O que é dualidade das partes

Classificado em Outras materias

Escrito em em português com um tamanho de 3,76 KB.

As técnicas do curso de transmediação são inovadoras, se comparadas a mediação convencional, como as adotadas pelos tribunais. A abordagem neste caso, é feita de maneira subjetiva, incentivando os sujeitos a superarem internamente os conflitos, pára então, harmonizarem-se com o ambiente e os seus entes conflitantes.
 A transmediação não admite juízo de valor ou mensuração dos conflitos, ao contrário, sua imparcialidade, a permite dialogar com o mundo real, entendendo que como todas as coisas no mundo físico são tridimensionais, assim também o é no interior do sujeito, nas origens dos conflitos e nas possibilidades de haverem diversos pontos de vista sobre uma mesma demanda.
Tal qual um Picasso na parede, retratando uma revolução marcada por diversas perspectivas visuais diferentes, gerando pontos interpretativos diferentes e até antagônicos, assim é, o dom de observar as relações humanas, traduzindo anseios e necessidades, muitas vezes exprimidos de maneira não verbal. Falamos aqui, da arte de relacionar-se humanamente e valendo-se de meios comunicativos.
Através do discurso, o ser humano é capaz de traduzir sua emoções, conquistas, intempéries, sendo a capacidade de reconhecer códigos verbais ou não, sua maior habilidade cognitiva.
Por esta razão, os instrumentos do transmediador são seus ouvidos;  deverá atentar-se as razões dos pólos, desenvolvendo a sua maior virtude: a sensibilidade, pára conduzir os conflitantes a um caminho de encontro consigo mesmo e com os outros, de forma que passam a reproduzir o comportamento auditivo frente a seu adversário, o que muitas vezes, por si, finda um litígio. Nas palavras de Noam Chomsky “Se não acreditarmos na liberdade de expressão pára as pessoas que desprezamos, não acreditamos nela pára nada.”  
O curso de transmediação, nos convida a sair do lugar comum e dar oportunidade de transcender as barreiras do que conhecemos, abrindo espaço pára ver através das lentes do outro, vivenciando suas experiências através da narrativa e nos possibilitando, perceber do ponto onde o outro se encontra, quais são os caminhos que se encontram a frente.
O real motivo deste curso ser importante a formação jurídica: primeiramente, o dever do procurador é atender os interesses de seu representado, e como fazê-lo sem conhecê-lo? É preciso estar atento e aberto ao caso.  Por outro lado, por vezes na carreira jurídica, o profissional se depara com o seguinte impasse: Necessita demandar por uma determinada LIDE, rica em materialidade que fundamenta o pedido, mas, por alguma questão de caráter subjetivo, não pode dar sequencia em seu trabalho, até que as partes resolvam o que obsta a questão. Qualquer profissional com uma longa carreira inventariante, poderá comprovar o quão frequentes são estas situações.
Em suma, o curso é um exercício de pensamento, capaz melhorar o raciocínio jurídico do aluno, pára que entenda que em demandas, há muito além do que mera pretensão do direito.

Entradas relacionadas: