Temas presentes na Farsa: Duplicidade, hipocrisia e dissimulação

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A farsa de IP apresenta uma grande variedade de temas. Um deles é a duplicidade, pois a maioria das personagens pretende apresentar algo que não é, de fato, e a hipocrisia e a dissimulação caracterizam diferentes grupos sociais: IP finge trabalhar, o E finge ser uma pessoa que não é e os clérigos que não cumprem com o celibato. Este tema está relacionado com a dissolução dos costumes, pois na farsa assistimos a uma grande valorização pelo dinheiro, o desrespeito pelas regras religiosas, a ambição de ascender socialmente, a visão do casamento como um negócio e a decadência dos modelos de comportamento da corte.

A condição feminina é outra questão que marca presença nas temáticas deste auto. A mulher, neste tempo, vê a sua liberdade e os seus direitos limitados pela sua condição social, problema protagonizado por IP, o que se verifica na sua insatisfação ao longo da peça, pois vive submissa, sob a autoridade da mulher ou do marido. Este problema estende-se também a LV, que não tem outra forma de subsistência sem ser a sua vida de alcoviteira.

O casamento é outro tema da obra. Este tema é marcado por diferentes visões do casamento: I quer casar com o seu modelo de marido, LV e os judeus vêm no casamento uma fonte de dinheiro, a M acha que um casamento deve ser sinônimo de segurança a todos os níveis, BM vê no casamento uma forma de ascender a nível econômico e, por fim, PM quer casar com I porque gosta verdadeiramente dela.

A relação M e filha é um tema intemporal. Esta relação é marcada por momentos de conflito e momentos de afeto.

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