A Violência Contra a Mulher: Crime de Ódio ou Não?

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O debate fundamental é a violência contra a mulher. Para considerar violência contra a mulher como violência de ódio é necessário considerar que a agressão contra a mulher é do mesmo tipo que a agressão contra pessoas de cor, gays, etc., pelo fato de ela ser mulher.

Nos crimes de ódio acontece o desejo de extermínio do outro, desejo de que o outro não exista mais, em que destruir o outro é uma forma de autodestruição. Isto não acontece na violência contra a mulher, logo não é crime de ódio. O desejo não é o de exterminar a mulher, mas sim tê-la como objeto de violência, como objeto de alívio de frustração.

A violência contra a mulher e contra o idoso não é um crime de ódio. O objetivo é a perpetuação da mulher como objeto e não apenas daquela mulher específica, ou seja, as pessoas que cometem violência contra a mulher não odeiam todas as mulheres. No caso dos idosos, a expressão crime de ódio é mais correta e mais certa. Cada vez mais a sociedade atual tem uma visão eugenista simbolicamente em relação ao idoso, que não devia existir, que são 'um peso'.

Considerar a violência contra a mulher um crime de ódio é uma ação motivada simbolicamente e ideologicamente, mas o mesmo não acontece contra o idoso, que é humilhado em casa porque a família não o quer, é humilhado na rua porque a sociedade não o quer, sem generalizar. A violência contra o idoso hoje é mais crime de ódio do que a violência doméstica. O idoso perdeu o lugar na sociedade e na família. Apesar de tudo isto, a violência contra o idoso não é referenciada como crime de ódio porque é uma área altamente politizada e os idosos têm o mesmo poder político.

Estes argumentos esquecem, contudo, que toda a violência é feita pela inferiorização do outro, tratar as pessoas abaixo do padrão. Relativamente aos autores da literatura científica, consideram que a violência contra a mulher é considerada crime de ódio. A violência neste sentido, como crime de ódio, é feita pela inferiorização da mulher enquanto mulher e, portanto, é uma violência contra a identidade. Ao contrário do que dizem os autores, a mulher não é apenas inferiorizada pelo homem, mas é a própria mulher que joga o jogo da sua própria submissão. No entanto, a discriminação contra a identidade feminina é uma área específica, como todas as formas de violência. A violência contra a mulher é específica e universalmente específica.

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