Utilitarismo: Um Guia Completo

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Capítulo II: Utilitarismo

Introdução

Definição de Utilitarismo: O utilitarismo é uma teoria moral que defende a busca da felicidade e a minimização da dor e do sofrimento como fundamentos da ação moral. O prazer e a dor não são fins em si mesmos, mas indicadores do que é bom ou ruim.

Sinopse da Teoria Utilitarista

Mill:

  1. O utilitarismo não se opõe ao prazer (beleza, decoração, diversão...).
  2. O utilitarismo não se resume ao prazer (também inclui a liberação da dor...).

Fundamentos Morais:

  • Prazer e dor não são fins últimos da ação moral.

Contribuição de Mill: Diferentes qualidades de prazer. Os seres humanos preferem os prazeres mais elevados (consenso entre aqueles que conhecem todos os prazeres).

Razão para a Escolha: Mill argumenta que a preferência por prazeres mais elevados se baseia em um sentimento de dignidade ou autoestima do indivíduo moralmente desenvolvido.

Aparentes Exceções:

  1. Casos de extrema infelicidade (o indivíduo pode buscar prazeres inferiores por desespero).
  2. Fraqueza de caráter, escolhendo o prazer mais imediato.
  3. Indivíduos que não desenvolveram ou perderam a capacidade de desfrutar dos prazeres mais elevados.

Critério Moral Utilitarista: Busca da maior felicidade geral.

Revisões e Críticas ao Utilitarismo

  1. A felicidade é inatingível: Mill argumenta que a felicidade consiste em uma existência com muitos prazeres e poucas dores, sendo possível uma vida tranquila e feliz com pouco sofrimento. As causas de sofrimento (doenças, pobreza, etc.) são resultado de educação inadequada e condições sociais.
  2. A felicidade é dispensável: Mill argumenta que a renúncia à felicidade individual só é justificável para alcançar uma maior felicidade geral.
  3. A exigência de uma moral voltada para a felicidade geral: Mill defende que a maioria das ações visam o benefício de indivíduos, e que o benefício individual contribui para o bem-estar geral.
  4. Os utilitaristas consideram apenas as consequências das ações: Mill distingue a regra moral (que depende da intenção) da moralidade da ação (que depende das consequências).
  5. A doutrina utilitarista é ateia: Mill argumenta que Deus deseja a felicidade geral e que a verdade revelada deve ser interpretada de forma utilitarista.
  6. O utilitarismo pode levar à imoralidade: Mill defende que a aplicação do utilitarismo requer regras e especificações para evitar justificativas imorais.
  7. Não há tempo para avaliar os efeitos de uma ação: Mill argumenta que a experiência acumulada pela humanidade serve como guia.
  8. O utilitarista pode considerar seu caso excepcional: Mill reconhece o risco de autoengano, mas defende que o utilitarismo, mesmo com dificuldades de aplicação, é melhor que a ausência de um critério moral.

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