A Implantação da República em Portugal e a Instabilidade Governativa

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8 e 9: Entre os temas da opinião pública encontravam-se aqueles que falavam dos territórios africanos.
A Sociedade de Geografia de Lisboa elaborou um projeto de ocupação do território que ligava Angola e Moçambique.
Os governos de D. Luís e D. Carlos lutaram para garantir o êxito do projeto, que ficou conhecido como Mapa Cor de Rosa. Foram feitos contatos diplomáticos, bem como a exploração e ocupação dos territórios de acordo com a Conferência de Berlim. O que Portugal pretendia chocava com a intenção inglesa de formar uma faixa contínua do território no sentido sul-norte.
Em 11 de janeiro, Portugal recebeu um ultimato britânico, no qual impunha a retirada das forças expedicionárias portuguesas da zona. O governo e o conselho reuniram-se e cederam às exigências britânicas, e a opinião pública mobilizou-se em manifestações, etc. As opiniões de que somente a República poderia salvar a pátria aumentavam, assim como a ideia de que um movimento militar poderia salvá-la. E por isso, em 31 de janeiro eclodiu a primeira tentativa de derrube da monarquia, que, com falta de organização, apoios financeiros e sem cooperação do exército, acabou por fracassar.





10 - A Implantação da República levou o Partido Republicano ao poder, sendo esta a única força política capaz de exercer a autoridade. Constituiu-se um governo provisório e, no ano seguinte, realizaram-se as primeiras eleições destinadas à Assembleia Nacional Constituinte, que elaborou a Constituição Política da República Portuguesa. Manuel de Arriaga foi nomeado pela Assembleia o 1º Presidente da República. O primeiro governo constitucional tomou posse.
A Constituição de 1911 dava relevo ao poder legislativo. Nos termos da nova Constituição, o poder legislativo pertencia ao Congresso da República, composto por duas câmaras - Deputados e Senado - ambos eleitos por sufrágio universal.
O predomínio do poder legislativo expressava-se nas vastas competências do Congresso, cabendo-lhe a legislação. Os ministros eram responsáveis pelo comércio. A superioridade do Congresso era visível na figura do Presidente. O Congresso elegia-o por 4 anos e podia destituí-lo. O Presidente era obrigado a promulgar as leis aprovadas e não tinha qualquer poder. Era ao Parlamento que cabia o controle das ações do governo e do Presidente, o que gerou uma instabilidade governativa. O Congresso tirava a ação aos governos que não tinham autoridade para realizar suas tarefas.

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