Vigilância de Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil
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Vigilância de Doenças Crônicas Não Transmissíveis
A Vigilância em DCNT reúne ações que permitem conhecer a distribuição, magnitude e tendência dessas doenças e seus fatores de risco na população, identificando seus condicionantes sociais, econômicos e ambientais, para subsidiar o planejamento, execução e avaliação da prevenção e controle.
Transformações no Padrão de Mortalidade
Nas últimas décadas, o Brasil passou por importantes transformações no seu padrão de mortalidade, incluindo:
- Redução da mortalidade precoce (doenças infecciosas e parasitárias).
- Aumento da expectativa de vida ao nascer.
- Aumento de acidentes e violência.
- Mudança do perfil epidemiológico de algumas doenças transmissíveis (decorrência da urbanização).
Perfil Epidemiológico e Demográfico Brasileiro
Em 1980, a pirâmide populacional brasileira tinha uma base larga e ápice estreito. Em 2000, houve redução da fecundidade e aumento da expectativa de vida, resultando em um estreitamento da base e ampliação do ápice da pirâmide. A fecundidade reduziu de 4,4 para 2,3 filhos por mulher e a proporção de pessoas maiores de 60 anos cresceu de 6,1% para 8,6% (IBGE, 2002).
Essa redução decorre principalmente da queda na mortalidade infantil pós-neonatal, fortemente associada a fatores ambientais (doenças infecciosas).
Três Pilares: Educação, Longevidade e Renda
A pirâmide de faixa etária mudou significativamente. Em 1940, começava pelos mais jovens e reduzia gradualmente até chegar aos mais velhos. Atualmente, há mais pessoas beirando a velhice do que a juventude.
A Carta de Ottawa, que trata da promoção de saúde, destaca o aumento das doenças transmissíveis.
Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP)
A redução da morbimortalidade por DIP foi influenciada por:
- Desenvolvimento de novas tecnologias (vacinas, antibióticos).
- Ampliação do acesso aos serviços de saúde, medidas de prevenção e controle.
- Saneamento básico.
Essa tendência foi particularmente verificada nas doenças imunopreviníveis, como a erradicação da varíola (década de 1970) e da poliomielite (1989).
Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANT)
As Doenças não transmissíveis são aquelas que não são adquiridas por contato com pessoas infectadas ou vetores. Esse grupo engloba uma variedade de doenças importantes na área da saúde pública.
Características das DANT:
- Longo período de latência.
- Longo curso assintomático.
- Curso clínico em geral lento, prolongado e permanente.
- Manifestações clínicas com períodos de remissão e exacerbação.
- Lesões celulares irreversíveis, evolução para graus variados de incapacidade ou morte.
Doenças Crônicas Não Transmissíveis
A magnitude das DANT’s na civilização humana é crescente, e os custos econômicos e sociais delas decorrentes se tornam um problema de saúde pública.
Exemplos de DCNT incluem:
- Doenças cardíacas e cerebrovasculares
- Cânceres
- Diabetes
- Hipertensão
- Doenças autoimunes
- Doenças crônicas do aparelho respiratório
- Doenças mentais
- Lesões por acidentes
- Violência