Apontamentos, resumos, trabalhos, exames e problemas de Filosofia e Ética

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Descartes e a Filosofia Moderna: Razão, Método e Dúvida

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René Descartes e o Século XVII: Contexto e Pensamento

O século XVII, período do pensamento cartesiano, foi marcado por significativas transformações históricas. Observa-se o declínio do Império Espanhol em contraste com a ascensão de potências como a Inglaterra e a França. A monarquia absoluta consolidou-se, enquanto na Inglaterra, novas políticas baseadas no liberalismo, promovidas pela burguesia, culminaram na Revolução Inglesa.

O Barroco, instrumental na era moderna, teve grande importância com figuras como Isaac Newton. Após o declínio da filosofia Escolástica, iniciou-se uma nova era: a Filosofia Moderna. Esta foi caracterizada pelo Racionalismo, movimento que defende a razão como fonte fundamental do conhecimento, onde... Continue a ler "Descartes e a Filosofia Moderna: Razão, Método e Dúvida" »

Concepções do Ser Humano: Racionalismo e Cristianismo

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Concepção Racionalista

1.1. Os Seres Humanos

Para o pensamento grego, o que distingue o ser humano é a palavra e a razão. Só a razão permite ao homem pensar a realidade corretamente.

Por essa razão, a razão era utilizada para tentar responder a todas as perguntas que se colocavam aos seres humanos.

Eles pensavam que a palavra serve ao ser humano para compartilhar as ideias que tinha com os outros.

Como seres racionais, os humanos são os únicos no universo que não se contentam em apenas se envolver e viver a realidade como ela é; eles podem transformá-la, imaginar e implementar novas formas de adaptação ao seu ambiente e modelos de vida social.

As concepções racionalistas de seres humanos são amplamente dualistas, concebendo o ser... Continue a ler "Concepções do Ser Humano: Racionalismo e Cristianismo" »

Utilitarismo de John Stuart Mill: Uma Análise da Liberdade e da Felicidade

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Utilitarismo: John Stuart Mill

O utilitarismo baseia-se no princípio de Hutcheson: "A maior felicidade para o maior número de pessoas." Este é o princípio utilitarista. Felicidade é o prazer, e seu oposto é a dor. Assim, o prazer também pode ser entendido como "ausência de dor". A teoria da moralidade utilitarista considera as ações morais se promovem o prazer e evitam a dor. Todas as coisas desejáveis são desejáveis pelo prazer inerente a elas ou como um meio para promover o prazer. A ética de Mill é teleológica, buscando o efeito. O utilitarismo afirma que o que é bom é útil para ser feliz. É uma ética pública direcionada para a felicidade através da utilidade. Defende uma ordem moral baseada nos desejos, assumindo a... Continue a ler "Utilitarismo de John Stuart Mill: Uma Análise da Liberdade e da Felicidade" »

François Gény e Savigny: Direito e Sociedade

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François Gény

A Insuficiência do Sistema Legal

Trata-se da crítica de François Gény, juiz que passou a se deparar, assim como tantos outros juízes, com situações novas para as quais não havia solução pelo sistema legal. Gény identifica de modo formal a existência de lacunas normativas, até então totalmente negadas pela Escola da Exegese. Nesse contexto, os próprios juízes começaram a recorrer a outros elementos de decisão.

A Livre Investigação Científica

Diante de uma lacuna normativa e, portanto, na impossibilidade de se resolver o caso com base no sistema legal, o juiz deve procurar a resposta na própria sociedade. Amparado por trabalhos desenvolvidos nessa esfera, o juiz tem a possibilidade de conhecer tradições e hábitos... Continue a ler "François Gény e Savigny: Direito e Sociedade" »

Nietzsche: Crítica da Cultura, Moral, Ciência e Religião

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Nietzsche: A Vida como Valor Fundamental

Para Nietzsche, é fundamental que qualquer teoria filosófica reconheça que a vida é irredutível a qualquer elemento externo a si mesma. A vida, segundo Nietzsche, não tem fundamento fora de si; ela possui um valor intrínseco.

Crítica da Cultura Ocidental

Nietzsche localiza no século V a.C. o início da crise do espírito grego. Os gregos antigos aceitavam as duas dimensões básicas da realidade, expressas no culto a Apolo e Dionísio. A decadência ocidental rompeu com a união perfeita entre razão e vida: Sócrates, por um lado, deu maior importância à razão, e Platão, por outro, inventou o mundo ideal das ideias.

