por uma pirâmide e pelo tecido cortical que recobre sua base e seus lados. Um lóbulo renal é constituído por um raio medular e pelo tecido cortical que fica ao seu redor, delimitado pelas artérias interlobulares.

Descrever morfologicamente o néfron e o sistema coletor: O néfron tem início no tubo coletor e é constituído pelo glomérulo e pela cápsula de Bowman. Os capilares glomerulares são irrigados pela arteríola aferente e drenados pela arteríola eferente. O local de entrada e saída desses vasos é o polo vascular e, do lado oposto, situado na parede da cápsula onde se inicia o túbulo contornado proximal, tem-se o polo urinário. É nesse local que começa a porção tubular do néfron, composta pelo túbulo contornado proximal, alça de Henle, túbulo contorcido distal e túbulo coletor.

2. Circulação Renal

Indicar os componentes vasculares da Circulação Renal: Artéria renal, ramos interlobares, artérias arqueadas, arteríolas aferentes, glomérulos, arteríolas eferentes, capilares peritubulares, arteríolas retas espúrias, plexo medular, veias arqueadas e veias estreladas.

3. Membrana de Filtração e Aparelho Justaglomerular

Indicar e relacionar funcionalmente os componentes da membrana de filtração e aparelho justaglomerular: A membrana basal glomerular é formada pela lâmina rara (interna e externa), que possui composição molecular e, devido a isso, tem a função de impedir a passagem de moléculas carregadas negativamente, e também pela lâmina densa, que age como um “filtro” físico. O aparelho justaglomerular é constituído pela mácula densa, pelas células justaglomerulares e também células mesangiais extraglomerulares, e tem a função de diminuir a concentração de NaCl na urina e liberar pró-renina e renina.

Estruturas da barreira filtro glomerular:

  • Células epiteliais fenestradas
  • Pedicelos de podócitos
  • Lâmina basal
  • Barreira polianiônica a moléculas carregadas negativamente

O epitélio basal de Bowman está externamente delimitando o corpúsculo renal fazendo parte da filtração. A maior redução no volume do ultrafiltrado ocorre no túbulo proximal.

Características do epitélio do TCP:

  • Microvilos na superfície luminal
  • Extensas interdigitações basais
  • Reabsorve água do ultrafiltrado glomerular
  • Reabsorve glicose

Aparelho justaglomerular: Localizado fora do glomérulo, contém células musculares que atuam comprimindo a arteríola aferente, o que diminui a velocidade de filtração por diminuir o volume de sangue, secreta renina e é importante para manter o volume do plasma e pressão arterial.

4. Trato Urinário Inferior e Vias Urinárias

Trato urinário inferior: A pelve renal, ureter e a bexiga são revestidos de urotélio. O ureter tem uma camada muscular, a bexiga tem duas camadas musculares, a uretra masculina tem seu epitélio modificado de acordo com a extensão da uretra, a uretra feminina é revestida principalmente por um epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado.

Enumerar os componentes das vias urinárias: O aparelho urinário é composto por 2 rins e pelas vias urinárias, que são 2 ureteres (dois canais com a função de levar a urina da pelve de cada um dos rins até a bexiga), a bexiga (uma bolsa que possui a função de armazenar a urina que flui incessantemente dos ureteres para depois eliminá-la do organismo pela uretra) e a uretra (por onde flui a urina quando esta está para ser eliminada). A urina é produzida nos rins, passa pelos ureteres até a bexiga e é lançada ao exterior da uretra.

5. Circulação Sanguínea do Rim

Enumerar os principais vasos da circulação sanguínea do rim: O sangue chega ao rim através das artérias renais, que têm origem na aorta. As artérias renais se dicotomizam em artérias segmentares que posteriormente darão origem às artérias interlobares, que percorrem paralelamente as pirâmides renais. Depois, essas últimas irão se arquear, tornando-se artérias arqueadas, localizadas na base das pirâmides renais. Após, as arqueadas se ramificam formando as artérias interlobulares que penetram o córtex renal e estão localizadas na região limítrofe entre as duas regiões (cortical e medular). As artérias interlobulares darão origem às arteríolas aferentes que formarão uma rede de capilares, o glomérulo. As que saem dessa rede de capilares formam as arteríolas eferentes. A partir daí, a arteríola eferente vai dividir-se nos capilares peritubulares e, a partir daí, passa para a circulação venosa que ocorrerá do mesmo jeito que a circulação arterial, porém de modo inverso, sem a participação das arteríolas aferentes. O sangue do córtex drena para as veias arqueadas e destas para as veias interlobares, depois para as segmentares, a veia renal e, finalmente, para a veia cava inferior, até o coração.

