Guia de Alimentação Saudável para Crianças
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Introdução
PASSO 1 – Dê somente leite materno até os 6 meses.
PASSO 2 – Ao completar 6 meses, introduza lentamente e gradualmente outros alimentos, mantendo o leite materno até 2 anos ou mais. Ofereça água tratada, filtrada e fervida no intervalo das refeições. Ofereça 3 refeições diárias até os 6 meses, aumentando para 5 refeições após os 12 meses.
PASSO 3 – Ao completar 6 meses, ofereça alimentos complementares (cereais, carnes, frutas) três vezes ao dia, se a criança estiver em aleitamento materno.
PASSO 4 – A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários de refeição da família, em intervalos regulares e de forma a respeitar o apetite da criança.
PASSO 5 – A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher. Inicie com consistência pastosa (purê) e gradualmente aumente a consistência até chegar à alimentação da família.
PASSO 6 – Ofereça à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida.
PASSO 7 – Estimule o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições. Para aceitar um novo alimento, a criança precisa experimentá-lo de 8 a 10 vezes.
PASSO 8 – Evite oferecer açúcar, café, enlatados, refrigerantes. Use sal com moderação.
PASSO 9 – Cuide da higiene no preparo e manuseio dos alimentos, garantindo o seu armazenamento e conservação adequados.
PASSO 10 – Estimule a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.
Neofobia Alimentar
Neofobia é a rejeição em consumir novos alimentos. Os determinantes fisiológicos da formação do hábito alimentar incluem experiências intrauterinas, paladar do recém-nascido, aleitamento materno, neofobia e regulação da ingestão de alimentos.
Como lidar com a neofobia:
- Faça repetidas exposições: crianças com 2 anos precisam experimentar um alimento de 8 a 10 vezes.
- Crianças de 4 e 5 anos precisam experimentar um alimento de 8 a 15 vezes.
- Estimule a autonomia.
- Dê o exemplo.
- Faça atividades recreativas.
- Não vincule a alimentação à obrigação.
Influências no Hábito Alimentar
Pais: Os pais são os primeiros educadores nutricionais e o convívio pode ser propício à formação de hábitos adequados. Os pais são os exemplos que os filhos seguem.
Televisão: Assistir às propagandas comerciais de alimentos induz a criança a pedir tais alimentos e influencia o seu padrão alimentar. A televisão correlaciona-se positivamente a conceitos errôneos sobre os alimentos, a nutrição e a maus hábitos alimentares.
Escola: Devido à pressão dos colegas, as crianças normalmente comem bem em grupo. Através das aulas (professores), participação em jogos, preparo de alimentos simples e plantio de uma horta são atividades que melhoram os hábitos e desenvolvem atitudes alimentares positivas. Na escola, consegue-se autonomia alimentar.
Objetivos do Guia
Nível individual:
- Promover uma dieta saudável e culturalmente aceitável, com as menores modificações possíveis da alimentação habitual.
- Corrigir os hábitos alimentares indesejáveis.
- Resgatar e reforçar práticas desejáveis para a manutenção da saúde.
- Orientar o consumidor com relação à escolha de uma dieta saudável com os recursos econômicos disponíveis e alimentos produzidos localmente, levando em conta também a variação sazonal dos mesmos.
Nível institucional:
- Subsidiar o planejamento de programas sociais e de alimentação e nutrição.
- Subsidiar os profissionais de saúde no repasse de mensagens adequadas sobre alimentação e nutrição.
- Fornecer informações básicas para inclusão nos currículos de escolas de todos os níveis.
- Servir de base para a formação e capacitação em nutrição de profissionais de diversas áreas em diferentes níveis.
Nível da indústria agroalimentícia e alimentação de coletividade:
- Subsidiar o aprimoramento da legislação específica de rotulagem geral nutricional e das alegações saudáveis de alimentos.
- Alertar sobre a importância da correta rotulagem nutricional dos produtos da indústria alimentícia.
- Incentivar a indústria na produção de alimentos nutricionalmente adequados às necessidades das crianças menores de dois anos.
- Promover a produção e a preparação de alimentos saudáveis em locais de alimentação coletiva (creches, pré-escolas).