Restauração Ecológica e Recuperação de Áreas Degradadas: Produção de Mudas de Qualidade e Variabilidade Genética

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Restauração ecológica e recuperação de áreas degradadas → deseja-se primeiramente produzir mudas de qualidade, mas que também apresentem variabilidade genética, condição essencial para sua sobrevivência no ambiente

TIPOS DE VIVEIROS: Viveiros temporários ou provisórios: Próximo às áreas de plantio e instalações de baixo custo. ➢ Produzir mudas para uma determinada área e durante certo período. ➢ Instalações provisórias e muito rústicas.

Viveiros permanentes ou fixos ➢ Construídos para atender programas permanentes de reflorestamento. ➢ Instalações mais complexas, planejamento é mais rigoroso, alto capital de investimento e grande produção de mudas.

ASPECTOS OBSERVADOS NA INSTALAÇÃO DE VIVEIROS FLORESTAIS ▪ LOCAL ➢ Disponibilidade de água em quantidade e qualidade; ➢ Local de fácil obtenção de mão de obra; ➢ Fácil acesso a área a ser reflorestada; ➢ Evitar as baixadas, locais elevados e com pouca incidência de luz solar; ➢ Solos leves, profundos, bem drenados e livres de ervas daninhas; ➢ Extensão da área para as instalações. ▪ INSTALAÇÕES ➢ Construção de casa para viveirista; ➢ Reservatórios de água; ➢ Depósitos para equipamentos e insumos; ➢ Cerca para proteção da área.

IRRIGAÇÃO ➢ Deve ser constante; ➢ Não ser excessiva.


SACO PLÁSTICO: Vantagens ▪ Baixo custo (preço) e fácil aquisição no mercado (disponibilidade) ▪ Não requer mão de obra especializada ▪ Recomendado p/ viveiros de pequeno porte ▪ Indicado p/ espécies que apresentam frutos ou sementes muito grandes

Desvantagens ▪ Enovelamento do sistema radicular (morte após o plantio) ▪ Enchimento manual (ergonomia) ▪ Risco de acidentes (animais peçonhentos) ▪ Não reutilizável ▪ Custo de transporte (maior)

TUBETE: Vantagens ▪ Possibilidade de produção de mudas em grandes qtdes ▪ Mecanização das operações de produção de mudas ▪ Redução de mão de obra devido a mecanização ▪ Melhores condições de trabalho (ergonomia: bandejas em bancadas, menor risco de acidentes animais peçonhentos) ▪ Economia no substrato e transporte de mudas p/ o campo ▪ Maior rendimento na distribuição de mudas no local de plantio e reutilização dos recipientes ▪ Dificilmente há problemas c/ enovelamento de raízes ▪ Custo final da muda é reduzido. 

Desvantagens ▪ Altos investimentos (custo) na implantação, infraestrutura do viveiro, aquisição de tubetes, bandejas e equipamentos ▪ Requer mão de obra mais especializada ▪ Disponibilidade de local p/ armazenar tubetes e bandejas ▪ Irrigações mais frequentes ▪ Maior consumo de nutrientes e água ▪ Exigência de substrato adequado ▪ Uso limitado à espécies c/ sementes de tamanho grande


SEMEADURA EM CANTEIRO PARA POSTERIOR REPICAGEM Recomendável quando: ▪ Pequena disponibilidade de sementes ▪ Alto custo da semente ▪ Desconhecimento da capacidade de germinação ▪ Desuniformidade de germinação ▪ Lote de sementes com baixo poder germinativo e vigor ▪ Pequena produção de mudas ▪ Sementes em que não é possível quebrar a dormência ▪ Sementes muito pequenas ou muito grandes

ELLEPOT ▪ São embalagens degradáveis que substituem os tradicionais tubetes e sacolas de plástico, feitas de papel degradável, certificado pelo FSC e preenchido com substrato. ▪ Além de propagação de mudas florestais, também é usado para o cultivo de culturas agrícolas (mamão, café, pimentas, melancia...). ▪ Além das naturais vantagens ecológicas, proporciona vantagens práticas: as mudas podem ser plantadas sem a retirada da embalagem, não há custos de retorno dos tubetes, proporciona vantagens fisiológicas 

relevantes que aceleram o processo desde o plantio até a colheita, além de produzir uma planta mais saudável.

