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Resina fenol-formaldeído (PR), Polifenol ou Baquelite: É obtido pela condensação do fenol com o formaldeído.
No primeiro estágio da reação, forma-se um polímero predominantemente linear, de massa molecular relativamente baixa, conhecido como novolac.
Novolac é empregado em de tintas, vernizes e colas para madeira.
A reação, no entanto, pode prosseguir, dando origem à baquelite, que é um polímero termorrígido tridimensional, com boa resistência mecânica e térmica (resistente até 150oC). É resistente a óleos e graxas minerais, isolante elétrico, tem boa estabilidade dimensional e é fácil de ser trabalhada.
A baquelite é o mais antigo polímero de uso industrial (1909), sendo usada na fabricação de objetos moldados, como cabos de panelas, tomadas, plugues, isolantes elétricos para residências e motores de automóveis, buchas, mancais, polias, telefones antigos e no embutimento de amostras metalográficas.
Laminados são obtidos pela combinação de tecidos de algodão ou papéis especiais com resinas fenólica. O produto pode ser fornecido em forma de chapas, tarugos, tubos, peças usinadas e moldadas em geral.
Na forma de laminados, é usada para revestimentos
de móveis, sendo conhecida como
fórmica.
Resina uréia-formaldeído (UR)
: É um polímero tridimensional obtido a partir da uréia e do formaldeído.
Quando puro é transparente e foi por isso usado como o primeiro tipo de vidro plástico. No entanto, ele acaba se tornando opaco e rachando com o tempo. Este defeito pode ser evitado pela adição de celulose, mas ele perde sua transparência, sendo então utilizado na fabricação de objetos translúcidos.
É também usado em vernizes e resinas, na impregnação de papéis. As resinas fenol-formaldeído e uréia-formaldeído são usadas na fabricação da fórmica.
Politereftalato de etileno (PET) ou Poliéster: Resultam da condensação de poliácidos (ou também seus anidridos e ésteres) com poliálcoois.
Um dos poliésteres mais simples e mais importantes é obtido pela reação do éster metílico do ácido tereftálico com etileno-glicol.
Cada grupo carboxila (-COOH) do ácido reage com o grupo hidroxila (-OH) do álcool, originando um grupo éster com a eliminação de uma molécula de água. Como cada molécula do ácido e do álcool possuem dois grupos funcionais, cada um dos monômeros reagirá duas vezes.
O PET é um material termoplástico, com brilho, alta resistência mecânica, química e térmica. Possui grande versatilidade e baixo custo de processamento. Pode ser amorfo (transparente), parcialmente cristalino e orientado (translúcido) e altamente cristalino (opaco).

É empregado na fabricação de tecidos (terilene ou dacron). Em mistura com outras fibras (algodão, lã, seda, etc.) constitui o tergal.
É usado em carrocerias, caixas d'água, piscinas, dentre outros, na forma de plástico reforçado (fiberglass).
É usado na fabricação de cordas, filmes fotográficos, fitas de áudio e vídeo, guarda-chuvas, embalagens, garrafas de bebidas, gabinetes de fornos, esquis, linhas de pesca.
Na construção civil é usado em massas para reparos e laminados.
A maior aplicação de PET é em garrafas descartáveis de refrigerante e água mineral, além de embalagens de alimentos e produtos de limpeza.
Anualmente, são produzidos cerca de 5 milhões de toneladas de PET.
Na medicina, pelo fato de não provocar processos alérgicos e de rejeição, é utilizado na produção de vasos e válvulas cardíacas e, ainda, como protetor para facilitar a regeneração de tecidos orgânicos das vítimas de queimaduras.
Produção de chaveiros, crachás, placas Indicativas, relógios, eletro-eletrônicos, automobilístico, móveis escolares, capacetes, etc.
Outro poliéster importante é o gliptal, obtido pela reação entre o anidrido ftálico e a glicerina e muito usado na fabricação de tintas.
Poliamidas (PA) ou Náilons: São obtidos pela polimerização de diaminas com ácidos dicarboxílicos. Os náilons são plásticos duros com grande resistência mecânica. Porém, absorvem água e outros líquidos.
O mais comum é o nylon-66 (polihexametileno-adipamida), resultante da reação entre a hexametilenodiamina com o ácido adípico (ácido hexanodióico).
A reação é feita a quente (275°C) sob alta pressão (10 atm). O polímero fundido passa através de finos orifícios, produzindo fios que, a seguir, sofrem resfriamento por uma corrente de ar. Obtêm-se uma estrutura semelhante à da seda, porém o náilon é mais resistente à tração e ao atrito.
Outros importantes náilons são o nylon-6 ou perlon, obtido por aquecimento da caprolactama, e o nylon-10, obtido pela condensação de um aminoácido, o ácido 1,1-amino undecanóico.
A caprolactama é aquecida na presença de água, o que provoca a ruptura do anel do monômero e, a seguir, a sua polimerização.
Além de fazer parte de inúmeras peças de vestuário (roupas e meias), o náilon é empregado pela indústria automotiva e para a produção de artigos esportivos (raquetes, bases de esqui), acessórios elétricos e mecânicos.
É usado também em rolamentos sem lubrificação, engrenagens, pneumáticos, embalagens, garrafas, linhas de pesca, etc.
A PA-6.6 é um dos plásticos de engenharia mais importantes. Sua facilidade de processamento é vantajosa na fabricação de componentes de peças na indústria de informática e eletroeletrônicos.
É usado na fabricação de tapetes, carpetes, cerdas de escova.
Como filme é empregado em embalagens para alimentos.
Poliamidas aromáticas - Kevlar- É obtido pela reação de condensação entre o ácido tereftálico (ácido 1,4-benzenodióico) e o para-benzeno-diamina (1,4-benzeno-diamina). Trata-se de uma aramida, isto é, uma poliamida aromática.
As cadeias desse polímero interagem entre si de modo intenso, por ponte de hidrogênio e dipolo induzido - dipolo induzido, conferindo ao polímero excelentes propriedades, como uma excepcional resistência mecânica, resistência ao calor (550°C), auto-retardante de chama e excelentes propriedades dielétricas. É sete vezes mais resistente que o aço por unidade de peso
As propriedades deste polímero, têm permitido utilizar cordas de kevlar em substituição aos cabos de aço em muitas aplicações, como nas plataformas marítimas de petróleo. Uma corda de kevlar submersa na água do oceano apresenta resistência à tração vinte vezes maior que um cabo de aço de mesmo diâmetro, com a vantagem de não sofrer corrosão pela água do mar.
O kevlar também é utilizado para produzir coletes à prova de bala, esquis profissionais, luvas protetoras contra o calor e chamas (bombeiros), chassis de carros de corrida, bicicletas, na indústria aeroespacial (peças de avião).
Silicones
Apesar desses polímeros não possuírem carbono na cadeia principal e sim o silício, são de grande importância industrial.
Das variedades do silicone, aquele que apresenta um maior número de aplicações é o obtido pela condensação do dimetilsiloxano.
Os silicones possuem estabilidade à variação de temperatura entre - 63°C e 204°C, inércia química, pouca inflamabilidade, atoxidez, são incolores, inodoros e insípidos.

