Doença de Parkinson: definição, etiologia, fisiopatologia e classificação

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DOENÇA DE PARKINSON

DEFINIÇÃO:“Paralisia agitante”: é uma afecção crônica, progressiva e idiopática do sistema nervoso central, envolvendo os gânglios da base e resultando em perturbações no tônus, posturas anormais, e movimentos involuntários e com alteração da marcha. A evolução dos sintomas é usualmente lenta, mas variável em cada caso.
ETIOLOGIA: A causa da DP permanece desconhecida. Provavelmente, existem múltiplos fatores que se somam: ação de neurotoxinas ambientais, produção de radicais livres, fatores genéticos e do envelhecimento cerebral.
FISIOPATOLOGIA: A doença desenvolve-se resultante da degeneração das células nervosas da “SUBSTÂNCIA NEGRA” localizada no mesencéfalo. Movto desejado neurônios do corpo estriado, aumenta atividade dos neurônios talâmicos e do córtex cerebral execução do movto.

Movto indesejado neurônios da subst negra, inibem as células talâmicas e corticais, inibindo os movtos.

DP, baixa dopamina, corpo estriado torna-se excessivamente ativo dificultando o controle dos movtos.

CLASSIFICAÇÃO:

Parkinsonismo: termo genérico que designa uma serie de doenças com causas diferentes.

Primário: Doença de Parkinson;Secundário:

 Pós-Infeccioso: causado por uma encefalite viral, sendo atualmente pouco freqüente;
 Tóxico: indivíduos expostos a certos venenos industriais e a agentes químicos e a algumas drogas;
Atípico ou Plus:
 Atrofias de Múltiplos Sistemas: O processo degenerativo acomete regiões do cérebro. A progressão costuma ser mais rápidas e as medicações não são tão eficazes;
 Paralisia Supranuclear Progressiva: rigidez intensa na musculatura axial (pescoço e tronco) e paralisia dos movimentos oculares;
 Degeneração Córtico-Basal: Ocorrem distonias (contrações lentas), dificuldades de linguagem, alterações intelectuais e mioclonias.

Associado a outras doenças degenerativas:

 Doença de Huntington: hereditária e se manifesta depois do 40 anos. Apresenta a Coréia e Demência;
 Doença de Hallervorden-Spatz: Rara, infância. depósitos anormais de ferro em regiões do cérebro.
 Doença de Wilson: Infância ou em adultos jovens. acúmulo de cobre em regiões do cérebro e no fígado.
 Distonia: Infância. Síndrome de contrações musculares mantidas.

QUADRO CLINICO:

Os sinais e sintomas são inicio indicioso e assimetrico e é constituido, principalmente, por: >Rigidez ou hipertonia plasticas (é uma resistencia aumentada ao movimento passivo, que afeta toda musculatura estriada, resposta desajeitada em que o músculos contraem e relaxam configurando o fenomeno de "roda dentada". > Bradicinesia: lentidão dos movimentos automaticos e espontaneos e capacidade reduzida de iniciar movimentos voluntarios(acinesia). O freezing> perda abrupta da capacidade de iniciar ou sustentar uma atividade motora especifica - durante a marcha.

TREMOR>presente no repouso, desaparecendo ou diminuindo com o movimento voluntário. Inicialmente atinge as extremidades dos MMSS e em seguida os MMII (uni bilateral).
INSTABILIDADE POSTURAL: As reações de endireitamento, equilíbrio e protetora estão todas diminuídas. Quando o equilíbrio se perde, os ajustes compensatórios imediatos, necessários para que seja recuperado o equilíbrio, ficam reduzidos. Se o paciente chega a cair, poderão estar ausentes as respostas protetoras, resultando em lesões freqüentes.
OUTRAS MANIFESTAÇÕES: A marcha, onde ela fica altamente lente e arrastada, e é caracterizado por um empobrecimento dos movimentos. Cabeça e tronco para frente deslocando o centro da gravidade, MARCHA FESTINANTE onde o paciente da multiplos passos curtos para evitar que caia para frente. Os movimebtos do tronco e da cintura pélvida estão baixos, resultando numa diminuição do comprimento dos passos e da oscilação reciproca dos braços = andam em bloco.
DOR:  Resultado da rigidez e apresentar-se como câimbras, dores fracas ou mais agudas. Essas sensações podem resultar da falta de movimentos, espasmos musculares sustentados, posturas inadequadas ou tensão ligamentar.
DEPRESSÃO:  Pode ser acompanhada de ansiedade e alterações emocionais . A intensidade variam desde quadros leves até os mais graves, em que a depressão torna-se o sintoma mais importante e um dos fatores determinantes de incapacidade.
ALTERAÇÕES RESPIRATÓRIAS:  da expansibilidade torácica pela rigidez dos intercostais e da posição de flexo-adução do tronco e dos membros superiores.
ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS:  Devido a imobilidade pode surgir edemas de extremidades.
DIAGNOSTICO CLINICO: exame clinico; eletroencefalograma e TC; escala de classificação unificada da doença de parkinson (EPDRS): mede a posição cognitiva e emocional, a habilidade das AVDs, a função motora e os efeitos colaterais da medicação.
ESCALA DE HOHEN E YAHR: classificar o nivel de evolução da doença e em que grau de comprometimento motor esse paciente se encontra.
TRATAMENTO: o objetivo é impedir a degeneração dos neuronios da substancia negra e intensificar a transmissão em sinapses dopaminergicas. Melhorar os sintomas e diminuir a velocidade de progressão da patologia.
FARMACOLOGICA: O medicamento: depender idade, sintomas predominantes e estágio da doença.  anticolinérgicos, agonistas dopaminérgicos, levodopa, inibidores da catecol-orto-metil-transferase, inibidores da monoaminoxidase, antivirais entre outros.
FISIOTERAPIA: é de fundamental importância devendo ser aplicada desde os primeiros momentos da instalação da moléstia;
Apoio Psicológico: deve ser indicado ao paciente e aos familiares por apresentarem sinais de depressão e alterações de humor.

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