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Alto fuste ou corte/reforma → após o corte raso da floresta, realiza-se o replantio da área (reforma) que normalmente é realizado com a troca de material genético na entrelinha do plantio antigo. ▪ No manejo do alto fuste são necessários tratos culturais à formação da floresta: ➢ Preparo do solo, plantio, irrigação, adubação, controle de pragas, doenças e da matocompetição


TALHADIA SIMPLES ▪ Se caracteriza por ser aquele no qual, após o corte das árvores existentes numa floresta, as gemas dormentes ou adventícias dos tocos e/ou raízes que permaneceram na área se desenvolvem, emitindo brotações que iniciam um novo ciclo florestal; 

permaneceram na área se desenvolvem, emitindo brotações que iniciam um novo ciclo florestal;

TALHADIA COMPOSTA ▪ A diferença entre talhadia simples e composta, é que na talhadia simples todo o povoamento é proveniente das brotações que foram emitidas dos tocos do plantio anterior. ▪ Já na talhadia composta há uma conjugação dos regimes anteriores (alto fuste e talhadia simples) no mesmo povoamento; Idade – Equiano (regular, idade uniforme) Idade – Inequiano (irregular, idade desuniforme) Povoamento florestal puro: 80% das arvores da mesma especie. Misto: Maior diversidade de especies usado para recuperar áreas degradadas. 

1) ÁRVORES DOMINANTES: - Copas se elevam acima do dossel superior - Copas expostas a irradiação direta: por cima e laterais Árvores “lobo”: crescimento excessivo - Árvores grossas - Ramificadas - Copa extensa. 

2) ÁRVORES CODOMINANTES: • Não são tão altas quanto as dominantes • Copas recebem luz direta somente na parte superior • Formam o dossel junto com as dominantes


3) ÁRVORES INTERMEDIÁRIAS • Copa em posição intermediária • Abaixo das classes dominantes e codominantes • Sujeitas à competição lateral: • Dominantes e • Codominantes

4) ÁRVORES SUPRIMIDAS • Totalmente dominadas pelos outros membros da comunidade vegetal • Debilitadas • Crescimento lento

Elementos ou atributos: • Bióticos (plantas e animais) • Abióticos (clima, fisiografia, solo...) Componentes Entradas • Aportes físicos, químicos e biológicos • Colheitas e partes do sistema que o abandonam naturalmente Saídas Limites • Espaço físico, conhecimento…

Sistema silvicultural: É o processo pelo qual uma floresta é conduzida, removida e substituída por outra floresta, produzindo madeira e/ou outros produtos

Regeneração florestal: É a reposição total ou parcial de uma floresta

1. Sistemas silviculturais de Alto Fuste/Hight forest ✓ Povoamentos Equianos ▪ Corte Raso/ Clear Cut (com RN (sementes) ou RA (plantio de mudas, semeadura direta) ▪ Árvore Porta Semente/ Seed tree (RN) ▪ Proteção ou Cobertura/ Shelterwood system (RN) ✓ Povoamentos Inequianos ▪ Seletivo/Selecive (RN) 2. Sistemas silviculturais de Talhadia (brotação) ▪ Talhadia simples (RN) ▪ Talhadia Composta (RN e RA)


Semeadura Direta: Ato de depositar diretamente no solo sementes (propagação sexuada) ou partes de plantas (propagação vegetativa), como uma alternativa ao plantio de mudas. Importância da semente- 1)Mecanismo de dispersão da espécie: - Perpetuação e disseminação - Dormência: distribuição da germinação no tempo e conquista de novas áreas - Germinação – condições favoráveis. 2) Elemento modificador da história do homem 3) Alimento. Maturação de sementes: Conjunto de transformações que ocorre na semente a partir da fertilização (modificações morfológicas, bioquímicas e fisiológicas) até a formação da semente. Durante esse processo ocorrem mudanças: ▪ Morfológicas: tamanho, textura e cor ▪ Fisiológicas: vigor e germinação, teor de água, acúmulo de biomassa ▪ Bioquímicas: transformação de compostos orgânicos nos tecidos de reserva.▪ É um processo que permite a liberação do fruto/semente ▪ Ocorre no momento adequado ▪ Visa garantir o estabelecimento da espécie. O estudo da maturação possibilita que: ▪ As sementes sejam colhidas no estágio de máxima qualidade, quando estão praticamente desligadas da planta mãe ▪ A semente madura apresenta máxima qualidade, poder germinativo e vigor, denominado ponto de maturidade fisiológica (PMF) ▪ A partir do PMF inicia-se o processo de deterioração da semente ▪ Fatores genéticos e ecológicos adiantam ou atrasam o processo de maturação de sementes ▪ A Temperatura e a Umidade Relativa são os fatores mais importante para o adiantamento ou retardamento da maturação. Época de colheita de sementes:Tipo do fruto: várias espécies florestais possuem frutos secos deiscentes ▪Deiscentes: quando maduros, abrem-se naturalmente e liberam as sementes. - Indeiscentes: não se abrem quando estão maduros.  Dispersão e predação ▪ Longevidade natural da semente ▪ Período de frutificação. Época de colheita de sementes: ▪ Coleta → quando as sementes atingem a maturação fisiológica. -maior porcentagem de germinação ➢ maior vigor ➢ maior potencial de armazenamento, Época da colheita → em função da espécie, do ano e de árvore para árvore ▪ Frutos deiscentes, com sementes pequenas, a definição do momento da coleta é muito importante 