6. Componentes do Néfron e Sistema Coletor

Enumerar e caracterizar morfologicamente os componentes do néfron e sistema coletor (unidade morfofuncional do rim - túbulo urinífero). Localizar esses componentes no parênquima renal: O túbulo urinífero é a unidade morfofuncional do rim e é composto por um néfron e um túbulo coletor. Os componentes dos néfrons são: corpúsculo renal, túbulo contorcido proximal, reto proximal, alça de Henle, reto distal, túbulo contorcido distal e os ductos coletores que formarão essa unidade morfofuncional do rim. Os néfrons ainda podem ser caracterizados de acordo com a localização dos seus corpúsculos renais e do comprimento das suas alças de Henle. Os néfrons corticais possuem seus corpúsculos na parte cortical e possuem a alça de Henle curta. Já os néfrons justamedulares possuem seus corpúsculos mais próximos à parte medular (corticomedulares) e possuem a alça de Henle longa (importantes para o mecanismo multiplicador de contracorrentes).

Corpúsculo Renal: Formado por uma rede de capilares fenestrados, o glomérulo, envolvido pela cápsula de Bowman. Esta cápsula possui 2 folhetos, um interno (visceral), constituído de podócitos e localizados junto aos capilares glomerulares (epitélio modificado) e outro externo (parietal), constituído de epitélio pavimentoso simples que se apoia na lâmina basal, formando os limites do corpúsculo renal. Entre esses dois folhetos, existe o espaço de Bowman onde irá cair o ultrafiltrado glomerular (líquido filtrado através da parede dos capilares e do folheto visceral). Há a presença ainda do mesângio, formado por células mesangiais e pela matriz mesangial. Essas células cercam os capilares glomerulares, servindo-lhes como suporte estrutural e outras funções. Cada corpúsculo renal tem um polo vascular pelo qual penetra a arteríola aferente e sai a arteríola eferente, e um polo urinário, onde se inicia o túbulo contorcido proximal.

Túbulo Contorcido Proximal: No polo urinário, as células do túbulo proximal têm o epitélio cúbico simples. As células são largas, têm o citoplasma basal fortemente acidófilo devido à presença de mitocôndrias e sua membrana basolateral (lado sanguíneo da célula) possui invaginações. A membrana apical (lado urinário) dessas células apresenta microvilos que formam a orla em escova que aumentam a capacidade de absorção.

Alça de Henle: Estrutura em forma de U, onde os ramos descendentes e ascendentes finos (epitélio pavimentoso simples) da alça têm superfícies apicais e basolaterais pouco desenvolvidas, com poucas mitocôndrias. As células do ramo ascendente espesso (epitélio cúbico simples) e do túbulo contorcido distal apresentam mitocôndrias abundantes e extenso pregueamento da membrana basolateral.

Túbulo Contorcido Distal: A parte espessa da alça de Henle torna-se tortuosa e passa a ser chamada de túbulo contorcido distal, revestido por epitélio cúbico simples. As células são menores do que a do contorcido proximal, não possuem orla em escova e são menos acidófilas (menos mitocôndrias). Esse túbulo encosta ao corpúsculo renal do mesmo néfron e, nesse local, sua parede se modifica. Suas células tornam-se cilíndricas, altas, com núcleos alongados e próximos uns dos outros. Este segmento modificado é a região da mácula densa, responsáveis pela liberação de renina na circulação.

Ducto Coletor: O ducto coletor tem 2 tipos celulares: as células principais ou claras e as intercaladas ou escuras. As células principais apresentam membrana basolateral moderadamente invaginada, com poucas mitocôndrias e desempenham papel importante na reabsorção de NaCl e na secreção de K+. As células intercaladas, que desempenham função importante na regulação do balanço ácido-básico, têm alta densidade de mitocôndrias. Uma população de células intercaladas secreta H+ e outra população secreta HCO3-.

7. Membrana de Filtração: Características Funcionais

Relacionar os componentes da membrana de filtração (barreira de filtração) com suas respectivas características funcionais: A barreira de filtração glomerular é composta pelos diafragmas das fendas de filtração, membrana basal contínua (fusão das lâminas basais do endotélio e dos podócitos) e células endoteliais dos capilares. Os podócitos são células do folheto visceral que são formadas por um corpo celular de onde se originam vários prolongamentos primários, que por sua vez se dividem formando os prolongamentos secundários. Os podócitos se localizam sobre uma membrana basal e esse contato se dá pelos prolongamentos secundários (pedicelos). A função dessas células é restringir a passagem de proteínas do sangue para a urina, promovem alta perfusão, limpeza da barreira de filtração, etc. Entre os prolongamentos secundários, existem espaços chamados de fendas de filtração. Essas fendas são responsáveis por determinar a composição do ultrafiltrado glomerular, restringindo a filtração de moléculas com base em seu tamanho e carga elétrica. A membrana basal glomerular é formada por 3 camadas: a lâmina rara interna, situa-se próxima às células endoteliais; a lâmina densa; e a lâmina rara externa, localizada próxima aos podócitos. Os capilares glomerulares são do tipo fenestrado e permitem a passagem de substâncias pequenas pelos seus poros.

8. Mesângio Intra e Extraglomerular

Enumerar e caracterizar morfologicamente os componentes do mesângio intra e extraglomerular: O mesângio, tanto intraglomerular quanto extraglomerular, é formado por células mesangiais (“pericitos”). Essas células cercam os capilares glomerulares, servindo-lhes como suporte estrutural, secretam matriz extracelular, apresentam atividade fagocítica removendo macromoléculas do mesângio, secretam prostaglandinas e citocinas pró-inflamatórias, regulam a filtração glomerular devido à capacidade de contração reduzindo o fluxo de sangue no glomérulo, etc. O mesângio intraglomerular se localiza dentro do glomérulo, entre os capilares glomerulares. A sua capacidade de contração se deve à presença de proteínas actina, miosina e tropomiosina e, por isso, são capazes de regular a filtração glomerular ao controlar o fluxo sanguíneo através dos capilares glomerulares. O mesângio extraglomerular está localizado no polo vascular, em contato com a mácula densa, formando o aparelho justaglomerular. As células mesangiais desta área respondem ao hormônio angiotensina II, promovendo vasoconstrição, o que leva à diminuição do lúmen das arteríolas eferente e aferente, aumentando a pressão sanguínea.

9. Vias Urinárias

Enumerar os componentes das vias urinárias: As vias urinárias compreendem bexiga, ureteres e uretra.

10. Histologia das Vias Urinárias

Descrever o padrão histológico das túnicas (camadas) das vias urinárias:

  • Mucosa: Epitélio + Tecido Conjuntivo Propriamente Dito (TCPD) (lâmina própria).
  • Muscular: Longitudinal interna e circular externa.
  • Adventícia ou serosa: TCPD ou TCPD + epitélio, respectivamente.

Bexiga: Assemelha-se a um órgão oco, parecido com uma bolsa. Seu padrão histológico é igual ao descrito acima, exceto na camada muscular onde possui uma outra camada (longitudinal interna, circular média e longitudinal externa). A última camada (túnica) é formada pela parte superior sendo serosa e o restante adventícia.

Ureteres: Os ureteres têm por função conduzir a urina dos rins para a bexiga. Seu padrão histológico é igual ao modelo e sua última camada predomina a adventícia.

Uretra: É um tubo que leva a urina da bexiga para o exterior, no ato da micção. No sexo masculino, a uretra dá passagem ao esperma durante a ejaculação. Já no sexo feminino, este órgão é exclusivo do aparelho urinário.

Uretra masculina é formada por 3 porções:

  • Porção prostática: Situa-se próximo à bexiga e no interior da próstata. Revestida por um epitélio de transição.
  • Uretra membranosa: É revestida por epitélio pseudoestratificado colunar. Nessa região, encontra-se um esfíncter de músculo estriado, denominado esfíncter externo da uretra.
  • Uretra esponjosa: Encontra-se no corpo cavernoso do pênis. O epitélio dessa uretra é do tipo pseudoestratificado colunar, com áreas do epitélio estratificado pavimentoso.

Na mulher: A uretra localiza-se logo atrás da sínfise pubiana e anteriormente à vagina e é revestida por epitélio plano estratificado.

Sistema Endócrino

1. Tireoide

Características das células epiteliais foliculares da tireoide:

  • São capazes de converter iodeto em iodo.
  • São capazes de decompor a tireoglobulina, com liberação dos hormônios tireoidianos T3 e T4.
  • São controladas por TSH, derivado do hipotálamo.
  • Podem proliferar e produzir um estado de hipertireoidismo.

2. Paratireoides

Características das glândulas paratireoides:

  • Estão localizadas na face posterior da tireoide.
  • Contêm células principais, que são as mais importantes células secretoras de hormônio.
  • Contêm uma quantidade variável de tecido adiposo.
  • Podem desenvolver tumores benignos que causam destruição óssea.

3. Suprarrenal

Zonas da suprarrenal e suas secreções:

  • Zona reticulada: Andrógenos.
  • Medula: Catecolaminas.
  • Zona fasciculada: Cortisol.
  • Zona glomerulosa: Aldosterona.

4. Hipófise

Características da hipófise:

  • É dividida em duas partes: anterior (neuro-hipófise) e posterior (adeno-hipófise).
  • Apresenta células secretoras de GH na adeno-hipófise.
  • Fica localizada na sela túrcica.

