Utilitarismo: Um Guia Completo
Classificado em Filosofia e Ética
Escrito em em português com um tamanho de 3,17 KB.
Capítulo II: Utilitarismo
Introdução
Definição de Utilitarismo: O utilitarismo é uma teoria moral que defende a busca da felicidade e a minimização da dor e do sofrimento como fundamentos da ação moral. O prazer e a dor não são fins em si mesmos, mas indicadores do que é bom ou ruim.
Sinopse da Teoria Utilitarista
Mill:
- O utilitarismo não se opõe ao prazer (beleza, decoração, diversão...).
- O utilitarismo não se resume ao prazer (também inclui a liberação da dor...).
Fundamentos Morais:
- Prazer e dor não são fins últimos da ação moral.
Contribuição de Mill: Diferentes qualidades de prazer. Os seres humanos preferem os prazeres mais elevados (consenso entre aqueles que conhecem todos os prazeres).
Razão para a Escolha: Mill argumenta que a preferência por prazeres mais elevados se baseia em um sentimento de dignidade ou autoestima do indivíduo moralmente desenvolvido.
Aparentes Exceções:
- Casos de extrema infelicidade (o indivíduo pode buscar prazeres inferiores por desespero).
- Fraqueza de caráter, escolhendo o prazer mais imediato.
- Indivíduos que não desenvolveram ou perderam a capacidade de desfrutar dos prazeres mais elevados.
Critério Moral Utilitarista: Busca da maior felicidade geral.
Revisões e Críticas ao Utilitarismo
- A felicidade é inatingível: Mill argumenta que a felicidade consiste em uma existência com muitos prazeres e poucas dores, sendo possível uma vida tranquila e feliz com pouco sofrimento. As causas de sofrimento (doenças, pobreza, etc.) são resultado de educação inadequada e condições sociais.
- A felicidade é dispensável: Mill argumenta que a renúncia à felicidade individual só é justificável para alcançar uma maior felicidade geral.
- A exigência de uma moral voltada para a felicidade geral: Mill defende que a maioria das ações visam o benefício de indivíduos, e que o benefício individual contribui para o bem-estar geral.
- Os utilitaristas consideram apenas as consequências das ações: Mill distingue a regra moral (que depende da intenção) da moralidade da ação (que depende das consequências).
- A doutrina utilitarista é ateia: Mill argumenta que Deus deseja a felicidade geral e que a verdade revelada deve ser interpretada de forma utilitarista.
- O utilitarismo pode levar à imoralidade: Mill defende que a aplicação do utilitarismo requer regras e especificações para evitar justificativas imorais.
- Não há tempo para avaliar os efeitos de uma ação: Mill argumenta que a experiência acumulada pela humanidade serve como guia.
- O utilitarista pode considerar seu caso excepcional: Mill reconhece o risco de autoengano, mas defende que o utilitarismo, mesmo com dificuldades de aplicação, é melhor que a ausência de um critério moral.