Fisioterapia no Pré Operatório de Cirurgia Cardíaca

Classificado em Medicina e Ciências da Saúde

Escrito em em português com um tamanho de 6,24 KB.

Fisioterapia no Pré Operatório de Cirurgia Cardíaca

A frequência dos procedimentos cirúrgicos aumentou progressivamente nas últimas décadas. As complicações pulmonares pós-operatórias são uma fonte significativa de mortalidade e morbidade. Dessa forma, podem-se reduzir as taxas de mortalidade, identificando os pacientes em risco de complicações pulmonares pós-operatórias e otimizando a terapêutica.

Objetivos:

  • Orientar o paciente quanto a cirurgia, incisões, drenos, TOT, recuperação, dor, tosse, deambulação precoce.
  • Déficit da função pulmonar no pós operatório.
  • Orientar quanto as unidades que o paciente irá passar até o retorno ao lar: centro cirúrgico, unidade de terapia intensiva, enfermaria.
  • Orientações quanto as atividades de vida diária.
  • Identificar pacientes de maior riscos de complicações.
  • Avaliação da função pulmonar / PIMax e Pemax / cirtometria / dor.
  • Avaliação geral.

Conduta Fisioterapêutica:

  • Exercícios de expansão pulmonar; incentivadores; exercícios de MMSS associado à exercícios respiratórios.
  • Threshold – treinamento muscular - fraqueza muscular.

Complicações

Pré operatórias:

Fatores de risco

Operatórias:

Anestesia geral, tempo de procedimento cirúrgico, CEC.

Pós operatórias:

Instabilidade hemodinâmica, imobilização, tubo, ventilação, dor, atelectasias, pneumonias...

Efeitos da anestesia e dor – hipoventilação, menor expansibilidade torácica

Dependendo da Unidade que o paciente encontra-se temos alguns objetivos;

  • UTI: desmame e extubação – retorno à ventilação espontânea(evitar retorno), manter estabilidade hemodinâmica e exercícios respiratórios dependendo do tempo que o paciente permanecer neste setor.
  • Semi intensiva
  • Enfermaria: orientações, exercícios respiratórios(melhorar a função pulmonar), orientação quanto a tosse, deambulação precoce, amenizar a dor, cinesioterapia.

A intensidade dos exercícios deve respeitar o limite do paciente;

Aumentar distância da deambulação gradativamente;

Ficar atento para qualquer alteração que o paciente possa apresentar

Teste de Esforço

O TE trabalha como um avaliador de eletrocardiograma condicionado a uma atividade física, ou seja, submete-se o paciente a um estresse físico programado e personalizado, com a finalidade de avaliar a resposta clínica, hemodinâmica, eletrocardiográfica e metabólica do organismo ao esforço.

Esteira Rolante: É mais fisiológica, por reproduzir o movimento de caminhada, além de oferecer vantagens como regulação de velocidade e inclinação (GARDENGHI, 2007). Porém é mais cara, ocupa mais espaço e produz ruídos. Pode gerar insegurança ao paciente e, por isso, deve ser feito um treinamento e adaptação, além de um controle de parada instantâneo, se necessário. O cuidado com o posicionamento do paciente deve ser constante, a fim de evitar joelhos fletidos, tronco inclinado para frente, olhar para o solo, andar a passos curtos e apoiar nas barras laterais (LEITE, 2000).

Bicleta Biometrica: Apresenta como vantagens manter o tórax imóvel, não sofrer influência do peso do paciente, ser mais barata, ocupar menos espaço e gerar menos ansiedade se comparada à esteira, por ser mais estável (McARDLE, 1998). As desvantagens incluem a ocorrência de fadiga muscular antes do stress cardiovascular e o desconforto causado pelo banco da bicicleta. Em relação à esteira, a bicicleta é utilizada com menor frequência e o tempo para atingir o esforço máximo é maior (20 a 30 minutos, contra 20 na esteira). A isometria de membros superiores (MMSS) deve ser cuidadosamente evitada, afim de não aumentar o gasto energético e influenciar no resultado do teste (GARDENGHI, 2007).

O que se avalia?

  • Detecção de isquemias miocárdicas;
  • Detecção de arritmias cardíacas;
  • Distúrbios hemodinâmicos;
  • Avaliação da capacidade funcional;
  • Avaliação diagnóstica;
  • Prognóstico de doenças cardiovasculares;
  • Prescrição de exercícios;
  • Avaliação objetiva dos resultados da terapêutica;
  • Demonstração dos níveis de condicionamento físico;
  • Perícia médica;

Indicações

  • Pacientes com fatores de risco coronariano fortemente positivos;
  • Diagnóstico diferencial de desconforto torácico;
  • Pacientes pós IAM (estável);
  • Avaliação de dor torácica;
  • Estenose aórtica;
  • Próteses valvares;
  • Aptidão física;
  • Programação de marcapasso;
  • Prescrição de terapêutica;

Contra Indicações Cardiovasculares:

  • IAM recente ou instável;
  • Angina instável;
  • Arritmias cardíacas incontroláveis;
  • ICC severa;
  • Estenose aórtica sintomática;
  • Embolia Pulmonar;

Contra Indicação:

  • Infecções ativas;
  • Distúrbio emocional severo;
  • Doenças metabólicas;
  • Condições neuromusculares ou musculoesqueléticas alteradas;

Cancelamento do Teste:

  • Hipotensão arterial;
  • Angina;
  • Arritmias;
  • Alterações considerativas no traçado do eletrocardiograma;
  • Sinais de má perfusão;
  • Taquicardia;
  • Fadiga de musculatura de MMII;

Equipamentos Necessários na Sala de Teste:

  • Desfibrilador;
  • Cilindro de oxigênio;
  • Tubos para entubação oro-traqueal;
  • Aspirador portátil;
  • Equipamentos de proteção;
  • Medicação de Urgência;

O TE tem duração de 20 a 30 minutos, apresentando riscos mínimos aos pacientes, mas que não podem ser desprezados.

  • Orientações: Roupas confortáveis;
  • Alimentação leve antes do teste, evitar jejum;
  • Tênis;
  • Suspender remédios se o seu médico orientar;

Entradas relacionadas: