Governo local Espanha

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Funcionamento do centralismo democrátiço: Desde 1922, a Rússia converteu-se na união das républicas socialistas sovieticas (URSS). Pára Lenine, impunha-se que o estado soviético fosse forte, disciplinado e democrático, de modo a garantir a vitória do socialismo. A concialiação da disciplina e da democracia conseguiu-se com a fórmula do centralismo democrátiço. Teoricamente, todo o poder emanava da base, ou seja, dos sovietes, escolhidos por sufrágio universal. Tinham ambito local e regional, cabendo-lhes representar o conjunto das republicas federadas e as nacionalidades no congresso sovietes, que reunia anualmente. A este competia designar o comité executivo central, uma espécie de parlamento, dotado de 2 camaras: o conselho de uniao e o conselho das nacionalidades. Eram eles que em conjunto escolhiam os orgaos do poder executivo: o presidium, e o conselho dos comissarios do povo. A esta estrutura democratica impunha-se o controlo de duas forças. Uma exercia-se de cima pára baixo, por parte dos orgaos do topo do estado, a outra fazia-se sentir por parte do partido comunista.

Caracterizar as medidas da NEP: A NEP consistiu numa viragem da economia, no sentido de superar a terrível crise económica herdada da guerra civil. Considerando que o comunismo teria de ser construído com base no progresso económico, Lenine passou a defender medidas do tipo capitalista (recuo estratégico, pára o socialismo não se edificar sobre ruínas) pára estimular a produção: Estabeleceu um imposto a pagar, em vez dos camponeses entregaram todos os seus excedentes; permitiu a venda directa dos produtos dos camponeses; aceitou a ajuda do estrangeiro; eliminou o trabalho obrigatório. A NEP (1921-1927), resultou numa melhoria assinalável dos níveis de produção.

Transformações geopoliticas ocorridas após a 1ªGuerra Mundial: A Primeira Guerra Mundial decorreu entre 1914 e 1918. Em 1919 começaram a celebrar-se os primeiros acordos da paz (participando apenas os páíses vencedores). A Conferencia da Paz pretendia, assim, lançar as bases de uma nova Europa, através do estabelecimento de uma nova ordem internacional que garantisse a convivência pacífica entre as nações, surgindo um novo mapa geopolítiço da Europa. As principais transformações ocorridas foram o desmembramento dos impérios, criação de novos páíses e alteração de fronteiras: Após a transformação do império russo (domínio do czar) num estado soviétiço (revolução bolchevique, 1917), é a vez dos restantes impérios (Alémão, Austro-húngaro e Otomano) se desmoronarem e darem origem a novos estados-nação: Finlândia, Estónia, Letónia e Lituânia (que faziam parte da Rússia), Polónia, Checoslováquiá, Hungria, Jugoslávia (da Áustria); Os páíses vencedores (Taís como a França, a Itália, a Bélgica) viram as suas fronteiras ampliadas ao contrário dos páíses derrotados (como a Áustria, Alemanha, Bulgária, Turquia), aós quais foram retirados vastos territórios. Com o desaparecimento dos impérios, a maior parte dos estados optam pela democracia liberal sob a forma de regimes republicanos (à excepção da Rússia soviética) A Alemanha foi a grande perdedora: perdeu 1/10 da sua população, ficou desmilitarizada (exército e armamento reduzido), perdeu todas as colónias, foi-lhe retirada territórios, mas sentiu-se, sobretudo, alvo de uma grande humilhação, pois foi considerada a principal responsável pela guerra e foi obrigada a pagar indemnizações aós páíses vencedores.

Dependencia da europa face aós Euá: Durante a guerra, os Euá eram o principal fornecedor em bens e serviços à Europa. No final da guerra, perante uma Europa destroçada (estava arruinada, tanto material como humanamente), a perda da hegemonia europeia agravou-se em favor da ascensão dos Euá. No período pós-guerra, a Europa enfrentou graves problemas como a inflação, desvalorização da moeda, desemprego, enfim, um

colapso económico. Evidenciou igualmente grandes dificuldades em reconverter a economia, o que agravou a sua dependência em relação aós Euá, aumentando os níveis de endividamento. A desvalorização da moeda e a inflação surgiram pois houve um recurso à emissão massiva de notas de modo a fazer face ás dividas, o que provocou uma desvalorização que se reflectiu numa subida generalizada de preços (inflação), agravando mais as condições de vida das populações. Os Euá iniciaram, então, um período de França prosperidade, são os designados “Loucos Anos 20” por viver um clima de euforia, optimismo e confiança no futuro. Em consequência, os páíses europeus ficam mergulhados em dívidas ao estado americano que afirmou a sua supremacia. A eventual recuperação da Europa deveu-se á ajuda dos Euá.

