Técnica de natação: membros superiores e inferiores

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Posição do corpo

  • O mais próximo possível da posição hidrodinâmica;
  • Posição alta, com pouco afundamento de ombros;
  • Visto lateralmente o ombro segue uma trajectória em onda simétrica;
  • No fim da recuperação o topo da cabeça deve estar alinhado com os ombros.
  • Faltas mais comuns
    • Movimento ondulatório exagerado;
    • Elevação excessiva dos ombros.

Membros Superiores

Acção lateral exterior

  • Fase pouco propulsiva;
  • O seu objectivo é colocar os segmentos de modo a possibilitar a execução das fases seguintes;
  • Inicia-se no final da recuperação;
  • Os cotovelos mantêm-se em extensão e as mãos estão orientadas para fora e para trás;
  • O trajecto é para fora e ligeiramente para cima, no início, sendo no resto do trajecto para fora e para baixo;
  • Consiste no afastamento das mãos até que ultrapassem a linha dos ombros.

Acção descendente

  • As mãos continuam o seu trajecto circular para baixo e para fora, através da flexão do cotovelo e da manutenção deste numa posição alta;
  • As mãos devem estar orientadas para fora, para trás e para baixo.

Acção lateral interior

  • Fase mais propulsiva;
  • Inicia-se quando as mãos atingem o ponto mais fundo;
  • Termina quando as mãos ultrapassam o plano vertical definido pelos ombros, no seu movimento ascendente e interior;
  • Estes seguem as mãos, primeiro para baixo e para dentro e depois para dentro e para cima;
  • Quando esta acção termina os cotovelos estão por baixo do peito.

Faltas mais comuns do trajecto propulsivo

  • Afastamento insuficiente das mãos, o que leva ao encurtamento da braçada;
  • Afastamento exagerado das mãos;
  • Cotovelo “caído” que compromete um bom trajecto para baixo na acção descendente e para dentro e para cima na acção lateral interior;
  • Cotovelos passam por trás da linha dos ombros, que provoca a ausência das fases seguintes e um atraso na recuperação.

Recuperação

  • Tem início no momento em que as mãos passam por baixo dos ombros;
  • As mãos dirigem-se para cima e para a frente, sendo o polegar o primeiro segmento a cortar a água;
  • Quando as mãos se aproximam da superfície os cotovelos são lançados rapidamente para frente dos ombros;
  • A extensão dos cotovelos é acompanhada por uma rotação interna do braço, de modo a que as mãos terminem esta fase em pronação;
  • À medida que as mãos se aproximam do final desta fase, os ombros são lançados para a frente, encostando-se às orelhas;
  • A cabeça move-se para a frente, entre os ombros, inclinando-se para baixo;
  • No final de ciclo, as mãos do nadador alcançam a maior distância possível;
  • Quando os cotovelos se aproximam da extensão total, começam a deslocar-se para fora, assim que a palma das mãos fica orientada para fora.
  • Faltas mais comuns
    • Recuperação demasiado rápida;
    • Recuperar sem juntar as mãos e os braços;
    • Perder o alinhamento dos membros superiores com o corpo.

Membros Inferiores

Acção lateral exterior

  • A flexão da coxo-femural não deve ser demasiado pronunciada;
  • A flexão deve ser maioritariamente dos joelhos, sem no entanto se afastarem;
  • Rotação interna da coxa (joelhos para dentro);
  • Os calcanhares devem passar muito perto das nádegas;
  • Os pés rodam para fora e para trás, até ficarem com as plantas orientadas para cima, para fora e para trás, procedendo-se à extensão do joelho;
  • O trajecto dos pés é circular para trás, para fora e para baixo;
  • Esta acção termina quando os membros inferiores estão perto da extensão total;
  • Deve verificar-se a flexão dorsal e a eversão do pé.

Acção descendente

  • Quando os joelhos se aproximam da posição de extensão, as pernas começam a mover-se para fora, para baixo e para trás, com a ponta dos pés a apontar para fora e depois para baixo;
  • Há uma rotação externa da coxa;
  • A acção descendente provoca a elevação das ancas e deve ser feita em grande aceleração.

Acção lateral interior

  • Após a extensão dos joelhos, os pés orientam-se de modo a ficarem com as plantas viradas uma para a outra, à medida que o trajecto se altera de descendente para interior;
  • Esta fase dura até à quase junção das pernas, nunca esquecendo de manter a flexão dorsal do pé e a rotação externa da coxa até ao fim da acção lateral interior.

Deslize

  • Os pés retomam a flexão plantar, prosseguindo o seu trajecto para dentro e para cima, até as pernas estarem completamente juntas e alinhadas com o tronco;
  • É durante esta fase que ocorre todo o trajecto propulsivo dos membros superiores.

Faltas mais comuns do trajecto propulsivo

  • Orientação incorrecta dos pés (não fazer dorsiflexão e eversão);
  • Virar os pés para trás demasiado cedo (flexão plantar).

Recuperação

  • Tem início quando as mãos terminam a acção lateral interior;
  • Os calcanhares são rapidamente puxados para cima e para a frente, em direcção às nádegas, através de uma grande flexão dos joelhos;
  • Durante este trajecto ascendente e anterior os pés são mantidos em flexão plantar e inversão;
  • No final desta fase, os pés orientam-se rapidamente para fora, preparando a acção lateral exterior.
  • Faltas mais comuns
    • Flexão exagerada da coxa sobre o tronco;
    • Ser executada durante a acção lateral interior da braçada (grave falta de sincronização);
    • Recuperação feita com os joelhos demasiado afastados e virados para fora.

Sincronizações

Sincronização membros superiores/membros inferiores

  • Bruços deslizante: há um momento de pausa (deslize) entre a acção das pernas e a acção lateral exterior dos braços;
  • Bruços sobreposto: o início da acção lateral exterior dos braços dá-se antes do fim da acção lateral interior das pernas; há uma maior frequência da braçada e um maior dispêndio de energia embora seja mais rápido momentaneamente; os cotovelos estão quase em extensão quando a pernada começa e em total extensão quando se aproxima do fim; a acção das pernas dura 1/3 da acção dos braços;
  • Existem três tempos em bruços: a braçada, o impulso dos ombros para a frente e a pernada;
  • O lançamento dos ombros para a frente ocorre quando a braçada já terminou e a pernada ainda não começou;
  • A pernada inicia a sua fase propulsiva no momento do lançamento dos ombros para a frente.
  • Faltas mais comuns
    • Fase propulsiva da pernada atrasada em relação ao ciclo dos membros superiores, o que provoca um deslize exagerado;
    • Recuperação adiantada dos membros inferiores em relação ao ciclo dos membros superiores.

Sincronização membros superiores - respiração

  • A cabeça inicia a saída da água durante a acção descendente dos braços;
  • A inspiração ocorre durante a acção lateral interior da braçada e o início da recuperação;
  • O afundamento dos ombros e da cabeça surge no fim da recuperação da braçada, antes do início da acção lateral exterior da pernada.
  • Faltas mais comuns
    • Inspiração adiantada em relação ao ciclo dos membros superiores, normalmente associada a uma paragem da pernada com as mãos por baixo do queixo, isto, é, entre o fim da acção lateral interior e o início da recuperação, sendo isto ainda pior quando os cotovelos estão junto à parte lateral do tronco;
    • Inspiração atrasada, pois a cabeça está demasiado alta aquando do fim da recuperação.

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