Silicones com moléculas relativamente pequenas apresentam aspecto de óleos e são empregados na impermeabilização de superfícies. É o caso de ceras para polimento de automóvel e dos líquidos embelezadores de painéis plásticos e pára-choques.
À medida que as cadeias se tornam maiores, o silicone passa a adquirir uma consistência de borracha, usadas na vedação de janelas e boxes de banheiros.
Quando as cadeias são muito longas passamos a ter um material de alta resistência térmica, utilizado na confecção de chupetas e bicos para mamadeiras, que podem ser esterilizados por aquecimento, sem sofrer danos à sua estrutura. Também são fabricados próteses cirúrgicas e impermeabilizantes, e até brinquedos.
Policarbonatos (PC):Possuem um agrupamento de átomos similar ao do ânion carbonato.

O policarbonato de nome comercial lexan, é produzido a partir do fosgênio (COCO2) e bisfenol A (4,4-difenilol-propano).
É um polímero de cristalinidade muito baixa, termoplástico, incolor e transparente. Possui boa usinabilidade, alta resistência mecânica e ao impacto, boa estabilidade dimensional, boas propriedades elétricas e resistente à chama. É um dos 3 plásticos de engenharia mais importantes (os demais são: PA e POM).
A alta resistência e aspecto transparente semelhante ao vidro, tornam o lexan de grande utilidade para a fabricação de janelas de avião e do chamado vidro à prova de balas.
É também usado para confeccionar os visores dos capacetes para astronautas, capacetes de motociclistas, visores de máquinas, aquários, óculos de segurança, coberturas translúcidas, divisórias, vitrines, componentes elétricos e eletrônicos, discos compactos (CD´s), conectores, luminárias para uso exterior, recipientes para uso em fornos de microondas, tubos de centrífugas para sistemas aquosos, anúncios em estradas, artigos esportivos, aplicações em material de cozinha e de refeitórios (como bandejas, jarros dágua, tigelas, frascos e talheres), mamadeiras, aplicações médicas (dialisadores renais), etc.
Poliuretana (PU)
: Pode ser obtida pela reação entre um diisocianato e um diol. A partir do diisocianato de parafenileno e do etilenoglicol (1,2-etanodiol).
É um material termoplástico ou termorrígido, conforme a funcionalidade dos monômeros e o emprego ou não, de agentes de cura. Possui alta resistência à abrasão, ao rasgamento e ao calor.
A facilidade de fabricação de peças de grandes dimensões e formas, reduz o custo de processamento.
As poliuretanas podem ser rígidas, flexíveis ou, ainda, na forma de espumas.
Quando expandido a quente por meio de injeção de gases, forma uma espuma cuja dureza pode ser controlada conforme o uso desejado.
Seu uso pode ocorrer em várias áreas, dependendo das características:
Espuma - colchões, estofados, isolante térmico e acústico, revestimento interno de roupas
Espuma rígida - peças de automóveis, amortecedores, diafragmas e válvulas de equipamentos industriais para processamento e transporte de minérios, solados e fibras, pranchas de surfe
A lycra é um tecido que contém fios de poliuretana em sua composição.
É utilizada como aglutinante de combustível de foguetes.
Resina Epoxídica (ER):
É obtida pela reação entre epicloridrina e bisfenol (4,4-difenilol-propano).
É um material termorrígido com excelente adesividade, resistência mecânica e à abrasão. Apresenta baixa contração.
É empregado em tintas para diversos fins.
Como adesivos para metal, cerâmica e vidro.
Compósitos com fibra de vidro, de carbono ou de poliamida aromática, para a indústria de autopeças e aeronáutica.
Componentes de equipamentos elétricos (buchas Isoladoras, disjuntores transformadores de distribuição) e no encapsulamento de componentes eletrônicos.
Moldes e matrizes para ferramentas industriais.
Embalagens de bebidas e alimentos (enlatados)
Na construção civil em revestimentos de pisos.
Em móveis.


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