Avaliar o papel desempenhado pela SDN sociedade das naçoes): A SDN foi criada em 1919, por proposta do presidente Wilson, com dois objetivos fundamentais: manter a paz e a segurança a nível mundial e fomentar a entreajuda e cooperação internacionais. Os páíses que integram esta organização comprometiam-se a reduzir os armamentos, a aceitar tratados e o direito internacional, a recorrer à via diplomática pára a resolução dos conflitos, podendo qualquer estado sofrer represálias se não respeitassem as orientações.  A SDN fracassou porque enfrentou desde o primeiro momento vários problemas: não contou com a presença norte-americana devido às condições impostas à Alemanha pelo Tratado de Versalhes; não contou com a presença dos vencidos; contou com a insatisfação de páíses vencedores como a Itália e com o descontentamento de algumas minorias nacionais que não se constituíram em estado.  Não conseguiu evitar a regressão das democracias, o rearmamento da Alemanha e a 2ª Guerra Mundial, a qual marcá o seu fim. Após o Segundo Conflito Mundial (1939-45) nasce a ONU, com os mesmos propósitos e objetivos e dotada de uma estrutura mais complexa e com mais vastas competências.

Distinguir a Revolução de Outubro da Revolução de Fevereiro: Num ambiente de descontentamento, entre 22 e 28 de Fevereiro, houve grandes manifestações de mulheres, em conjunto com greves de operários em Petrogrado. A Soviete (assembleia popular) incitava o derrube do czar. A adesão de soldados à Soviete fez com que houvesse um assalto do Palácio de Inverno, ao qual Nicolau II, não conseguiu resistir e abdicou do poder a 2 de Março, chegando, assim, ao fim a era do czarismo, e a Rússia tornou-se uma república. O Governo Provisório, que tinha nas mãos o poder da Rússia, dirigido por Lvov e mais tarde por Kerensky, empenhou-se na instauração de uma democracia parlamentar e na continuação da Guerra com a Alemanha, da qual estava convicto de que venceria. Cada vez mais, o número de sovietes iá crescendo e controlados pelos bolcheviques, apelavam à retirada imediata da guerra, ao derrube do Governo Provisório (que consideravam burguês), à entrega do poder aós sovietes e à confiscação das grandes propriedades. Estas reivindicações estavam explanadas nas “Teses de Abril”, documento divulgado por Lenine. A Rússia viva, então, numa verdadeira dualidade de poderes. Nos dias 24 e 25 de Outubro, assistiu-se a uma nova revolução. Os Guardas Vermelhos (milícias bolchevistas) controlaram pontos estratégicos de Petrogrado e assaltaram o Palácio de Inverno, derrubando o Governo Provisório. O poder passa então pára o Conselho dos Comissários do Povo, composto por bolcheviques, onde Lenine era o Presidente. Os representantes do proletariado conquistaram, assim, o poder polítiço.

Condições sociais politicas e economicas que determinaram a Revolução Russa de Fevereiro de 1917: Em 1917, o Império Russo estava à beira do abismo e as tensões sociais e políticas eram cada vez mais crescentes. Os camponeses clamavam por terras, concentradas nas mãos dos grandes senhores; o operariado exigia melhores salários e melhores condições de vida, e a burguesia e a nobreza liberal desejavam a abertura política e a modernização do páís. A contestação política era protagonizada pelos socialistas-revolucionários (reclamavam a patilha das terras), os sociais-democratas (que se dividiam em bolcheviques e mencheviques) e constitucionais-democratas (adeptos do parlamentarismo do tipo ocidental). A participação da Rússia na I Guerra Mundial fez com a economia ficasse desorganizada, houvesse falta de géneros e consequentemente fome, o que levava às manifestações e greve e as derrotas contra a Alemanha agudizavam o anticzarismo.

Mostrar que o”comunismo de guerra” permitiu instaurar a ditadura do proletariado: A ditadura do proletariado assume-se como uma etapa transitória e necessária no processo de construção da sociedade socialista. Era nesta etapa que, segundo Marx, todos os instrumentos de produção iriam pára as mãos do Estado. Assim, haveria um ponto em que as diferenças sociais se apagariam do Estado, e este, consequentemente se extinguiria também, entrando assim no comunismo. Lenine nunca escondera os seus propósitos de implementação imediata da ditadura do proletariado. No entanto, na Rússia, ela tinha carácterísticas muito próprias: a constituição do proletariado (pára Lenine, incluía os camponeses) e as condições em que se concretizou (a resistência aós decretos em conjunto com a guerra civil vivida).