➢ Colher antes que ocorra a abertura dos mesmos e a dispersão das sementes. Coloração dos frutos ➢ A mudança da cor do fruto, para muitas espécies, é um critério simples e confiável para avaliar a maturação • Coloração dos frutos → bom identificador da maturação de Myroxylon balsamum e Citharexylum myrianthum ➢ Nem sempre a modificação na coloração do fruto está associada à maturação da semente • Coloração dos frutos → não é um bom indicador de maturação de sementes de Copaifera langsdorffii, Genipa americana e Ocotea catharinensis ➢ Mudança da cor pode ser acompanhada do endurecimento do pericarpo em frutos lenhosos. Índices de maturação de sementes: São parâmetros práticos que permitem inferir sobre o estágio de desenvolvimento da semente/fruto. ▪ Índices visuais (cor e textura) e tamanho ▪ Densidade aparente ▪ Teor de umidade ▪ Índices bioquímicos ▪ Peso de matéria seca, Índices de maturação de sementes - Visual ▪ A maturidade fisiológica é acompanhada de modificações no aspecto externo dos frutos e sementes ▪ É considerado como um bom índice de maturação p/ muitas espécies florestais ▪ Frutos maduros podem ficar duros e secos ▪ Há espécies que dispersam as sementes imediatamente após a mudança da coloração dos frutos ▪ É preciso larga experiência do coletor de sementes. Índices de maturação de sementes - Tamanho ▪ Parte do princípio que a semente atinge a maturidade no seu tamanho máximo ▪ Geralmente, as sementes crescem rapidamente em tamanho em relação ao processo de maturação ▪ Não é seguro para muitas espécies florestais, devido ser uma característica extremamente plástica, variando conforme o indivíduo, ano para ano e até na mesma árvore. Índices de maturação de sementes – Densidade Aparente ▪ É o mais utilizado p/ espécies de coníferas por não se usar o índice de maturação ▪ A DA varia durante o processo de maturação ▪ A DA é determinada pela relação do peso do frutos e/ou semente e o seu volume, obtido por: - Peso (uso de balança analítica) - Teste de flutuação, imergindo os frutos em líquido com a densidade próxima a dos frutos maduros (frutos com densidade correspondente ao ponto de maturação devem flutuar) 


▪ No momento da coleta a DA varia e depende do teor de umidade e condições climáticas. Índices de maturação de sementes – Teor de Umidade ▪ Logo após a formação do zigoto o TU das sementes varia de 70 a 80%, diminuindo com o desenvolvimento da semente. ▪ O TU varia conforme a espécie e condições climáticas, reduzindo até entrar em equilíbrio com o ambiente. ▪ O uso do TU dependente do local e das condições ocorridas durante a maturação. ▪ Sementes com alto TU são mais susceptíveis ao processo de secagem, que deve ser lenta. SEMENTES: RECALCITRANTES:As sementes do tipo recalcitrantes não perdem água tão intensamente, à medida que progride a maturação. ORTODOXAS: Nas sementes ortodoxas, à medida que a maturação progride, o teor de água decresce, provocando o endurecimento gradual do tegumento. Índices de maturação de sementes – Índices Bioquímicos ▪ Após a fecundação inicia-se intensa síntese de compostos orgânicos ▪ Há aumento do nível de carboidratos, ácidos orgânicos, nitrogênio, lipídeos e outros ▪ Cerca de 80% da síntese de proteínas ocorre nos tecidos de reserva e o restante no embrião ▪ O IB é feito com as variações no conteúdo de açúcar, ácidos graxos, nitrogênio, lipídeos e taxas de respiração da semente ▪ O uso do IB é limitado e não prático, não sendo aplicados em campo e com determinação demorada. Índices de maturação de sementes – Peso de matéria seca ▪ Geralmente, existe aumento do PMS próximo a maturidade, devido acúmulo de proteínas, lipídeos e carboidratos ▪ O PMS aumenta com o desenvolvimento da semente até atingir valor máximo.Dispersão de sementes florestaisDispersão: transporte dos diásporos da planta mãe até um novo local, através de agentes bióticos ou abióticos. ▪ Unidades de dispersão: frutos e/ou sementes. ▪ Síndrome de dispersão: conjunto de características estruturais dos diásporos que indicam a adaptação da planta aos agentes dispersores. Síndromes de Dispersão: ANEMOCORIA: Em regiões de clima sazonal, a dispersão pelo vento é mais comum durante a estação seca, pois a umidade dificulta a liberação de sementes. 