Hormônios encontrados nos corpos de Herring da neuro-hipófise: ADH e Oxitocina.

5. Glândula Mamária

Quais são as secreções da glândula mamária?

  • Secreção merócrina: Proteína do leite (exocitose).
  • Secreção apócrina: Gordura do leite.

6. Corpo Lúteo

Estímulos do FSH e LH no corpo lúteo: O FSH estimula a produção de progesterona e estradiol nas células granuloluteínicas. Já o LH estimula a produção de progesterona e androstenediona nas células tecoluteínicas.

7. Glândula Adrenal

Descreva as células encontradas na camada medular da glândula adrenal: A maioria das células encontradas na medula adrenal são as células cromafins, que são similares a epiteliais poliédricas, mas com grânulos de secreção repletos de catecolaminas e outras substâncias secretadas. O restante das células são células ganglionares nervosas do sistema parassimpático ou células do estroma.

Descreva a organização celular da camada cortical da glândula adrenal e cite as substâncias secretadas por cada zona: A camada cortical da adrenal é dividida em três zonas compostas por células secretoras de hormônios esteroides chamadas de espongiócitos. A mais externa é a glomerulosa, que recebe seu nome devido à organização glomerular das células que secretam mineralocorticoides como a aldosterona. A intermediária é a zona fasciculada, também com nome proveniente da sua organização em fascículos que secretam glicocorticoides como o cortisol. A camada mais interna é a reticulada, que recebe o nome pela organização em rede de suas células secretoras de gonadocorticoides como a testosterona e o estradiol.

8. Paratireoide

Qual a organização celular da paratireoide? Que células são encontradas nessa glândula e quais são suas características? As paratireoides contêm uma cápsula de conjuntivo e são compostas pelas células principais e oxífilas que se organizam em cordões em meio a vários vasos sanguíneos e linfáticos. As células principais secretam o paratormônio, que é responsável pelo aumento da calcemia. Já as células oxífilas têm função incerta, mas acredita-se que sejam células principais degranuladas.

9. Ilhotas de Langerhans

Quais células são encontradas nas Ilhotas de Langerhans? As células encontradas são as alfa, beta, delta, PP e gama. As principais são a alfa, que secreta glucagon, e a beta, que secreta insulina. Elas são organizadas em cordões em um parênquima repleto de vasos sanguíneos e linfáticos característico de estruturas endócrinas.

10. Pars Distalis

Determine os tipos celulares da pars distalis de acordo com suas características tintoriais: As células da pars distalis são divididas em cromófobas e cromófilas, podendo as últimas serem ainda acidófilas ou basófilas. As cromófilas são responsáveis pela secreção dos hormônios, enquanto que as cromófobas têm função ainda não muito detalhada. As cromófilas, como pode ser induzido pelo nome, são separadas de acordo com a sua afinidade tintorial, e não é possível, na microscopia óptica, discernir quais células secretam que hormônios especificamente.

11. Sistema Porta-Hipofisário

Qual é a importância do sistema porta-hipofisário? O sistema porta-hipofisário é necessário para o estabelecimento do eixo hipotálamo-hipófise. O hipotálamo, superior à hipófise, é responsável pelo controle da glândula. No caso da adeno-hipófise, o hipotálamo produz os RH (releasing hormones) responsáveis por induzir a produção/secreção de cada determinado hormônio pela adeno-hipófise. No caso da neuro-hipófise, o hipotálamo é responsável pela produção dos hormônios ali armazenados. O sistema porta-hipofisário é o responsável pela rapidez dessa comunicação, levando diretamente esses hormônios do hipotálamo à hipófise, sem depender da circulação sistêmica que poderia retardar muito a resposta.

12. Tireoide

Descreva o tipo de organização histológica da tireoide: A tireoide possui uma cápsula própria de tecido conjuntivo que envia prolongamentos incompletos para sua porção interna. As principais populações celulares são as células foliculares e as células parafoliculares. As células foliculares se organizam ao redor dos coloides, onde estão armazenados os hormônios T3 e T4 em sua forma composta, que foram secretadas pelas células foliculares que se assemelham a qualquer célula epitelial secretora de proteínas. As células parafoliculares secretam calcitonina, o hormônio responsável pela queda da calcemia. O parênquima ao redor é repleto de vasos sanguíneos fenestrados e linfáticos, como a maioria das estruturas endócrinas.

13. Neuro-Hipófise

Qual a constituição histológica da neuro-hipófise? O tecido da neuro-hipófise é constituído de um parênquima característico do sistema nervoso. Aqui chegam os axônios provenientes dos núcleos supraóptico e paraventricular do hipotálamo, onde é produzido o ADH e a ocitocina. Na porção terminal desses axônios se acumulam esses hormônios em estruturas conhecidas como corpos de Herring. As células ao redor são similares ao tecido glial, e são chamadas de pituícitos.

