O Utilitarismo de Stuart Mill: Uma Ética Teleológica

A ética utilitarista foi adotada por diferentes filósofos, dando origem a várias doutrinas que têm em comum a ideia de que a avaliação moral das ações deve ser feita exclusivamente em função do carácter vantajoso das suas consequências. Para estas doutrinas, o mais importante é a utilidade de cada ação, ou seja, o seu contributo efetivo para o resultado que desejamos atingir.

Uma das éticas utilitaristas mais conhecidas é a proposta por John Stuart Mill, que defendia que o objetivo da moral é a felicidade. Por outras palavras, aquilo que define a bondade de uma ação é o facto de ela contribuir para um determinado fim: a felicidade.

Uma ação será correta se contribuir para a felicidade e incorreta no caso inverso, ou, nas palavras de Stuart Mill, uma ação é correta se promover a felicidade (que o autor define como sendo o prazer e a ausência de dor).

Este objetivo da moral pode colocar-nos perante um problema, uma vez que o prazer de uns nem sempre implica o prazer de outros, existindo mesmo inúmeras situações em que o prazer de alguns implica a dor de outros. Apesar de princípio da maior felicidade ser simples, a sua aplicação nem sempre é pacífica. É difícil assegurar uma existência livre de dor e rica em prazeres para toda a humanidade.

Pelas palavras de Stuart Mill podemos depreender que, antes de agir, cada indivíduo deve ponderar se a sua ação contribui para o princípio da maior felicidade. Tomando sempre em consideração o lugar do outro, garantir-se-á um mundo cada vez melhor.

Considerando que o ser humano tem tendência para colocar os seus interesses em primeiro lugar, Stuart Mill apontou duas condições necessárias para que a sua proposta de ética pudesse ser alcançada: