Weber e Marx: Ação Social, Dominação e Materialismo Histórico
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Max Weber: Ação Social e Tipos de Dominação
Nota Introdutória: O texto a seguir apresenta uma perspectiva que atribui a Max Weber uma teoria materialista, onde o indivíduo modela a sociedade. (Esta visão contrasta com a interpretação clássica de Weber, que foca na ação social e no idealismo metodológico.)
Tipos de Ação Social
- Ação Social: Tradicional, Carismática, Afetiva, Racional com Relação a Fins e Racional com Relação a Valores.
Tipos de Dominação (Legitimação Política)
Refere-se à forma como a sociedade se organiza politicamente:
- Dominação Tradicional: Baseada na hierarquia e na monarquia, quando as pessoas dão continuidade a um costume (Ex: agradecer a Deus antes do café da manhã).
- Dominação Legal-Racional: Baseada em regras e processos eleitorais (Ex: eleições, votação, escolha eleitoral).
- Dominação Carismática: Baseada na devoção a líderes ou ditadores, que possuem uma contribuição percebida que ajuda a sociedade (Ex: um líder que incentiva a não jogar lixo em bueiros).
Conceitos Adicionais de Ação e Organização
- Burocracia: Organização político-administrativa do Estado. O texto sugere que a burocracia excessiva está relacionada a sociedades corruptas.
- Ação Afetiva: Relacionada a ações feitas com pessoas próximas (Ex: passar cola para um(a) amigo(a)).
- Ação Racional com Relação a Fins: Fazer algo pensando no seu objetivo final.
- Ação Racional com Relação a Valores (Meios): Utilizar meios para chegar onde se quer, muitas vezes esperando algo em troca.
Karl Marx: Materialismo Histórico e Crítica ao Capitalismo
Marx argumenta que o sistema capitalista é injusto, pois o capital (C) só existe através do trabalho (T). No entanto, o capital é supervalorizado em detrimento do trabalho. Sua análise parte do contexto histórico baseado nas condições materiais do homem.
Tipos de Cooperação
- Cooperação Harmônica: Todos possuem o mesmo interesse, trabalhando em conjunto para todos (produção coletiva).
- Cooperação Antagônica: Caracterizada por interesses individuais e particulares, onde um grupo começa a explorar o outro, levando ao surgimento da propriedade privada.
Propriedade Privada, Estado e Estrutura Social
Propriedade Privada e Divisão de Classes
A propriedade privada e a formação do Estado surgem com a divisão do trabalho e das classes sociais. Ela emerge da produção coletiva, quando o excedente se torna um "bem individual", marcando a divisão de classes.
Infraestrutura e Superestrutura
- Infraestrutura (Força de Produção): A base econômica e material da sociedade.
- Superestrutura (Força Ideológica): O conjunto de instituições políticas, jurídicas e ideológicas (como o Estado).
Exemplo de Relação: Onde haveria mais policiamento: em ruas com muitas lojas (protegendo a propriedade e o capital) ou em bairros residenciais com alta incidência de assaltos (protegendo o indivíduo)?
Alienação e Consciência de Classe
Alienação: É a falta de consciência da própria condição de exploração. O texto sugere que a busca por status (como estar em uma universidade) pode ser uma forma de alienação ou de falsa felicidade.
Dinâmica de Classes e Trabalho
A estrutura social (pirâmide) visa impedir que a maioria (proletariado) se una contra a minoria (burguesia), pois essa união quebraria o sistema.
Marx é considerado um pensador materialista porque ele parte da realidade material e natural do homem.
Trabalho: O homem transforma a natureza para se manter, atendendo às suas necessidades.
Transição e Exploração
- Transição: O excesso de produção gerou a propriedade privada, destruindo a cooperação harmônica e gerando a cooperação antagônica e a visão individualista.
- Estado (Marxista): Organização que protege os interesses de quem detém a propriedade privada e os meios de produção.
- Exploração do Trabalho: Gerar grande lucro para o capitalista sem que o trabalhador receba uma remuneração proporcional (mais-valia).
A maioria é dominada pela minoria devido à falta de consciência (alienação). O trabalho consciente pode ser um meio de despertar dessa alienação.