Direito aduaneiro mercadorias em trânsito

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Enunciar os princípios mercantilistas: O mercantilismo é o conjunto de medidas económicas que foram colocadas em prática, ao longo do período de transação feudalismo/capitalismo, caracterizadas pela rigorosa intervenção do Estado no plano económico. Os seus princípios são: Metalismo: acumulação de metais preciosos, entendidos como um meio de alcançar riqueza e prosperidade; Teoria da Balança Comercial favorável: as receitas tinham de ser maiores que as despesas, pára isso o número de exportações tinham de ser maiores que os de importações; Incentivo à produção manufatureira: a manufatura era a forma básica de produção industrial. Era incentivada em larga escala por parte do Estado. Os altos preços dos produtos manufaturados no comércio internacional explicam aimportância da atividade; Incentivo à construção naval: devido à grande importância do comércio marítimo e à importância do comércio colonial; Política demográfica favorável: uma população numerosa significa maior segurança do Estado e, principalmente, mais produção; Protecionismo alfandegários: trata-se de restringir ao máximo a entrada de produtos estrangeiros, objetivando a proteção do artigo nacional e dos mercados nacionais; Colonialismo: a exclusividade comercial sobre as colónias, onde eram obtidas as matérias-primas a baixo preço e onde havia mercados seguros de escoamento da produção manufatureira.

Distinguir entre o mercantilismo inglês, centrado no comércio, e o mercantilismo francês, centrado nas manufacturas O mercantilismo francês caracterizou-se, no sector manufactureiro, pelas seguintes medidas: - criação de novas industrias (às quais o Estado concedia privilégios, Taís como benefícios fiscais e subsídios); - importação de técnicas (por exemplo, mandar curtir à maneira inglesa as peles de boi da França); - criação das manufacturas reais (protegidas pela realeza, fabricavam, sobretudo, produtos de luxo pára a corte como, por exemplo, as famosas tapeçarias da família dos Gobelins); - controlo da actividade industrial por inspectores do Estado (que avaliavam, nomeadamente, a qualidade e os preços do trabalho realizado). Em Inglaterra, o mercantilismo, de feição comercial, distinguiu-se pelas seguintes medidas: - publicação (entre 1651 e 1663) dos Actos de Navegação: de acordo com estas leis, apenas podiam entrar em Inglaterra as mercadorias que fossem transportadas em barcos ingleses ou do páís de origem; só a marinha britânica podia transportar as mercadorias coloniais e a tripulação dos navios devia ser constituída, maioritariamente, por ingleses. - política de expansão comercial (dirigida, em especial, às Antilhas e à América do Norte); - criação de grandes companhias de comércio, entre as quais a Companhia das Índias Orientais inglesa (a mais rica e poderosa das companhias monopolistas), que detinha o exclusivo de comércio com o Oriente e amplos poderes a nível da administração, defesa e justiça.

Contextualizar a política económica pombalina: Face à nova crise de meados do século XVIII, o rei D. José I tentou uma estratégia de mudança em relação à política de seu pai (D. Jóão V). O ministro
Sebastião José de Carvalho e Melo (Marquês de Pombal) delineou a recuperação económica com base nos pressupostos mercantilistas. As principais medidas económicas (do tipo mercantilista)
que tomou foram: - a concessão de privilégios (subsídios, isenção de impostos) às indústrias existentes; - a criação de manufacturas da Covilhã e de Portalegre pára desenvolver a indústria de
lanifícios; - a introdução dos têxteis de algodão; - o desenvolvimento da indústria de vidro da Marinha Grande;

2.Reconhecer nas práticas mercantilistas formas de afirmação das economias nacionais; -A expansão do comércio transoceâNicó déu-se juntamente com a afirmação das monarquias absolutas. A riqueza e o domínio de grandes áreas comerciais proporcionavam pára os Réis e os seus reinos uma forma de aumentarem o seu poder e o seu prestígio. Assim, surge o mercantilismo: -Doutrina económica que valorizava a actividade mercantil como meio de fortalecer as monarquias, aumentar a riqueza nacional e impor a supremacia do páís em relação aós seus vizinhos; -Segundo a teoria mercantilista, a riqueza de um estado ou páís mede-se pela quantidade de metais preciosos (ouro e prata) que este possuí. -Com o objetivo de colocar a balança comercial positiva (exportações>importações), verifica-se uma intervenção ativa do estado, que implementa várias medidas, essencialmente: o fomento da produção industrial, com vista a promover a autossuficiência do páís neste domínio; a revisão das taxas alfandegárias, sobrecarregando os produtos estrangeiros e aliviando as taxas que pesavam sobre os nacionais, de forma a torná-los mais competitivos; o incremento e a reorganização do comércio externo, de forma a proporcionar mercados de abastecimento de matérias-primas e de colocação dos produtos manufaturados; -Estas medidas traduziam-se num apertado protecionismo económico, que fomentava a produção e salvaguardava os produtos e as áreas de comércio nacionais da concorrência estrangeira.

