Guia Completo de Terapia Intravenosa (TIV)

Via Intravenosa (IV)

Metas da Terapia IV

• Diagnóstico
• Manutenção
• Reposição
• Tratamento
• Monitoração
• Alívio

Tipos de Terapia Infusional

• Bolus: É a administração intravenosa realizada em tempo menor ou igual a 1 minuto, geralmente através de seringa.
• Infusão Rápida: É a administração intravenosa realizada entre 1 e 30 minutos, utilizando bureta.
• Infusão Lenta: É a administração intravenosa realizada entre 30 e 60 minutos.
• Infusão Contínua: É a administração realizada em tempo superior a 60 minutos, ininterruptamente (ex: soroterapia, venóclise).
• Administração Intermitente: Não contínua (ex: de 6 em 6 horas).

Tipos de Soluções

• Soluções Hipotônicas: Concentração menor que a do líquido intracelular (IC).
• Soluções Isotônicas: Tonicidade igual à do líquido IC.
• Soluções Hipertônicas: Concentração maior que a do meio IC.

Fatores que Interferem no Balanço Hídrico (BH)

• Febre: O aumento da temperatura corporal aumenta a perda hídrica (suor e perda insensível).
• Vômito: Perdas excessivas, com risco para hipopotassemia e alcalose metabólica.
• Diarreia: Registrar número e quantidade evacuada. Secreções intestinais contêm bicarbonato.

Materiais Utilizados na Terapia Intravenosa

• Garrote (torniquete)
• Cateteres agulhados e flexíveis
• Conectores: tampinha, polifix, torneirinha
• Equipo
• Filtros
• Sistema fechado para TIV
• Dispositivos de acesso venoso central (Intracath, flebotomia, cateter totalmente implantável e PICC)
• Bombas de Infusão
• Fitas adesivas: Esparadrapos comuns, fita plástica (Transpore), fita de seda (hipoalergênica), fita de papel (Micropore)
• Outros materiais: soluções antissépticas; algodões/gases; foco de luz artificial; impermeável para proteção do lençol; luvas de proteção.

Regras para Fixação de Cateteres IV

• ES: Estabilização
• CE: Cobertura Estéril
• VI: Visualização
• SE: Segurança

Fatores que Afetam a Velocidade do Fluxo

1. Altura do recipiente da solução (frasco de soro): Quanto maior a altura em relação ao sítio do cateter IV, maior será a força da gravidade e, portanto, o líquido fluirá mais rapidamente.
2. Posição do membro: Quando o membro é elevado, o líquido fluirá de forma mais lenta.
3. Obstrução do equipo: O equipo pode dobrar ou ser obstruído por coágulo ou fibrina.
4. Posição do cateter IV: A movimentação pode fazer com que a ponta do cateter repouse contra a parede da veia.
5. Permeabilidade do cateter: Sempre que o fluxo for interrompido, por qualquer motivo, um coágulo pode formar-se na extremidade da cânula.
6. Formação de vácuo ou pressão negativa dentro do frasco.

Adsorção

É o processo pelo qual átomos, moléculas ou íons são retidos na superfície de sólidos através de interações de natureza química ou física.

Complicações da Terapia Intravenosa (TIV)

• Infecções:
  • Contaminação do cateter
  • Colonização do cateter
• Flebite: Inflamação da parede das veias. Pode ser:
  • Mecânica
  • Química (Quanto mais ácida a solução IV, maior o risco de flebite química)
  • Infecciosa

  Tratamento para Flebite: Retirar o cateter; Compressas frias inicialmente e quentes após.

• Infiltrações: Deslocamento de um dispositivo intravenoso, resultando em edema.
• Extravasamentos: É a infiltração de medicamentos vesicantes. Medicamentos vesicantes podem causar bolhas e necrose.