14. Síntese de T3 e T4

Descreva sucintamente a síntese de T3 e T4: Ocorre inicialmente a síntese da tireoglobulina, que é a proteína base do hormônio. Posteriormente, as células foliculares captam iodo circulante para dentro da célula num antiporte com sódio. Esse iodo, após oxidado, é implementado na tireoglobulina por reação de iodação. Com a clivagem dessa proteína agora iodada, forma-se o T3 e o T4.

Sistema Reprodutor Masculino

1. Órgãos do Sistema Reprodutor Masculino

Cite os órgãos do aparelho reprodutor masculino: Pênis, próstata, vesícula seminal, testículo, epidídimo e ductos deferentes.

2. Organização Histológica dos Testículos

Descreva a organização histológica dos testículos: Os testículos são circundados pela túnica albugínea, que é uma cápsula formada por tecido conjuntivo denso não modelado, associada à túnica vasculosa, uma camada vascular interna. É na túnica albugínea que se encontram as células da linhagem espermatogênica e células de Sertoli. A cápsula divide o testículo em lóbulos testiculares, e eles são constituídos pelos túbulos seminíferos. Estes são revestidos por um epitélio seminífero. Há, também, um estroma de tecido conjuntivo frouxo vascular que circunda os túbulos seminíferos e abriga as células de Leydig.

3. Barreira Hematotesticular

Quais as funções da barreira hematotesticular? É uma barreira física entre os vasos sanguíneos e os túbulos seminíferos que isola as células germinativas do sangue. Ela permite que as células de Sertoli controlem o ambiente em que as células germinativas se desenvolvem, através da interferência química no fluido do lúmen. Também impede a passagem de agentes citotóxicos para os túbulos seminíferos, protege as células germinativas de agentes nocivos que circulam através do sangue, previne a entrada na circulação sanguínea de produtos antigênicos resultantes da maturação das células germinativas, e consequente resposta autoimune, e pode ainda auxiliar na manutenção do gradiente osmótico que facilita o transporte de fluido para o interior do lúmen tubular.

4. Ducto Deferente

Descreva a organização histológica do ducto deferente: O ducto deferente é uma estrutura muscular constituída de fibras musculares lisas, circundada por uma camada adventícia de tecido conjuntivo frouxo fibroelástico. Sua mucosa de revestimento é constituída por um epitélio pseudoestratificado cilíndrico estereociliado apoiado sobre uma lâmina própria fibroelástica.

5. Espermiogênese

Descreva as alterações morfológicas observadas durante o processo de espermiogênese: Esse processo tem início com as espermatogônias, que entram em mitoses sucessivas e dão origem aos espermatócitos primários. Eles entram em meiose e originam os espermatócitos secundários, que completam a segunda divisão meiótica e dão origem às espermátides. Estas, por sua vez, originam os espermatozoides.

6. Uretra Masculina

Quais as três porções da uretra masculina e quais as suas características?

  • A porção prostática alonga-se através da próstata e é revestida por um epitélio de transição.
  • A porção membranosa se encontra entre a próstata e o começo do pênis, é revestida por epitélio pseudoestratificado cilíndrico e possui o esfíncter externo da uretra.
  • A porção esponjosa localiza-se no corpo cavernoso e atravessa o pênis, e possui um revestimento de epitélio pseudoestratificado cilíndrico, mas com áreas de estratificado pavimentoso.

7. Glândulas Acessórias do Sistema Reprodutor Masculino

Quais são as glândulas acessórias do aparelho reprodutor masculino? Próstata, vesícula seminal e glândulas bulbouretrais.

8. Glândulas Prostáticas

Quais são e como estão distribuídas as glândulas prostáticas?