Integrar as medidas do Marquês de Pombal nos padrões do pensamento setencentista: Na lógica do despotismo iluminado do século XVIII, o Marquês de Pombal, enquanto Secretário de Estado do rei D. José I,
levou a cabo a reforma do reino em diversas áreas, em todas trabalhando pára o reforço do poder régio e o controlo das classes privilegiadas. 1. Instituições de centralização do Poder: - o Erário Régio, que centralizava a recepção das receitas públicas e a sua redistribuição por todas as despesas; - a Intendência-Geral da Polícia, criada no âmbito da reforma judicial que uniformizou a justiça em termos territoriais
(submetendo o direito local ao direito nacional) e sociais (retirando à nobreza e ao clero antigos privilégios); - a Real Mesa Censória, o organismo do Estado que retirava a função de censura da alçada da Igreja
(subordinando o Tribunal do Santo Ofício à Coroa). 2. Principais episódios da repressão exercida sobre o clero e a nobreza: - o suplício dos Távoras (família da alta nobreza, opositora a Pombal, que foi executada por suspeita – infundada, pelo que se pôde apurar no reinado de D. Maria I - de tentativa de regicídio); - a expulsão da Companhia de Jesus, de Portugal e das suas colónias (pois os jesuítas controlavam a missionação e o ensino). 3. Acção urbanística: a reconstrução da cidade de Lisboa após o sismo de 1 de Novembro de 1755, entregue aós engenheiros Manuel da Maiá e Eugénio dos Santos, foi orientada de acordo com o racionalismo iluminista da época. Este ditou as seguintes carácterísticas: - traçado geométrico; - ruas largas e rectilíneas; - subordinação dos projectos particulares à unidade do conjunto (subordinando toda a sociedade a um mesmo projecto); - sentido prátiço (evidenciado, por exemplo, no sistema da “gaiola”, anti-sísmico); - valorização da burguesia (transformação do Terreiro do Páço em Praça do Comércio). 4. Reforma do ensino: os estrangeirados (portugueses que, vivendo no estrangeiro, traziam pára Portugal as ideias iluministas) foram acolhidos pelo Marquês de Pombal. Ribeiro Sanches, Luís António Verney e Martinho de Mendonça foram alguns dos estrangeirados que mais influenciaram a reforma do ensino. Esta pautou-se pelas seguintes medidas: - criação do Real Colégio dos Nobres (pára preparação dos filhos da nobreza de acordo com as novas concepções pedagógicas); - criação da Aula do Comércio pára os filhos dos burgueses; - fundação das Escolas Menores, entre elas as de ler, escrever e contar, que eram oficiais e gratuitas;

Clero, ou o Primeiro Estado: O Clero era o estado mais digno porque estava mais próximo de Deus. É o primeiro estado que usufrui privilégios: isentos de impostos à Coroa, bem como da prestação de serviço militar; não estava sujeito à leicomum mas sim ao «foro eclesiástico», isto é, regem-se por um conjunto de leis específicas (o DireitoCanóNicó) e são julgados em tribunais próprios; podem conceder o asilo aós fugitivos e não são obrigados afranquear as suas casas aós soldados do rei.Ordem privilegiada, o clero é também uma ordem rica, grande proprietário de todo o tipo de bens, ainda recebe os dízimos (um décimo das colheitas) e muitas outras “ofertas” dos crentes que pastoreia.Sendo o úNicó estado que não se adquire por nascimento mas pela tonsura (corte de cabelo dos eclesiásticosrapado no centro), o clero aglutina elementos de todos os grupos sociais, mas como estão sujeitos a umarígida hierarquia, cada um Ácaba por ocupar um lugar compatível com a sua origem social.O alto clero, constitui-se pelos filhos segundos da nobreza e agrupa todo um conjunto hierarquizado decardeais, arcebispos, bispos e abades. Vivem folgadamente, muitas vezes no luxo e desempenha cargos naadministração e na corte. O baixo clero, geralmente oriundo das gentes rurais, eram os mais desfavorecidos, competia-lhes oficiar os serviços religiosos, orientar espiritualmente os paroquianos e orientar a escola local.O clero regular, são aqueles que estão sujeitos à regra de uma ordem religiosa e que vivem em conventos oumosteiros. Nobreza, ou Segundo Estado: A nobreza, próxima do rei, é a ordem de maior prestígio. É ela que cede ao clero os seus membros maisdestacados e que ocupa na administração e no exército os cargos de poder. Desfruta de um regime próprioque lhe garante superioridade e está também isenta do pagamento de contribuições ao rei, excepto em casode guerra. As velhas famílias cuja origem nobre mergulha no passado constituem a nobreza de sangue ou nobreza de espada, sempre dedicada à carreira das armas. Os membros da nobreza de sangue subdividem-se emcategorias diversas e hierarquizadas. No topo ficam os príncipes e duques e no polo oposto fica a pequena nobreza rural, que só a custo consegue viver dos rendimentos do seu pequeno senhorio.A esta velha nobreza veio juntar-se uma nobreza administrativa (ou de toga), destinada a satisfazer asnecessidades burocráticas do Estado. Povo, ou Terceiro Estado: membros tanto podem aspirar às dignidades mais elevadas comovegetar na miséria mais extrema.É, de todas, a ordem mais heterógena, cujos membros tanto podem aspirar às dignidades mais elevadas como vegetar na miséria mais externa.


 










 

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