Crítica da Moralidade

O dogmatismo moral consiste em acreditar na objetividade... Continue a ler "Nietzsche: Crítica da Cultura, Moral, Ciência e Religião" »

Martínez (1975): Desvio e Anomalia na Linguagem Poética

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O ponto de partida mais claro para o estruturalismo na literatura em espanhol é a obra de José Antonio Martínez, intitulada Propriedades da linguagem poética (1975). Esta obra indica que a criação (ou o estudo) dos usos da linguagem, e o significado de cada figura, pode ser alcançada de duas maneiras:

1. Mediante o Desvio

O desvio envolve usos criativos que estabelecem novas relações de expressão e conteúdo. O processo se origina, primeiramente, pela destruição da relação usual (o desvio em si) e, em segundo lugar, por uma redução do desvio que torna possível a interpretação do texto. Martínez distingue três tipos de desvio:

  • Desvio de Combinação (Metonímia)

    Inclui a metonímia. Exemplo: "relinchar criação" (expressão

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Métodos Científicos e Filosóficos: Uma Análise Comparativa

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Método Científico e Método Filosófico

Método Científico

A ciência utiliza métodos específicos para atingir seus objetivos. Podemos classificar esses métodos da seguinte forma:

a) Ciências Formais:

  • Lógica e Matemática.
  • Não se baseiam em objetos observáveis pelos sentidos, mas na forma de pensar.
  • Regidas por princípios internos (universalidade e necessidade).
  • As afirmações são certas e fornecem a base para experimentos no mundo real, expressos em linguagem matemática.
  • Métodos comuns: dedução axiomática, regras de formação e transformação, e teoremas de indução.

b) Ciências Sociais:

  • Sociologia, História, Psicologia, Economia, entre outras.
  • O objeto de estudo são os eventos humanos (com intencionalidade).
  • Duas abordagens metodológicas
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Dualismo em Platão: Conhecimento, Alma e Política

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Dualismo Epistemológico e Antropológico em Platão

Graus de Conhecimento: A Linha Dividida

Neste dualismo epistemológico, distinguem-se duas qualidades principais de conhecimento. O mundo sensível, percebido pelos sentidos, só permite a opinião (doxa), pois trata de meras aparências. O verdadeiro conhecimento (episteme) só pode ser alcançado no mundo inteligível, através da razão, pois este é imutável e eterno. O conhecimento é relativo quando o estudo se baseia no que tem pouca realidade (as coisas sensíveis), mas é absoluto quando lida com o que é totalmente real: as Ideias. O conhecimento verdadeiro tem por objeto as Ideias, sendo confiável e certo.

O Problema do Homem: Doutrina Soma-Sema

Em Platão, a concepção do ser humano... Continue a ler "Dualismo em Platão: Conhecimento, Alma e Política" »

As Cinco Vias de São Tomás de Aquino para Provar a Existência de Deus

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De acordo com Tomás de Aquino, existe apenas uma verdade e isso não pode ser anulado, pois a verdade vem de Deus. Para ele, a fé e a razão são áreas separadas do conhecimento. A primeira é baseada na revelação divina e é alcançada pela graça. A segunda é obtida pela razão humana. Por outro lado, a fé e a razão têm uma série de problemas comuns, onde a relação está sujeita à fé, e é complementada por ela.

Para São Tomás de Aquino, existem dois tipos de proposições. A primeira, cuja verdade não pode ser demonstrada pela razão, só pode ser razoável. Não pode ser demonstrada pelo conhecimento e observada pelos sentidos. A segunda, aquelas cuja verdade pode ser alcançada e demonstrada através do uso exclusivo da... Continue a ler "As Cinco Vias de São Tomás de Aquino para Provar a Existência de Deus" »

Hermenêutica: Conhecimento, Linguagem e Interpretação

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Hermenêutica

O conhecimento científico é mediato, pois não é a simples detecção da aparência das coisas, mas busca-se a essência (verdade) da realidade e para isso é necessário método - parte-se da aparência para se chegar à essência de forma dialética. O conhecimento ordinário, por sua vez, se contenta com a aparência da realidade. Há três momentos: sensação (percepção das coisas em nós); da percepção (consciência ainda ligada na sensação); e interpretação (objetivação da realidade). Temos, portanto, na interpretação (elevação daquilo que se dá ao homem ao plano do pensar), três momentos: a existência; a essência; e o conceito (junção da existência e da essência, gerando a realidade construída)... Continue a ler "Hermenêutica: Conhecimento, Linguagem e Interpretação" »