HIDROCORIA. Autocoria: ✓ Caracteriza-se pela abertura do fruto para liberação de sementes ✓ As sementes caem perto da planta mãe e germinam. Barocoria: ✓ Caracteriza-se pela separação da semente da planta mãe por ação do peso ✓ As sementes caem, pelo seu peso gravitacional, abaixo ou próximo da planta mãe e são dispersos secundariamente por animais ou por água. Zoocoria> ✓ Nas florestas tropicais estima-se que 50 a 90% das espécies arbóreas são zoocóricas ✓ Cerca de 20 a 50% das espécies de aves e mamíferos consomem frutos durante parte do ano ✓ As estratégias de dispersão visam atrair animais que ingerem frutos e sementes e as transportam normalmente p/ locais distantes da planta mãe. Tipos de zoocoria: 1) Epizoocoria: Refere-se a dispersão de sementes secas c/ substâncias adesivas, espinhos ou ganchos p/ aderir nos animais, transpondo-os p/ outros lugares. 2) Endozoocoria: Plantas produtoras de frutos e sementes c/ algum atrativo ao consumo, arilo ou polpa carnosa, Pode apresentar cores vistosas, cheiro forte. 3) Ornitocoria 4) Mamaliocoria 5) Quiropterocoria 6) Saurocoria 7) Ictiocoria 8) Mirmecoria. Dispersão de sementes nos habitats: a) Floresta tropical úmida (Amazônica e Atlântica): Predomínio de dispersão por meio biótico b) Florestas tropicais secas: Predomínio de dispersão associada a meios abióticos (vento) c) Cerrado: Matas de galeria: Predomínio de zoocoria (ornitocoria) d) Áreas abertas ou perturbadas: Predomínio de dispersão abiótica, devido o grande número de espécies pioneiras e secundárias c/ dispersão abiótica. Coleta de sementes florestais- Seleção de árvores matrizes: Dependem da finalidade a que se destina a semente a ser coletada/colhida, exemplo: Produção de madeira: As características do fuste são prioritárias. Florestas de proteção: A capacidade de proteção da copa é importante. Extração de resina, tanino, latex: Árvore deve apresentar elevado teor do extrativo. Características das árvores matrizes: ▪ A árvore deve produzir grandes quantidades de sementes e ter periodicidade de frutificação. ▪ A seleção de matrizes pode ser feita em povoamentos naturais ou implantados. ▪ Nunca selecionar uma árvore isolada que certamente irá resultar em problemas de autofecundação. 


FUSTE: ▪ Importante para a produção de madeira serrada ▪ O fuste deve ser retilíneo e mais cilíndrico possível ▪ Evitar fuste tortuoso e/ou com pouca verticalidade ▪ Fuste com bifurcação, especialmente quando baixa, deve ser descartado. Número de árvores matrizes: Em florestas naturais: ▪ Coletar grande qtde. de sementes por árvore e misturá-las em qtdes. iguais por árvore matriz. ▪ Coletar sementes preferencialmente na parte superior da copa. ▪ Marcar matrizes distanciadas entre si pelo menos 100 m, ou duas vezes a altura da árvore. Áreas Sistemas de coleta de sementes: Coleta no solo: ▪ Consiste em coletar os frutos e/ou sementes que caem no chão próximo às árvores matrizes. ▪ É adotada qdo. a coleta por escalada não for possível. ▪ Indicada para frutos grandes, pesados que caem no solo sem se abrirem e não disseminadas pelo vento. ▪ Iniciar a coleta quando a queda dos frutos e/ou sementes tornarem-se abundante (evita o ataque de fungos, insetos e roedores). ▪ Materiais: lonas, cordas com chumbada, sacos de pano ou juta. Sistemas de coleta de sementes ▪ Sementes de Araucaria angustifolia logo após a queda = germinação mais elevada, comparadas àquelas colhidas diretamente na árvore = ponto de maturidade fisiológica. ▪ Dificuldade de identificar a árvore matriz. Coleta de sementes em matrizes em pé com acesso do solo: ▪ Coleta-se frutos/sementes diretamente da copa em árvores de pequeno porte (lona no solo para depositar os frutos). ▪ Quando os galhos estão fora do alcance das mãos: a) Gancho, corda e tesoura = abaixar os galhos mais flexíveis. b) Ferramenta para cortar galhos = podão com cabo de alumínio, bambu ou plástico, acoplado a uma tesoura e serra (existem cabos telescópicos e leves que facilitam o seu manejo e atingem altura de 6 m a 8 m ou mais). 


