Neurotransmissores: PPSE e PPSI
Classificado em Medicina e Ciências da Saúde
Escrito em em português com um tamanho de 2,65 KB
Quando um neurotransmissor se liga ao seu receptor específico, podem ocorrer dois fenômenos: PPSE ou PPSI, dependendo do neurotransmissor.
PPSE – Potencial Pós-Sináptico Excitatório: Causa uma excitação na membrana pós-sináptica. A acetilcolina, um neurotransmissor excitatório, ao se ligar ao seu receptor, abre canais ligante-dependentes. O sódio entra na célula, mas a acetilcolina é rapidamente destruída por enzimas, fechando o canal de sódio.
Produziu potencial de ação nesse neurônio pós-sináptico? Entrou sódio suficiente para uma despolarização? A abertura de canais dependentes de sódio normalmente causa despolarização. No entanto, neste caso, não produz potencial de ação, pois entrou pouco sódio. A entrada de sódio causa uma alteração na carga dentro da célula, gerando um potencial local.
Se a entrada de sódio for pequena, não atinge o limiar (-50mV), mas gera um potencial local.
Qual a característica do potencial local? Vários canais se abrem, produzindo potenciais locais em diversas regiões do neurônio. O potencial local pode se somar, atingindo o limiar do potencial de ação. Ao atingir esse limiar, dispara-se o potencial de ação. O sódio que entrou em vários locais altera a carga elétrica dentro da membrana, produzindo potenciais locais que se somam. Essa soma atinge o limiar, gerando o potencial de ação na membrana pós-sináptica, que continua a se propagar.
PPSI – Potencial Pós-Sináptico Inibitório: Ocorre com a ação de um neurotransmissor inibidor, como o GABA. Quando o GABA se liga ao seu receptor, abre canais ligante-dependentes de potássio e cloreto. O potássio sai da célula, levando carga positiva para fora, tornando o interior negativo. O cloreto entra, com sua carga negativa, deixando o interior da célula ainda mais negativo (hiperpolarização). A hiperpolarização impede a geração de potencial de ação, inibindo o impulso nervoso.