As glândulas da mucosa são mais curtas, por serem mais próximas da uretra. As glândulas da submucosa são periféricas às glândulas da mucosa, sendo mais longas que elas. As glândulas principais (mais periféricas) são maiores, mais numerosas e constituem a maior parte da próstata. Descreva histologicamente o pênis. O pênis é envolvido por pele delgada e possui a túnica albugínea (tecido conjuntivo denso não modelado), que encerra os três corpos cilíndricos de tecido erétil (2 corpos cavernosos e 1 corpo esponjoso) e dilata-se na porção terminal (glande). Os espaços vasculares dos tecidos eréteis são revestidos por endotélio e, entre estes espaços, encontra-se tecido conjuntivo fibroso e altamente vascularizado. Epitélio germinativo dos testículos: reveste apenas o túbulo seminífero, produz gametas haploides, é dependente da testosterona para sua integridade funcional, é sustentado pelas células de sertoli, contém células tronco para sua renovação.São características da próstata: 3 zonas: central, de transição e periférica(maior parte da secreção),possui componentes glandular e fibromuscular, possui elementos glandulares tubualveolares, é sensível a estimulação endócrina, em especial à testosterona.Características relativas ao pênis: possui 2 corpos cavernosos dorsais e 1 esponjoso central, o sangue é fornecido para o tecido erétil pelas artérias helicianas, a uretra passa pelo corpo esponjoso, a uretra é revestida por epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado, em sua porção distal, existem pequenas glândulas na mucosa, que secretam na uretra. Descreva histologicamente o testículo. O testículo é um órgão composto por um complexo sistema ductular na sua porção interna. Externamente ele é revestido pela túnica albugínea, que é uma cápsula de tecido conjuntinvo que envia projeções para dentro. Mais externamente há a túnica vaginal, que reveste a albugínea ventro-lateralmente, e é uma espécie de serosa(02 camadas epitiliais com líquido seroso entre elas). O Sistema de ductos intratesticulares é composto por túbulos seminíferos, túbulos retos, rede testicular e ductos eferentes. Os túbulos seminíferos são compostos por epitélio germinativo, sendo povoados por células da linhagem espermatogênicas e de Sertoli. Os túbulos retos conectam os seminíferos a rede testicular, apresentando uma transição para seu epitélio simples pavimentoso/cúbico. A rede testicular é seguida dos ductos eferentes, que já apresenta algumas células mucossecretoras e outras ciliadas. No interstício dos testículos há conjuntivo comum, com células intersticiais (ou de Leydig) responsáveis pela secreção de testosterona. Descreva o epitélio germinativo do túbulo seminífero. O epitélio germinativo é composto por células da linhagem espermatogênica e células de Sertoli. As células de Sertoli possibilitam a espermatogênese através de diversas funções, como adequação do local por secreção, ou até mesmo por efetivar junções com os espermatócitos. A célula mais primordial da linhagem espermatogênica são as espermatogônias tipo A e B, sendo que a A é a célula basal que continuará indiferenciada e a B a que de fato dará origem aos espermatócitos primários. Os espermatócitos primários já ão células maiores, com o núcleo bem grande e nucléolo bem evidentes. Após sofrer a primeira divisão meiótica, dão origem aos espermatócitos secundários(EII), que já são células menores e com 23 cromossomos duplicados. Após sofrer a segunda divisão meiótica, os EII dão origem as espermátides, que são de fato haplóides sem cromossomos duplicados. As espermátides então passam por uma redução do citoplasma, formação do acrossoma, rompimento das pontes citoplasmáticas com outras espermátides, entre outros procesos de diferenciação, para dar origem aos espermatozóides. Defina barreira hematotesticular e explique sua importância no desenvolvimento dos espermatozoides. A barreira hematotesticular é promovida pelas Células de Sertoli, e é mais uma das funções dessa população direcionada a propiciar um meio adequado para a espermatogênese. Essas células de Sertoli compõem a porção mais basal do epitélio germinativo, sendo a interface com o interstício rico em vasos sanguíneos e linfáticos. A secreção dessa população para o interstício seminífero é uma espécie de “filtrado” das substâncias externas aos túbulos, sendo composto apenas pelas substâncias necessárias a espermatogênese. Suspeita-se que essa barreira também seja importante para que não haja uma resposta auto-imune contra os espermatozóides, uma vez que eles poderiam ser apresentadores de antígenos. Explique o processo de espermiogênese. Primeiro, forma-se o acrossoma pela junção de grânulos acrossomais com o complexo de Golgi da espermátide. Simultaneamente, ocorre a migração dos centríolos para o polo basal, e começa a haver uma mudança conformacional do citoesqueleto para dar origem ao flagelo. Ocorre então uma condensação do núcleo, que diminui de tamanho, assim como o citoplasma, que é em boa parte expelido para o meio externo e também diminui de tamanho. Há também o acúmulo de mitocôndrias na peça intermediária. Após todos esses eventos, as pontes citoplasmáticas entre as espermátides são desfeitas, e o espermatozóide ganha o lúmen seminífero. Descreva histologicamente o epidídimo. O epidídimo é um único túbulo muito contorcido, que é revestido por epitélio colunar pseudoestratificado não queratinizado com estereocílios. Abaixo da célula basal do epitélio há uma fina camada circular de células musculares lisas, bem como uma lâmina própria de T.C. Frouxo, que é revestida externamente pela cápsula do epidídimo, também formada por conjuntivo. Descreva histologicamente os ductos intra e extratesticulares. O Sistema de ductos intratesticulares é composto por túbulos seminíferos, túbulos retos, rede testicular e ductos eferentes. Os túbulos seminíferos são compostos por epitélio germinativo, sendo povoados por células da linhagem espermatogênicas e de Sertoli. Os túbulos retos conectam os seminíferos a rede testicular, apresentando uma transição para seu epitélio simples pavimentoso/cúbico. A rede testicular é seguida dos ductos eferentes, que já apresenta algumas células mucossecretoras e outras ciliadas. O Sistema de ductos extratesticulares é composto pelo epidídimo, ductos deferentes e a uretra. O epidídimo é um único túbulo muito contorcido, que é revestido por epitélio colunar pseudoestratificado não queratinizado com estereocílios. Abaixo da célula basal do epitélio há uma fina camada circular de células musculares lisas, bem como uma lâmina própria de T.C. Frouxo, que é revestida externamente pela cápsula do epidídimo, também formada por conjuntivo. Os ductos deferentes possuem um fino e muito pregueado epitélio pseudoestratificado colunar não queratinizado com estereocílios, a lâmina própria é rica em fibras elásticas e a camada circular muscular lisa é agora muito mais espessa. A conformação dos ductos deferentes é similar a da uretra, mas na uretra a camada muscular é mais reduzida, e o epitélio mais espesso. Que estruturas são econtradas no pênis? Uretra peniana, Corpos cavernosos, corpo esponjoso, suprimento sanguíneo, inervação, túnica albugínea, musculatura lisa e revestimento epitelial externo.

