Romance da Guarda Civil Espanhola
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Os cavalos são negros.
Os sapatos são pretos.
Brilham nas camadas
manchas de tinta e cera.
Têm, por isso, não chores,
cascas de caveira.
Com alma de couro
descem a rua.
Corcundas e noturnos,
por onde o silêncio comanda
a borracha escura e a fina
areia do medo.
Passam, se querem passar,
e escondem na cabeça
uma vaga astronomia
de pistolas inconcretas.
Oh, cidade de ciganos!
Na bandeirola do canto.
A lua e a abóbora
com cerejas em conserva.
Oh, cidade de ciganos!
Quem te viu e te esquecerá?
Cidade de tristeza e almíscar,
torres com canela.
Quando veio a noite,
noite, noite sombria,
ciganos em sua forja
forjam sóis e flechas.
Um cavalo gravemente ferido
chamou a todas as portas.
Galos de vidro cantavam
por Jerez de la Frontera.
O vento,... Continue a ler "Romance da Guarda Civil Espanhola" »