Coleta direta nas copas da árvore: ▪ É mais trabalhosa, onerosa e exige operários treinados. ▪ Frutos e/ou sementes deiscentes e/ou muito pequenas e leves. Frutos que se abrem quando ainda na árvore. ▪ Deve-se evitar danificações no tronco das árvores. ▪ Equipamentos de escalar: espora, escada de alumínio, equipamento de alpinismo e bicicletasuíça. ▪ Materiais necessários: cinto de segurança, lona, podão, tesoura de poda, cordas com chumbada, sacos, etc.Coleta em árvores derrubadas: ▪ Indicado somente quando se corta a árvore na época de maturação das sementes, ou em quedas acidentais. ▪ Evitar sua realização devido a perda da árvore porta-sementes. ▪ Coletar sementes apenas de árvores selecionadas. ▪ Materiais: tesoura de poda, facão, sacos de pano, etc. Cuidados durante a coleta de sementes: ▪ Coletar sementes de árvores sadias e vigorosas. ▪ Evitar a coleta de sementes de populações com grande qde. de árvores mal formadas ou doentes. ▪ Coletar sementes de árvores dominantes. ▪ Evitar a coleta de sementes de árvores muito próximas, a fim de reduzir o grau de endogamia. ▪ Marcar as árvores matrizes com etiquetas, croquis e GPS. ▪ Coletar quantidades de sementes equivalentes por árvore da mesma espécie. Quantidade de sementes à coletar: Depende de: ▪ Número de mudas necessárias ▪ Perdas de plantas decorrentes da repicagem ▪ Taxa de mortalidade das mudas a campo ▪ Número de mudas produzidas por quilo de semente. Importante: ✓ Quando se faz a colheita de sementes é recomendável que se colha apenas 1/3 da produção da árvore. Motivos: 1. Para não haver comprometimento com a regeneração natural; 2. Alimentação da fauna (processo de dispersão e manutenção do equilíbrio ecológico). Extração, beneficiamento e secagem de sementes florestais: ▪ Após colheita dos frutos e/ou sementes → extração, secagem e beneficiamento das sementes ▪ Deve ser feito o transporte da área de colheita até um local adequado às práticas de pós-colheita. ▪ Os processos de deterioração em regiões tropicais são muito intensos ➢ alta umidade relativa do ar ➢ altas temperaturas do ambiente ➢ variações durante o dia, semana e meses do ano 


▪ Espécies pioneiras ➢ As sementes mantêm sua viabilidade com teores de umidade entre 8 e 12% ➢ Armazenadas em baixas TºC e umidade do ar ➢ Pouco susceptíveis à deterioração por agentes bióticos ou pela queima de suas reservas ▪ Espécies clímax ➢ As sementes se mantêm viáveis somente com altos teores de umidade (30 a 40%) e por curtos períodos ➢ Praticamente impossível o armazenamento → semear logo após a colheita e beneficiamento. SEMENTES ORTODOXAS: Aceitam desidratação e suportam longo período de armazenamento, ex: Cedro-vermelho e mogno brasileiro. SEMENTES RECALCITRANTES: Não suportam desidratação e armazenamento, ex: Seringueira. Beneficiamento de frutos e sementes: ▪ Limpeza do lote de sementes: ➢ Melhoria da qualidade do lote de sementes para comercialização • Retira sementes quebradas, imaturas e chochas, pedaços de frutos, folhas, terra e demais materiais inertes ✓ Formação de lote com sementes puras ▪ Tipos de Beneficiamento: ➢ Manual → jogos de peneira, tesouras, martelos, facas, facões. Secagem dos frutos e extração das sementes: ▪ A secagem não faz parte do beneficiamento → objetivo é preparar a semente para distribuição, comercialização e plantio ➢ Secagem dos frutos possibilita a extração das sementes • Método de extração → variável de acordo com o tipo de fruto. ▪ Frutos secos e deiscentes :→ liberação natural ➢ Promover a exposição ao sol → abertura e a liberação das sementes • Adotar medidas de prevenção para não perder sementes • Frutos sobre lonas, telas, pisos ou galpões abertos ➢ Depois de secos → colocados à sombra e com ventilação • Semente aladas → completo beneficiamento. ▪ Frutos secos indeiscentes: → não abrem mesmo após a exposição a pleno sol ➢ Retirada manual das sementes → quebra dos frutos com martelo, facão... ✓ Cumarú → Dipterix odorata (Aubl.) Willd. = madeira e sementes aromáticas ✓ Castanha-do-Brasil → Bertholletia excelsa Bonpl. = alimento e cosméticos. ▪ Frutos carnosos: → despolpamento ➢ Retirada manual das sementes e para evitar decomposição e fermentação da polpa • Frutos em água → 12 a 24 horas → polpa amolece → macer sobre peneiras.


Secagem das semente: ▪ Diminuição do conteúdo de água da semente ➢ Redução da atividade respiratória (metabolismo) ➢ Consumo de suas reservas ➢ Redução da atividade microbiana e a reprodução de insetos ▪ Secagem natural: → método mais usado (+ barato) ➢ É lento e depende das condições do local e alterações climáticas ➢ Quanto maior a UR do ar, maior tempo para a secagem ➢ A ventilação natural auxilia no processo de secagem ➢ Uso de encerados ou pranchões evita contato com o solo, que pode estar contaminado. ▪ Secagem artificial: → estufas ou câmaras de secagem ➢ Temperatura contínua e intermitente → com circulação de ar forçada ➢ Temperatura é controlada e varia de acordo com a espécie e o teor de umidade inicial dos frutos/sementes → 30°C a 65°C ➢ Método eficiente, oneroso e independente do ambiente ➢ Pré-secagem à sombra em local arejado por 2 a 15 dias (variável). Armazenamento de sementes florestais: ▪ O armazenamento não melhora a qualidade das sementes (mantêm) ➢ Sementes imaturas e danificadas não resistem bem ao armazenamento ▪ Objetivo → conservar as sementes, preservando suas qualidades físicas, fisiológicas e sanitárias (plantas sadias após a germinação) ▪ Formação de plantios comerciais no momento mais adequado ▪ Bancos de genes de florestas nativas ▪ Conservação por períodos curtos ou longos ▪ O potencial de armazenamento varia com a espécie. Sementes armazenadas sempre deterioram com o passar do tempo. CONDIÇÕES PARA O ARMAZENAMENTO: ▪ Maior a T °C e a umidade no armazenamento, maior a atividade fisiológica e mais rápida sua deterioração ▪ A umidade é mais importante do que a temperatura → umidade elevada: ➢ Aceleramento da atividade respiratória → aumento da temperatura da semente ➢ Maior susceptibilidade a injúrias térmicas na secagem ➢ Aumento da ação dos microrganismos (fungos) ➢ Maior atividade de insetos no armazenamento ▪ Frio seco → melhor condição para ortodoxas; 


Armazenamento seco com baixa temperatura → sementes ortodoxas ➢ Uso de câmaras frias e desumidificadores ➢ TºC de armazenamento = 3 a 5 °C ▪ Armazenamento úmido com baixa temperatura → sementes recalcitrantes ➢ Uso de câmaras frigoríficas ou refrigeradores ➢ TºC de armazenamento = 3 a 5 °C ➢ A maioria das recalcitrantes necessita de boa aeração ➢ Araucaria angustifóli. ▪ Armazenamento à umidade e temperatura ambientais ➢ Sementes de tegumento duro → bracatinga, guapuruvu ➢ Embalagem semipermeável ou impermeável → sensibilidade da espécie à desidratação ➢ Recomendável para curto período de tempo (meses) ▪ Criopreservação ➢ Sementes ortodoxas a longo prazo → conservação de germoplasma ➢ Temperaturas extremamente baixas → -80 °C e -196 °C, com N líquido ➢ Exemplos de sucesso da técnica, com pouca ou nenhuma perda de viabilidade: • Pinus, Pinheiro-do-Oregon, Faveiro, Angico-vermelho, Pata-de-vaca, Canafístula, Barriguda, Jatobá-do-campo, Ipê-branco, Pau-terra, Cajueiro-bravo-da-serra, Carvoeiro, Ipê-amarelo, etc. Tratamentos para armazenamento de sementes florestais:LIOFILIZAÇÃO DE SEMENTES: → secagem de sementes para armazenamento ➢ Desidratação para teores de umidade muito baixos ➢ Sem alteração da composição química das sementes ➢ Sementes são armazenadas sem deterioração por longo período, em embalagem impermeável e opaca ▪ PELETIZAÇÃO DE SEMENTES: ➢ Recobrimento de sementes pequenas com material inerte → pó de fosfato de rocha, calcário, com adesivo ➢ Homogeneização da forma e aumento do tamanho = facilitar a manipulação ➢ Muitas espécies florestais possuem sementes pequenas (diâmetro Embalagens para armazenamento de sementes florestais : ▪ PERMEÁVEIS OU POROSAS ➢ Juta, algodão e papel → armazenamentos curtos. ▪ SEMIPERMEÁVEIS OU SEMIPOROSAS ➢ Plástico fino, papel tratado com asfalto, papel aluminizado e poliéster → umidade média e o período não curto. ▪ IMPERMEÁVEIS OU À PROVA DE UMIDADE ➢ Envelopes de alumínio, latas vedadas, recipientes de vidro com vedação na tampa, alumínio laminado com náilon ou polietileno ➢ Estocagem de sementes ortodoxas por longos períodos (de 2 a 10 anos)


