Neo-Positivismo e o Círculo de Viena: Contribuições e Limitações

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O Neo-Positivismo nasce no séc. XX, tendo na sua génese os conceitos do Positivismo, no entanto com algumas alterações. No que diz respeito à metafísica, Comte rejeitava-a por achar esta falsa, uma vez que não era desta que advinha o conhecimento científico, mas sim o conhecimento comum. No que diz respeito ao positivismo lógico, esta era igualmente posta de parte, contudo não pelos mesmos motivos (não a considera falsa), rejeitando-a por considerar que as proposições inerentes da mesma careciam de significação (um dos fatores de distinção destas teorias).

Assim o Círculo de Viena pretendia fazer cumprir o pensamento de Comte, exemplo disso é que também esta corrente pretendia afastar a metafísica e a teologia do conhecimento científico, tentando criar então uma nova era da ciência. Como forma de demarcar o que era ciência do que não era, os positivistas lógicos criaram a teoria da verificação - verificacionismo (método indutivo), ou seja, tudo aquilo que é considerado ciência, tem de ser necessariamente verificado de forma empírica.

Um dos marcos do Positivismo e que permaneceu ao longo do neo-positivismo era o rigor científico, o rigor na investigação científica, ou seja, os critérios estabelecidos para o verificacionismo.

O manifesto do círculo de Viena era constituído por 3 medidas (YYY) e 2 atributos (XX).

No que diz respeito à construção de uma teoria científica, os neo-positivistas adotaram o método indutivo, ou seja, faz-se uma generalização, através da verificação de proposições particulares, exemplo disso é: “1000 cisnes brancos -> Todos os cisnes são brancos”.

Sem dúvida, um dos principais contributos do neopositivismo foi o seu critério de demarcação de ciência (verificacionismo).

Problema da Indução

Embora o método indutivo seja a grande novidade do positivismo lógico no que diz respeito à construção de conhecimento científico, este apresenta algumas falhas, principalmente quando é aplicado às ciências sociais, já que é imprudente considerar que um caso particular pode ser generalizado, quando a variável em estudos são as populações e as suas características.

Desta forma, um próximo pensador (Karl Popper), vai tentar solucionar este “problema”, utilizando o método hipotético-dedutivo (através do falsificacionismo).

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