Canais Iónicos e Propagação do Impulso Elétrico no Coração

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Existem diversos tipos de canais iónicos, sendo os principais para a formação do potencial eléctrico os de Na+, Ca2+, K+, Na+/K+ ATPase e Na+/Ca2+.

A despolarização ocorre da esquerda para a direita, ela leva uma carga positiva a cabeça e uma negativa na cauda, nas células em repouso o exterior é eletropositivo.

A despolarização é um processo mais rápido que a repolarização e a repolarização não se faz sempre com a mesma velocidade, as fases iniciais são mais curtas e depois mais rápidas.

Nódulo S-A (sinusal)

Localiza-se na AD junto à veia cava superior.

Nódulo A-V

Localiza-se na base da AD (estrutura em que a velocidade é mais lenta).

A rede de Purkinje e as células auriculares são as que têm velocidade mais alta.

Quando o nódulo SA deixa de funcionar o nódulo AV torna-se o pacemaker.

Quando há um bloqueio cardíaco completo a condução do impulso é bloqueada entre aurículas e ventrículos, levando à colocação de um pacemaker artificial (dispositivo implantado que gera impulsos de forma rítmica).

Propagação do Impulso Elétrico

Nódulo SA - propagação do impulso pelas aurículas através das vias internodais - vias internodais - nódulo AV (único ponto de contacto elétrico entre aurículas e ventrículos) - feixe de His - rede de Purkinje - miocárdio ventricular.

Excitação do Nódulo Sinusal

Condução para as aurículas, início da despolarização auricular, chegada ao nódulo AV, completa despolarização das aurículas, chegada ao feixe de His, chegada às ramas do feixe de His, chegada às fibras de Purkinje, início da despolarização ventricular, completa despolarização ventricular.

Papel Milimétrico

Cada milímetro corresponde a 0.04s, as linhas verticais medem a amplitude e as horizontais medem a duração, 1mV corresponde a 10mm.

Onda P

Traduz a despolarização bi-auricular, iniciando-se logo que o impulso sai do NS e atinge a AD; no período inicial só a AD é despolarizada, passando depois para o septo inter-auricular e só no final despolariza a AE; a despolarização da AD precede a despolarização da AE, assim a despolarização bi-auricular tem uma duração normal de 0.08s a 0.10s; é positiva em todas as derivações do plano frontal exceto em aVR, esta polaridade de P caracteriza um ritmo sinusal; faz-se preferencialmente o estudo de patologias em DII e V1; amplitude inferior a 2,5mm.

Complexo QRS

Representa a despolarização dos ventrículos, tem duração de 0.06s a 0.10s, pode ser positivo, negativo ou isodifásico, a primeira onda positiva chama-se onda R, a primeira onda negativa e que precede R chama-se onda Q; a segunda onda negativa é S; qualquer onda totalmente negativa chama-se QR (sinônimo de necrose).

Onda T

Representa a repolarização ventricular, a repolarização ventricular faz-se do epicárdio para o endocárdio, no sentido oposto ao da despolarização, a repolarização é mais lenta que a despolarização, o que se traduz em ondas T com configuração arredondada, a primeira parte é mais lenta que a segunda, logo a onda T é assimétrica.

Onda U

É uma onda inconstante, situa-se após a onda T, visualiza-se melhor em precordiais médias V3 e V4.

Segmento PQR

Situa-se entre o fim da onda P e o início do complexo QRS; traduz o tempo de condução do estímulo através do nódulo AV, feixe de His e sistema de condução intra ventricular.

Segmento ST

Período de latência entre o fim da despolarização e o início da onda T.

Segmento TP

Situa-se entre o fim de T e o início de P, traduzindo o tempo da diástole elétrica.

Intervalo PQR

Tempo de condução AV, varia com a idade e a frequência cardíaca, valor normal 0.12s e 0.20.

Intervalo QT

Entre o início da despolarização ventricular (Q ou R) e o fim da repolarização ventricular (T), traduzindo a duração total da sístole ventricular.

Ritmo Sinusal

Onda P positiva em todas as derivações do plano frontal exceto em aVR, onda é negativa, todos os complexos QRS devem ser precedidos de onda P, os QRS devem manter-se equidistantes.

Determinação da Frequência Cardíaca

Regra dos 3 s -> contar o número de complexos QRS em 3 segundos, multiplicar por 20 o número de complexos para determinar a frequência cardíaca durante 1 minuto.

Regra dos 300 -> contar o número de quadrados grandes entre dois complexos QS consecutivos, deve-se usar a onda R dos QRS, depois dividir o número por 300.

Bradicardia

Frequência ventricular inferior a 50 bat/min.

Taquicardia

Frequência ventricular superior a 100 bat/min.

Intervalo PR (em DII) normal 0.12-0.20s, PR<0.12 é síndrome de WPW, se PR>0.20 é bloqueio AV.

QRS: escolher derivação com maior amplitude, normal <0.10s.

Intervalo QT deve ser < metade de RR, se for maior a causa disso é drogas e alterações no SNC.

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