Restauro Arqueológico e Estilístico no Século XVIII

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Época: 1717-1768; Tipo de Restauro: Restauro Arqueológico; Principais Recomendações: Estudos minuciosos antes de qualquer intervenção e adições distintas do original.

No período do governo francês em Roma de 1798 a 1814, várias obras foram realizadas sob orientação da Comissão para o Embelezamento de Roma, basicamente para a recomposição ou consolidação das edificações, elevando os estudos arqueológicos a uma posição de destaque. Era realizado o chamado restauro arqueológico onde as recomposições e consolidações eram executadas utilizando-se as partes originais existentes (KÜHL, 1998, p.183). Conforme Meira (2004, p. 45), na França no século XVIII, houve muitas destruições e vandalismos aos monumentos em decorrência da Revolução, com o intuito de apagar os símbolos das antigas classes dominantes, a nobreza e o clero. Por exemplo: Coliseu e Arco de Constantino.
Em reação, houve as primeiras iniciativas de proteção ao patrimônio construído, criando-se a primeira legislação francesa sobre o assunto. Com isso dá-se na França o início de uma nova disciplina, a restauração. Ludovic Vitet foi o primeiro Inspetor Geral de Monumentos Históricos na França, nomeado em 1830. Ele era um importante profissional, historiador e crítico de arte. As suas recomendações em intervenções aos monumentos são a não inovação e uma formação sólida e aprofundada dos profissionais restauradores, conhecendo a fundo todos os procedimentos das artes, e de todos os períodos pelos quais sobreviveu a edificação. Recomendava, também, que a restauração devia passar despercebida, com intervenções mínimas. Muitos outros franceses estudaram e se dedicaram à preservação de monumentos e a estabelecer critérios para a sua intervenção.


Entre eles, um dos principais teóricos foi Eugène Emmanuël Viollet-le-Duc, que através de seus estudos e ensinamentos formulou diversos princípios, muitos dos quais contestados, porém outros tantos válidos até hoje (KÜHL, 1998, p. 184). O tipo de intervenção proposta nesta época era a de incorporar o espírito do arquiteto medieval, e projetar como ele, imitando as partes novas, como as originais. Este foi, na Itália, o chamado restauro estilístico. Surge então duas doutrinas que se defrontam: uma intervencionista, sobressaindo mais nos países europeus e outra anti-intervencionista, predominante na Inglaterra, e defendidas, respectivamente, por Viollet-le-Duc e Jonh Ruskin.

• Busca pela unidade estilística;

• Viollet-Le-Duc (1814 – 1879):

• Arquiteto, escritor, crítico, historiador de arte arquitetônica;

• Ambiente culto em convívio com intelectuais;

“O arquiteto deve proceder como um cirurgião hábil e experimentado que não toca um órgão sem ter tomado consciência da função e sem ter previsto as consequências imediatas e futuras da operação.”

• Viollet e Lassus: encarregados de restaurar a igreja de Notre-Dâme, em Paris (opiniões divergentes);

• Castelo de Pierrefonds: devolução do estado completo, ideal e absoluto ao edifício – introdução de alterações em relação ao original.

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