Comunidades espanholas

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Sociedade de classes. Afirmação da burguesia

As revoluções liberais, e a proclamação da igualdade e da liberdade como direitos fundamentais provocaram transformações na sociedade, das quais: a abolição da sociedade de ordens. No entanto, esta sociedade cria novas desigualdades baseadas na riqueza, no grau de educação e na profissão exercida. Os indivíduos pertenciam a classes sociais diferenciadas, criando-se desta forma um novo tipo de sociedade: a sociedade de classes.

Assim, a sociedade de classes oitocentista assentava em diversos princípios: todos os homens eram considerados livres e iguais perante a lei; era uma sociedade desigual em termos económicos; era uma sociedade complexa e dinâmica; a ascensão fazia-se pelo mérito.

O século XIX = afirmação da burguesia, sendo que também esta constituía um grupo heterogéneo. No topo estava a alta burguesia. Abastada e possuidora de grandes riquezas, bem como detentora de empresas, fábricas e capital; no nível abaixo encontrava-se a média burguesia e abaixo a pequena burguesia, que tentavam “imitar” os vícios e os costumes da alta burguesia.

Desta forma, a alta burguesia formava um grupo influente e poderoso, ocupando um lugar de liderança na política e na sociedade.

Na família burguesa: o homem era o chefe de família; a mulher era a dona de casa, ocupando um lugar de dependência e menoridade face ao homem.

A casa burguesa, ampla e sumptuosa, demonstrava a riqueza e o nível de sucesso alcançado.

A média e pequena burguesia, ou classes médias, não pertenciam à alta burguesia, nem ao operariado. Procuravam seguir os valores e imitar as formas de vida da alta burguesia, exerciam profissões especializadas e liberais ligadas ao comércio, à bançá e à administração.


Operariado. Condição operária. Movimento Operário

Na sociedade oitocentista, a classe operária ou o proletariado era a que apresentava piores condições de trabalho e de vida. Os salários eram baixos, a carga horária era elevada, os locais de trabalho não possuíam as mínimas condições de higiene, o trabalho fabril era alargado a mulheres e crianças. Não possuíam quaisquer condições de alojamento, fraca habitabilidade, não tinham luz, águá ou gás e a propagação de doenças era frequente.

A partir da segunda metade do século XIX, verifica-se uma ligeira melhoria. Os progressos técnicos possibilitaram o melhoramento das condições das fábricas, o horário de trabalho foi reduzido e os salários aumentaram.

Os problemas sociais e económicos das classes trabalhadores levam à criação de propostas de transformação da sociedade. Estas propostas, inspiradas no socialismo, criticavam o capitalismo e o liberalismo individualista, lutando por uma sociedade mais igualitária e capaz.

As primeiras propostas socialistas são desenvolvidas na França e na Inglaterra, e ficaram conhecidas como socialismo utópicó. Os socialistas utópicos defendiam a criação de comunidades ideais, bem como novos modelos de organização da sociedade.

Em meados do século XIX, surge o socialismo científico que tinha como principal objetivo a substituição do capitalismo pelo comunismo.

Assim, o movimento operário, como ficou conhecido, lutou pelo reconhecimento dos direitos dos trabalhadores, pela estabilidade do emprego, por melhores condições de trabalho e de vida, melhores condições de higiene e segurança no trabalho, entre outras.

O movimento operário acabou por ganhar dimensão internacional, reunindo delegados ingleses, franceses, alémães e suíços naquela que ficou conhecida como I Internacional. A II Internacional nasce logo de seguida defendendo direitos dos trabalhados que até à data não haviam sido cedidos.

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