Contextualizar a vaga de autoritarismos dos anos 20: Após a Primeira Guerra Mundial, as populações da Europa aderiram a projetos políticos extremistas - quer de extrema-direita, quer de extrema-esquerda. Por um lado, a vitória dos bolcheviques na URSS serviu de exemplo a diversos levantamentos revolucionarios na Europa, uma vez que provou a possibilidade de o proletariado se tornar a classe dominante. Entre as principais revoluções de esquerda, salientaram-se, apesar de fracassadas, o espartaquismo (nome escolhido em honra do escravo romano revoltoso spartacus),em berlim, em 1918 liderado por Rosa Luxemburg e karl liebknecht, e as revoltas dos camponeses sem terras e de operarios em Itália, em 1919-1920. Por outro lado, os movimentos de extrema-direita ganharam apoios em varios páíses da Europa, destacando-se, nomeadamente  o fascismo, vitorioso, na itália, desde 1922, quando Benito Mussolini demonstrou a força social dos camisas negras na Marcha sobre Roma o golpe de Estado, perpetrado por Hitler, em 1923 (após o qual este esteve preso) e aditadura do general Primo de Rivera, em Espanha, entre 1923-30. A tentação do povo pelos autoritarismos de extrema-direita deve ser contextualizada no âmbito da devastação que a Grande Guerra provocou sobre a Europa, a vários níveis -a infação atingiu numerosos páíses (alguns, como a Alemanha, a áustria e Portugal, de forma muito severa), o que se traduziu por dificuldades de subsistencia da maioria da população -a agitaçao social era constante vagas grevistas e manifestações perturbavam a produtividade económica -as constantes lutas partidárias nas democracias literais provocaram o descrédito do povo em relação ao valor dos sistemas parlamentares -os resultados visíveis da guerra -cerca de +4 milhões de mortos e 34 milhões de inválidos, a desorganização financeira, a instabilidade política - desiludiram as populações que já não acreditavam no espírito dos 14 pontos do presidente wilson -por último, o medo do bolchevismo e dos seus ataques à propriedade privada pode explicar o apoio das classes médias e altas à ideologia fascista. Antibolchevismo cresceu à medida que, na Rússia, o socialismo tomava uma feição mais dura, em consequência das decisões tomadas em 1919 durante a internacional Fomunista (tbm chamada komintern). Esta internacional proclamou-se o modelo da Rússia como o úNicó a seguir pelos restantes páíses.

Equacionar as principais transformações na sociabilidade e nos costumes: o séc xx foi o séc das grandes cidades. Nas vésperas da 1ª guerra mundial, contavam-se na europa 180 aglomerados urbanos com mais de 100 000 habitantes e outros em outros páíses, atingiam já uma grande escala. Pela 1ªvez na história no mundo industrializado, a população urbana superou a das zonas rurais . Esta urbanização maciça, que não parou de se acentuar, operou transformações profundas na vida e nos valores da civilização ocidental. Sociabilidade: Na grande cidade o individuo perde-se no meio da multidão. Segue-se um modelo estandardizado, os citadinos dirigem-se pára o trabalho à mesma hora, partilham os mesmos transportes, consomem os mesmos produtos, habitam casas semelhantes e mesmo os lazeres tendem pára a massificação. Nos tempos livres, são mts os que convergem pára os lugares públicos, invadindo os cafés etc. O crescimento da classe média e sobretudo a melhoria do nível de vida proporcionam uma nova cultura do ócio, que a cidade fomenta, oferecendo inúmeras distrações. A convivência entre os sexos torna-se mais livre e ousada. Sobretudo após o 1º conflito mundial, a mulher adquire visibilidade. O gosto pelo movimento da ação fomenta a prática desportiva que entra nos hábitos quotidianos. O ritmo de vida acelera-se nos anos 20 e torna-se quase frenétiço. É esta nova sociabilidade que imprime uma marcá de modernidade evidenciando a rutura com os valores e as convenções da rígida moral oitocentista. Crise dos valores: A brutalidade da 1ª guerra mundial pôs em causa as instituições, valores espirituais e morais, todo o edifício social que tinha sustentado a ordem burguesa do séc xix , quando o conflito terminou tinham morrido milhões de homens. A miséria era muitá nas ruas das grandes cidades europeias. O impacto da destruição gerou sentimento de descrença e pessimismo. Uma vaga de contestação a todos os níveis abalou a sociedade que já estava em crise. Instalou-se um clima de anomia. Este relativismo de valores acelerou as mudanças já em curso que invadiram as grandes cidades. De todas elas a emancipação feminina foi a que mais perturbou os contemporâneos. Emancipação feminina: A imagem da rapariga estouvada de saia curta e cabelo arrapazado marcou a década dos anos 20. No entanto ela é apenas o lado mais escandaloso e fútil do longo percurso que conduziu até à emancipação feminina O movimento feminista organizado remonta ao séc XIX. As reivindicações centravam-se no direito das mulheres casadas à propriedade de bens à tutela dos filhos. As 1ª feministas lutaram por alterações jurídicas q terminassem com o estatuto de eterna menoridade q a sociedade burguesa oitocentista reservava à mulher. O direito ao voto passou a assumir um papel preponderante nas reivindicações femininas. Organizaram numerosas associações de sufragistas que desencadearam uma luta tenaz pelo voto feminino. As pretensões politicas femininas chocaram até à 1ª guerra mundial com uma forte oposição. As convulsões da mesma vieram alterar este estado de espírito. Embora a efetiva igualdade entre os 2 sexos  tenha demorado a concretizar-se, o movimento feminista abriu à mulher uma nova etapa da sua história.


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