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

Como são caracterizados os folículos primordiais, primários, secundários e maduros? Os folículos primordiais são caracterizados por um ovócito circundado por células foliculares pavimentosas delimitadas por uma lâmina basal, e ficam em fase de repouso desde o seu desenvolvimento no ovário fetal. A característica dos folículos primários é um ovócito de maior tamanho circundado por células foliculares cuboides, além da zona pelúcida e da teca folicular. Os folículos secundários possuem os corpúsculos de Call-Exner e neles há a formação do antro folicular, contendo o líquido folicular. Já os folículos maduros contêm a cumulus oophorus e apresenta coroa radiada. Como é formado o corpo lúteo? Após a ovulação, a camada granulosa do folículo pré-ovulatório se torna pregueada e é transformadaem parte do corpo lúteo, por ação do LH. Isso ocorre pois o lúmen, previamente ocupado pelo antro folicular, épreenchido com fibrina, a qual é em seguida substituída por tecido conjuntivo e novos vasos sanguíneos queatravessam a membrana basal. As células foliculares aumentam de tamanho e armazenam gotículas lipídicas,tornando-se células granulosoteínicas. Os espaços entre as pregas da camada de células foliculares sãopenetrados por células da teca interna, vasos sanguíneos e tecido conjuntivo. Essas células também aumenta de tamanho e armazenam lipídeos, e são conhecidas como células tecoluteínicas. Descreva as camadas da tuba uterina e cite como estrógenos atuam no epitélio da mesma. A camada mucosa apresenta epitélio cilíndrico ou colunar simples apoiado sobre lâmina própria detecido conjuntivo frouxo. A camada muscular possui fibras musculares lisas dispostas em uma camada circularinterna e outra longitudinal externa. A camada serosa é definida pela camada adventícia associada ao mesotélio. Relacione o ciclo menstrual com as mudanças morfológicas no endométrio. O ciclo menstrual tem início no dia em que ocorre o sangramento. Na fase proliferativa, a produção de FSH pela hipófise induz o estrógeno a ser secretado pelos folículos ovarianos. Esse estrógeno age no endométrio, induzindo a proliferação celular, e isso faz com que ele seja “reconstruído”. Durante essa fase, o endométrio está coberto por um epitélio colunar simples e pelas glândulas uterinas. A ovulação é estimulada pelo LH e a fase secretória se inicia após isso, através do estímulo da progesterona. Esse hormônio continua estimulando as células epiteliais das glândulas que já haviam crescido na fase proliferativa por ação do estrógeno. As glândulas acumulam glicogênio e depois isso diminui, fazendo com que elas fiquem com um aspecto tortuoso. É nessa fase que o endométrio se torna espesso. A clivagem ocorre nesse ponto, se houver fertilização. Caso isso não ocorra, a fase menstrual tem seu início, pois os níveis de estrógeno e progesterona diminuem, já que o corpo lúteo para de funcionar. Como a progesterona inibe as contrações musculares do endométrio, a falta dela provoca várias contrações e isso causa a isquemia das paredes as artérias do endométrio, que se rompem e há a descamação. Ao final do ciclo, o endométrio apresenta-se bem fino, e assim recomeça um novo ciclo. Como a vagina é lubrificada? Sob estímulo de estrógenos, o epitélio vaginal sintetiza e acumula grande quantidade de glicogênio, que é depositado no lúmen da vagina quando as células do epitélio vaginal descamam. Bactérias da vagina metabolizam o glicogênio e produzem ácido láctico, responsável pelo pH da vagina, que é normalmente baixo. O ambiente ácido tem uma ação protetora contra alguns microrganismos patogênicos. São características do corpo lúteo: desenvolve-se a partir de um folículo de graaf, sofre involução ao final de cada ciclo menstrual, caso não haja gravidez, converte-se no corpo albicans após involução, persiste como uma fonte secretora de progesterona nos 3 primeiros meses da gestação.Características do ovário: O córtex consiste em um estroma de células fusiformes que circunda as estruturas produtoras de gametas, a maioria dos folículos ovarianos sofre atresia, um folículo antral é chamado também de folículo de graaf, as células tecais, que circundam os folículos, são originadas do estroma ovariano. Determine os componentes do folículo maduro. Na porção mais interna há a presença do ovócito primário, com sua corona radiata composta por células de revestimento e a zona pelúcida, composta principalmente de ácido hialurônico. Seguindo, vem a camada granulosa, que é composta por um epitélio estratificado com várias camadas e presença de uma cavidade antral que ocupa boa parte do tamanho do folículo, que é preenchida por um líquido antral. Seguindo-se a isso está a teca interna, secretora de hormônios ovarianos e a teca externa, que se assemelha ao estroma ovariano. Nas tecas encontram-se muitos vasos, característico parênquima endócrino. Quando ocorre a ovulação? A ovulação ocorre quando há o pico do hormônio LH por volta do 14º dia do ciclo menstrual. Nesse cenário, o folículo de Graaf se rompe, liberando o ovócito com a corona radiata e a zona pelúcida no infundíbulo da trompa ovariana. Descreva a síntese de estrogênio pelo corpo lúteo. As células granulosa-luteínicas, após o rompimento do folículo ovariano, crescem em tamanho e adquirem propriedades de células secretoras de esteróides. A rede vascular se ramifica pra dentro do corpo lúteo Descreva as camadas do corpo do útero A camada mais externa é uma serosa característica. A camada intermediária é o miométrio, que é a camada mais espessa e é composta por musculatura lisa organizada em camadas associada a conjuntivo. A camada mais interna é o endométrio, que é composto basalmente por um epitélio com lâmina própria de tecido conjuntivo. Essa lâmina é rica em glândulas uterinas e é a parte cuja plasticidade está mais sujeita ao ciclo menstrual. Quando íntegro, o endométrio apresenta um revestimento interno de células epiteliais colunares. Explique as alterações que ocorrem no endométrio durante o ciclo menstrual O ciclo menstrual se inicia com a menstruação, na qual o endométrio tem seu suprimento vascular interrompido pela contorção das artérias espiraladas, gerando pequenos infartos que fazem com que o boa parte do endométrio descame. Logo após, inicia-se a fase proliferativa, onde as células da lâmina própria sofrem consecutivas mitoses, e a população de células aumenta devido ao ganho na secreção de estradiol proveniente do amadurecimento da teca interna de novos folículos no ovário. Aqui as glândulas começam a serem formadas de maneira retilínea, e há um revestimento interno já reestabelecido após sua destruição na fase menstrual. A próxima etapa do ciclo é a secretória, na qual a ovulação já ocorreu, e o corpo lúteo começa a secretar uma quantidade de progesterona suficiente para gerar mais crescimento celular no endométrio, além de algumas mudanças morfológicas. As células epiteliais começam a acumular glicogênio, para então secretar dentro das glândulas endometriais, fazendo com que elas se tornem mais tortuosas e o volume do endométrio aumente ainda mais. A tuba uterina apresenta em sua histologia 3 camadas. Descreva-as e indique as alterações morfológicas de acordo com o segmento da tuba uterina. R:Mucosa: Composta por epitélio colunar ciliado com presença de células mucossecretoras somada a uma lâmina prórpai de tecido conjuntivo. Na ampola, apresenta grandes pregueações, que ao se aproximar da parte intramural vão se reduzindo até se tornarem pequenas saliências. Muscular: Composta de uma camada circular interna e uma longitudinal externa. Serosa: Dois folhetos de epitélio simples com líquido seroso entre eles.Descreva a camada mucosa da vagina A camada mucosa da vagina se apresenta como um tecido epitelial similar ao tegumento característico. Aqui há um tecido epitelial pavimentoso estratificado pouco queratinizado, com lâmina própria de tecido conjuntivo rico em fibras elásticas.

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