Aula 1

➢ Silvicultura é a arte e a ciência que estuda as maneiras naturais e artificiais
de restaurar e melhorar o povoamento nas florestas, para atender às
exigências do mercado. Este estudo pode ser aplicado na manutenção, no
aproveitamento e no uso consciente das florestas.

Clássica -abrange as florestas naturais, busca forças produtivas
provenientes dos sítios ecológicos, e as restrições são determinadas pela
necessidade de não prejudicar a estabilidade natural do ecossistema.
Introdução e conceitos

Moderna = opera com as florestas plantadas, que são mais autônomas do
sítio natural, e mantidas artificialmente.

USO DA MADEIRA 

Madeira para construção
As características de qualidade requeridas para madeira:
1. resistência,
2. rigidez,
3. retidão,
4. estabilidade dimensional,
5. isenção de empenamentos e defeitos,
6. longos comprimentos,
7. durabilidade.

Produtos remanufaturados
• Portas, estantes, reformas, parquês e pisos laminados, decks, estrutura
de móveis, etc.
• Qualidade requerida da madeira é superior a da madeira para construção.
• Grandes restrições a imperfeições.
• Dureza e usinabilidade = importantes para a qualidade do produto final.


• Os longos comprimentos são menos importantes.
• A classe de qualidade inferior pode ser direcionada
para estrado.
• Propriedades de adesão =
utilizações como vigas laminadas,
painéis, compensados.

Madeira de uso aparente

• Madeiras de qualidade superior = móveis, painéis decorativos, pisos, lâminas
de alta qualidade, torneados, etc.
• Cor, trabalhabilidade, estabilidade,
• Pouquíssimas imperfeições na superfície são admitidas.
• Fissuras ou outros problemas oriundos da secagem são inadmissíveis,
• As manchas causadas por ataques de fungo são totalmente inaceitáveis.

Madeira para produtos reconstituídos

• Resíduos da serraria (serragem) = altos níveis de aproveitamento.
MDP - Medium Density Particleboard (~600 kg/m³)
• Chapa de madeira aglomerada = partículas de madeira selecionadas de Pinus
e Eucalipto,
• Unidas com resina sintética, sob a ação conjunta de calor e pressão.
• Utilizada em móveis.

MDF - Medium Density Fiberboard (~800 kg/m³)

• Chapa de fibra com média densidade.
• Produzida com fibras de madeiras selecionadas de Pinus.
• Unidas com resina sintética termofixa sob a açãode calor e pressão (chapa maciça)
• Utilizado em móveis.

HDF - High Density Fiberboard (~950 kg/m³)

• Chapa produzida com fibras homogêneas de madeira Pinus.


• Sua densidade (resistência) é maior do que a da chapa de MDF.

• O HDF é muito utilizado para a fabricação de pisos de madeira.
• Utilizado em piso de residência, escritório, etc.

OSB - Oriented Strand Board

• Chapa de madeira aglomerada, partículas maiores selecionadas de Eucalipto e Pinus,
• Unidas com resina sintética termofixas, sob a ação conjunta de calor e pressão.
• Utilizado em construção civil e embalagem. 

Compensados

• Chapa formada por lâminas de madeira coladas uma as outras em sentido contrário.
• Lâminas de toras que anteriormente passaram por processo de cozimento.
• Após o cozimento, as toras são descascadas, e as lâminas obtidas passam por processo de secagem.
• Muito utilizado em construção civil e embalagem.

SECAGEM E PRESERVAÇÃO DE MADEIRAS

Secagem natural da madeira possibilita:
• Redução do peso da madeira,
• Diminui os custos com o transporte
• Reduzir a movimentação dimensional = maior precisão de dimensões;
• Melhora a atuação dos vernizes e tintas aplicados sobre a madeira;
• Reduzir os riscos do ataque de fungos manchadores e apodrecedores;
• Melhor qualidade das juntas de colagem;
• Aumentar a resistência mecânica.

