Conceitos de Urbanismo, Planejamento Urbano e Cidades

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Conceitos: Urbanismo e Planejamento Urbano

Urbanismo é a ação de projetar e ordenar espaços construídos, sendo responsável pelo licenciamento de obras a nível municipal. Já o Planejamento Urbano desenvolve a cidade com base em todos os aspectos que a envolvem local e regionalmente, como socioeconômico e cultural, mobilidade urbana, infraestrutura do transporte e saneamento básico, política habitacional, etc.

Cidades e Municípios

Cidade é a área urbana de um município, delimitada por um perímetro urbano que separa a cidade do campo. Município é uma divisão legalmente realizada de um território, administrada por uma prefeitura.

Região Metropolitana

Área composta por um núcleo urbano densamente povoado e por suas áreas vizinhas menos povoadas, onde há compartilhamento de indústrias, infraestruturas e habitações.

Segregação Urbana

Periferização e marginalização de pessoas ou grupos sociais no espaço da cidade, devido a fatores econômicos, culturais, históricos e sociais.

Conurbação

Quando duas ou mais cidades se desenvolvem uma ao lado da outra, de tal forma que acabam se unindo como se fossem apenas uma.

Habitação de Baixa Renda

Esse tipo de habitação deve atender aos princípios básicos de segurança, habitualidade, infraestrutura (energia, água tratada, acesso a transporte), saúde, educação, alimentação e, se possível, dar uma base ao morador para seu próprio sustento, como comércio local ou oficinas para aprendizado de novos meios de se sustentar.

Cidade Medieval

Cidade pestilenta, cercada por muralhas, com habitações densas, vilas tortuosas sem iluminação pública. Também conhecida como cidade espetáculo, onde o hedonismo busca do consumo e prazer são predominantes.

Praças Barrocas

Fruto do período medieval, com muralhas, habitações adensadas, vilas tortuosas e sem saneamento básico, resultando em cidades pestilentas. Contrapõem-se à sociedade hedonista, que valoriza moda, design e paisagens.

Plano de Renovação de Roma

Realizado entre 1585 e 1590, esse plano consistiu na abertura de grandes vias que muitas vezes cortavam o antigo "tecido urbano" medieval. As ruas formavam eixos perspectivos que ligavam as basílicas cristãs. A cidade passou a ser geometrizada, com praças ajardinadas, obeliscos, fontes e estátuas, tornando-se uma cidade espetáculo. No centro das praças, havia um monumento, como uma fonte ou obelisco, e o espaço entre os edifícios era utilizado para a concentração de poder, como eclesiásticos, reis absolutistas, nobreza e burguesia enriquecida. Esse plano também contribuiu para a formação dos estados nacionais e a recuperação da Igreja Católica através da Contra-Reforma.

Plano Hausmann

Esse plano consistiu na sanear e planejar a cidade de Paris através de leis e regulamentos. Foi motivado pela Revolução Francesa burguesa e pela Belle Époque parisiense. Seus objetivos eram liberar o tecido urbano, descongestionar o transporte público, tornar a cidade mais bela e imponente, criar uma metrópole ordenada, melhorar a insalubridade e agregar a população segregada. O plano incluiu a padronização das fachadas, o alinhamento dos edifícios nas vias, o isolamento de monumentos e edifícios públicos ao redor de praças, a criação de um estrela de 12 avenidas a partir do Arco do Triunfo, a construção de parques públicos e a instalação de esgoto embaixo das vias. No entanto, não houve preocupação com as habitações.

Ringstrasse Viena

Em Viena, durante a crise habitacional, foi construída a Ringstrasse, uma ampla faixa de terra que separava a antiga cidade dos subúrbios. Esse projeto foi realizado em escala muito grande, semelhante aos boulevares franceses, e consistiu em um cinturão verde com edifícios públicos e residências particulares. O objetivo era substituir a muralha que antes existia, sem agredir visualmente a população de baixa renda. Nessa fase, os edifícios públicos de Viena foram construídos com uma estética eclética, representando diferentes estilos arquitetônicos.

Plano para Barcelona

Também conhecido como Nova Barcelona, esse plano de expansão foi desenvolvido por Idelfonso Cerdá em 1859. Seus objetivos eram priorizar a qualidade das moradias, quadricular os quadros do território, formular as "ilhas tipo" (quintalões), estabelecer vias radiocêntricas na cidade antiga, criar grandes avenidas em diagonal e instalar esgoto embaixo das calçadas para facilitar a manutenção.

Cidade Industrial

A cidade industrial surge com a sociedade de êxodo rural, onde há um forte fluxo migratório do campo para a cidade. O crescimento desordenado das grandes cidades traz impactos sociais e ambientais, como poluição e pobreza. Nesse contexto, surge a preocupação com os quatro pilares do urbanismo moderno, sendo a habitação um deles.

Cidades Jardins em Londres

Ebenezer Howard, nascido em Londres, desenvolveu o conceito de cidades jardins. Ele percebeu que sua vocação não era para a vida campestre e migrou para Chicago, onde trabalhou com agropecuária. Após retornar a Londres, publicou o livro "Garden Cities of Tomorrow" em 1902. O mecanismo de funcionamento das cidades jardins consiste na compra de um terreno por um grupo de pessoas, diluindo o custo conforme o aumento do número de habitantes. A propriedade fundiária é comunitária, as cidades são autônomas e auto-organizadas em rede, e há um limite de tamanho e população. Quando uma cidade atinge o limite de 32.000 habitantes, outra cidade deve ser construída nas proximidades, mantendo a área rural e interligadas por ferrovias.

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