Secagem em secadores e estufas:

• Menor tempo na secagem = menos madeira estocada;
• Ajuste do teor de umidade da madeira com as condições climáticas,
em qualquer época do ano;


• Minimiza os defeitos de secagem = rachaduras, empenamentos e
encanoamentos;
• Destrói fungos e/ou insetos presentes na madeira.

PRESERVAÇÃO DE MADEIRAS

• A aplicação de substâncias preservativas nas madeiras = prolongar a vida útil em serviço, ou de produtos confeccionados com madeira,
• Métodos simples existentes ou mais complexos (autoclaves).
• Há 3 requisitos indispensáveis sobre o material tratado que deverão satisfazer de forma conjunta para garantir a sua qualidade:
1- Penetração do produto preservativo, a partir da superfície da madeira
• Variável = camada extremamente delgada a bastante profunda,
• Predefinida em função do tipo de madeira,
• Da utilização a ser dada à madeira tratada,
• Tipo de agente a que ela estará suscetível durante a sua utilização;

PRESERVATIVOS OU PRESERVADORES

• São produtos químicos introduzidos dentro da estrutura, visando torna-la
tóxica aos fungos e aos insetos xilófagos.
• Não pode evaporar, penetrar profundamente na madeira, não ser
arrastado pelas águas da chuva ou umidade do solo, não deverá ser tóxico ao homem/animais e ser barato.

Óleos preservativos

Creosoto e alcatrão de hulha = destilação seca do carvão mineral ou hulha
• O creosoto = tendência de exsudar da madeira tratada (camada de óleo na superfície)
• Causando problemas no manuseio com irritação na pele olhos.


• O alcatrão, mais barato e pouco fluido, misturado ao creosoto
• Alcatrão é considerado fungicida e inseticida
• Produtos comerciais: Carbolineum Extra, óleo creosoto carboderivados e óleo creosoto CSN
• Imersão da madeira no produto por 48 horas.

Preservativos hidrossolúveis

• Associação de vários sais: sulfato de cobre, dicromato de potássio ou sódio, sulfato de zinco, ácido crômico, ácido arsênico, ácido bórico, etc.
• As soluções aquosos desses sais penetram na madeira, reagem com a
lignina, produzindo compostos insolúveis, que dificilmente serão lixiviados.

Produtos comerciais:
• Osmose K 33 C,
• Mok K33 C,
• Osmose CCB,
• Leng 3,
• Madepil AC-40,
• Flosul Preservante CCA-C,
• Wolmanite CB,
• Tanalith 60%.

Aula 2 

Árvore = vegetal lenhoso,
constituído de uma porção
superior folhosa ramificada
(copa), de um tronco suporte
livre de ramos (fuste) e de um
sistema radicular.

Fuste = parte do tronco livre
de ramificações e de maior
valor comercial, quando o uso
é a madeira.

Altura total = altura até o último galho
Altura comercial = altura da árvore até o diâmetro comercial


Florestamento = estabelecimento de uma floresta em áreas que
não eram florestadas naturalmente. É a conversão induzida
diretamente pelo homem de terra que não foi florestada por um
período de pelo menos 50 anos, por meio de plantio, semeadura
e/ou a promoção induzida pelo homem de fontes naturais de
sementes.

Reflorestamento = estabelecimento ou implantação de uma
floresta onde já houve cobertura florestal, em áreas naturalmente
florestais. 

 Regeneração = processo de renovação
da floresta, que lhe confere condição
de continuidade de crescimento.
(a) Regeneração natural: semeadura
natural e brotação de cepas e raízes
(b) Regeneração artificial: semeadura
direta e plantio de mudas

Higrófilas: plantas que vivem
em ambiente úmido
Hidrófilas: plantas que vivem
em ambiente aquático
Mesófitas: plantas que vivem
em ambiente com média
umidade
Xerófitas: plantas adaptadas à
aridez
Halófitas: plantas que vivem
em ambientes Salobros


Partes não lenhosas das árvores: casca, flores, exsudação, frutos,
sementes e folhas
Produtos de plantas lenhosas não arbóreas: lianas, cipós, bambus
e arbustos
Epífitas, plantas herbáceas, gramíneas e, em geral, as ervas e
plantas medicinais, aromáticas e condimentares
Bens e serviços: conservação de bacias hidrográfica, conservação
do solo, preservação e conservação da biodiversidade, valor
paisagístico, captura de CO2 e produção de O2, regulação climática

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